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WhatsApp Image 2022 05 20 at 20.24.59Foto: Alessandro CostaBeatriz Coutinho e Lucas Abreu

A conversa sobre a renovação da Lei de Cotas começou na UFRJ. A campanha “Um passo pra dentro, muitos pro mundo”, da Perifa Connection e do Observatório do Conhecimento, que tem o apoio da AdUFRJ, teve início na terça-feira (17) com a primeira ação de panfletagem, no Bandejão Central do Fundão. Quem passou por lá recebeu o material da campanha e pôde conversar com os mobilizadores sobre a importância de defender a manutenção da política de cotas.
A ação chamou a atenção de quem foi abordado pelos mobilizadores, ou de quem viu o material da campanha impresso na mesa montada na saída do Bandejão. Alguns estudantes abordados não sabiam, por exemplo, que a Lei de Cotas deve ser discutida ainda este ano pelo Congresso, o que está previsto no texto original da lei. No geral, a recepção à abordagem foi positiva, com os estudantes interessados em ouvir e enriquecendo a conversa com os mobilizadores.
Para Mylena Neves, aluna do curso de História da Arte, a discussão é importantíssima. “Muita gente fala que cotas não são necessárias sem ter a dimensão real do problema. Há poucos anos o acesso à universidade era muito mais restrito”, avaliou a estudante. Para ela, é fundamental defender o acesso das pessoas ao ensino superior. “A universidade tem que ser para todos”, resumiu.
Rodrigo Luiz, aluno do curso de Medicina, se atualizou sobre o tema na abordagem. “Eu não sabia que a lei vai ser discutida e pode acabar. Descobri agora. Então acho muito importante que a UFRJ se mobilize em defesa desse direito. Precisamos de uma universidade mais plural”, defendeu o estudante.
Na mesma linha foi Luíza Monteiro Lemos, aluna da Arquitetura: “Ter uma universidade diversa é fundamental. A diversidade melhora a nossa formação como profissionais”, avaliou. “Vim de escola particular, e aqui tenho a oportunidade de conviver com pessoas com quem eu não conviveria se não tivesse cotas. Isso enriquece o debate acadêmico e a maneira como pensamos políticas públicas”, disse Luíza.
Ocupação dos espaços e pertencimento. Para Rômulo Souza, mestrando do IPPN/UFRJ, o que está em jogo com a manutenção da Lei de Cotas é uma mudança no ambiente da universidade para receber jovens pretos. “Eu, como um jovem preto, vejo pouquíssimos professores pretos, por exemplo, na pós-graduação. E eu não me sinto representado naquele ambiente”, contou. “Com as cotas também temos um ganho social de longo prazo”, resumiu. Para Rômulo, é importante que a política de cotas seja ampliada dentro da universidade, para o acesso de técnicos, professores e alunos da pós-graduação. 

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