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WhatsApp Image 2021 04 22 at 22.42.04Mais um incêndio de grandes proporções voltou a atormentar a comunidade da UFRJ, que ainda chora a tragédia no Museu Nacional, ocorrida em 2018. Na terça-feira, 20, as chamas destruíram a sede da Procuradoria Federal, localizada no segundo andar do prédio da reitoria. Não houve feridos. Foi a segunda vez em menos de cinco anos que o edifício sofreu com as chamas: em outubro de 2016, o fogo atingiu o oitavo andar.  
A reitoria informou que abrirá sindicância para apurar a causa do incidente, que gerou imediata solidariedade nas redes sociais. E também críticas aos sucessivos cortes orçamentários que limitam as ações preventivas da universidade.
Em dezembro de 2019, um levantamento apresentado pelo coordenador de Projetos Contra Incêndios da Universidade, professor Roberto Machado, mostrou que seriam necessários R$ 317,4 milhões para acabar com todos os problemas da UFRJ acumulados em anos. O valor supera o atual — e reduzido — orçamento discricionário anual da instituição, de R$ 303 milhões.
E cada incêndio aumenta a conta. “Há suspeita de danos a um dos pilares. Por isso, a reitoria vai destinar recursos para escoramento da área. A Procuradoria será transferida para outro local do prédio”, afirmou o vice-reitor da UFRJ, professor Carlos Frederico Leão Rocha.
A Superintendência de Tecnologia da Informação, embaixo da Procuradoria, não foi atingida pelo fogo, mas pela água usada pelos bombeiros para controlar o incêndio. “Já estamos iniciando o trabalho de levar os servidores para o CCMN. Vamos precisar tirar todos os equipamentos”, completou o vice-reitor. WhatsApp Image 2021 04 22 at 22.42.041
Ao lado da Procuradoria, funcionava o Núcleo de Pesquisa e Documentação da FAU, que reúne um dos acervos mais preciosos do país, com projetos de Sergio Bernardes, Jorge Machado Moreira e Oscar Niemeyer, entre outros grandes arquitetos. A diretora Andrea Queiroz Rego ainda não pôde fazer uma avaliação das perdas. “Ainda não temos o levantamento detalhado, porque a área está interditada. Mas temos certeza de que nosso grande acervo histórico está preservado, porque tivemos acesso a fotos tiradas logo após o incêndio”, disse a professora.
Diretor do Museu Nacional, o professor Alexander Kellner informou que processos relativos à unidade pegaram fogo, mas nada que atrase o cronograma de reconstrução do palácio, na Quinta da Boa Vista. O docente afirmou que eventuais perdas podem ser recuperadas sem dificuldades, pois são documentos também digitalizados

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