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O trabalho da Comissão Eleitoral está a pleno vapor. Homologação das duas chapas, análise inicial das empresas capacitadas a realizar a eleição remota e avaliação do formato dos debates. Esse foi o resultado da última reunião da Comissão, na segunda-feira, 16. Ficou acertado que haverá dois debates, mas as datas ainda não foram definidas. As eleições serão virtuais e ocorrem nos dias 13, 14 e 15 de setembro.

“Vamos fazer dois debates, que serão virtuais e com transmissão pelo Youtube da AdUFRJ”, explicou o presidente da Comissão, professor Hélio de Mattos Alves. Ele informou ainda que a avaliação técnica das firmas será concluída em breve.
Há duas chapas inscritas. O professor João Torres, do Instituto de Física, é o candidato a presidente pela Chapa 1 – “Docentes pela Democracia: em Defesa da Universidade Pública”, grupo que apoia a atual gestão do sindicato. Já a professora Cláudia Lino Piccinini, da Faculdade de Educação, é a candidata a presidente pela Chapa 2 – “Esperançar: Universidade Pública e Sindicato Autônomo, Sim!”, de oposição à atual diretoria.
A partir desta edição do Jornal da AdUFRJ e a cada semana até as eleições, as chapas terão espaço de divulgação de suas ideias, propostas e projetos. Os textos são de responsabilidade de cada chapa, terão o mesmo tamanho, e a titulação também cabe aos autores.
Nesta semana, os grupos apresentam os desafios que entendem como prioritários para o próximo período.

Cadastre-se para as eleições

WhatsApp Image 2021 08 20 at 13.30.45Pela primeira vez na história do sindicato, o pleito será remoto. Por isso, é fundamental que todos os docentes sindicalizados atualizem seus dados cadastrais pela página da AdUFRJ (www.adufrj.org.br – aba “atualize seus dados”) ou pelo hotsite (cadastro.adufrj.org.br). Em função da pandemia, a divulgação dos materiais relativos à eleição e do próprio link da votação vai ocorrer por e-mail. O método foi aprovado em Assembleia, no dia 9 de julho.
No primeiro acesso, o professor deverá clicar em “esqueci minha senha” e informar o e-mail pelo qual recebe as informações da AdUFRJ. Será enviado um link para definir a senha. A partir daí, é só atualizar os dados pessoais e profissionais. Caso receba a mensagem “e-mail não encontrado”, é preciso entrar em contato com a secretaria pelo número de whatsapp (21) 99365-4514. Outras formas de contato são o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou os telefones (21) 99365-4514 e 99808-0672. A página de cadastro também orienta como os professores podem se filiar à AdUFRJ. Mas novos sindicalizados não poderão participar da eleição deste ano. O prazo terminou em 13 de julho.

CHAPA 1 - Docentes pela democracia

A grande questão no Brasil atualmente é assegurar o funcionamento mínimo das instituições democráticas. O governo atual considera as universidades públicas como seu inimigo número um. E com razão: é um governo que despreza o conhecimento, ataca a ciência e persegue os professores. O sindicato tem que se engajar na luta por um governo que defenda uma educação de qualidade, laica e socialmente referenciada e que use a ciência como parâmetro de políticas públicas.

No contexto atual em que as instituições políticas e as conquistas sociais estabelecidas pela Carta de 1988 passam pela maior crise de sua história, desejamos ressaltar a importância da educação no desmonte dessa armadilha. O combate no plano político partidário é necessário, porém, nenhuma derrota eleitoral irá remediar de imediato as lesões causadas em um tecido social fraturado pelos interesses e afetos cáusticos ao pluralismo democrático e à ideia de solidariedade social. No tocante à tal recomposição, o desafio, portanto, não é apenas político; é social e pedagógico na medida em que o motor de propulsão desses afetos é cognitivo: o desconhecimento e a dificuldade de mobilizar o legado da modernidade. Tal legado diz respeito às ideias de laicidade, igualdade e liberdade, bem como a fé na ciência que ampara esses ideais. A Universidade Pública é um símbolo que reúne todos os elementos deste ideal. Defendê-la é a primeira etapa nessa batalha, pois será a partir dela que iremos reconstruir uma sociedade efetivamente compatível com a democracia.

No plano interno, queremos mobilizar a inteligência do corpo docente da UFRJ no exame dos grandes temas contemporâneos: a desigualdade social, as mutações no mundo do trabalho, a questão da violência e as mudanças climáticas. Nestes debates, estaremos sempre comprometidos em promover o diálogo democrático e aberto a todo o corpo docente da UFRJ.
O sindicato irá atuar também na busca de melhores condições de trabalho e de vida das e dos professores, seja por meio da ampliação dos convênios já existentes, seja pelo acompanhamento diuturno das condições de trabalho docente.

Queremos também tornar o sindicato um agregador das e dos docentes, promovendo eventos intercampi, grupos de trabalho interdisciplinares sobre temas que nos unam, etc.
Por fim, pretendemos manter e ampliar as formas democráticas de condução dos processos de decisão, incluindo votos em urna ou consultas aos sindicalizados em relação a questões que exijam deliberações da categoria como um todo.

CHAPA 2 - Desafios para Esperançar: autonomia da Adufrj-SSind para defender a universidade pública

WhatsApp Image 2021 08 20 at 13.27.43A Adufrj-SSind deve estar à altura dos desafios do tempo histórico: defender a democracia e os fundamentos do Estado de Direito Democrático, contra o golpismo em preparação. As investidas que objetivam asfixiar as universidades federais somente podem ser enfrentadas com ampla unidade de ação e com autonomia frente aos partidos, aos governos e à reitoria. Dessa forma, são desafios:

1. Impedir o desmonte da CF de 1988, focalizando a contrarreforma administrativa (PEC 32), a PEC 109 e outras que podem congelar salários por 20 anos e interromper progressões, priorizando a luta contra a PEC 95;

2. Recompor e ampliar o orçamento das Instituições Federais e do aparato de ciência e tecnologia, forjando alianças sindicais, acadêmicas, estudantis e parlamentares, com mobilizações públicas nacionais e locais;

3. Priorizar a defesa da carreira docente, a isonomia e a paridade entre ativos e aposentados, unificando os servidores e lutando por concursos;

4. Lutar pela autonomia e a liberdade de cátedra: sem acordo com o governo Bolsonaro, sem silenciamento da categoria ou refuncionalização das universidades;

5. Combater o “Future-se”, o “Reuni Digital” e quaisquer acordos que envolvam cessão de patrimônio e pessoal para o controle privado ou do aparato bolsonarista, como a contratualização da Ebserh e do Viva-UFRJ. Não há republicanismo no governo Bolsonaro/Mourão;

6. Lutar pela ampliação da democratização do acesso à universidade e da permanência dos estudantes, fortalecendo as lutas que nos irmanam com os movimentos estudantis.

Essas lutas serão vitoriosas com a retomada do protagonismo no espaço público, o fortalecimento do Andes-SN e a construção de redes de resistência democrática no RJ, em unidade de ação com as entidades democráticas que zelam pelos direitos humanos e sociais.
Não bastará lutar pelo #ForaBolsonaro, nem aguardar os acontecimentos em 2022. É preciso elaborar e defender uma nova agenda para os direitos sociais no país, fortalecendo as conquistas históricas e repactuando os fundamentos da economia em prol da igualdade e do bem-viver de todos os povos.
Convidamos as/os docentes a refletir sobre nossa grave conjuntura. A Adufrj-SSind deve restabelecer a unidade interna e retomar sua tradição de produção de conhecimento a partir da reflexão crítica da categoria.
Inspirados pelo patrono da educação brasileira - Paulo Freire - defendemos a luta em unidade para manter o ESPERANÇAR na UFRJ em defesa da Universidade Pública e de um Sindicato Autônomo.

ENTREVISTA I Hélio de Mattos Alves, Professor da Faculdade de Farmácia da UFRJ – Presidente da Comissão Eleitoral da AdUFRJ

“A universidade está ameaçada”

WhatsApp Image 2021 08 20 at 13.28.53O professor Hélio de Mattos Alves, presidente da Comissão Eleitoral da AdUFRJ, avalia os desafios do movimento docente e compara a atual conjuntura com a segunda metade dos anos 80, quando participou da diretoria da AdUFRJ. Professor da Faculdade de Farmácia, Helinho reitera a importância de fortalecer o sindicato e a participação no processo eleitoral.

Jornal da AdUFRJ – Qual a importância das eleições da AdUFRJ no contexto de ataque às universidades, ao serviço público e à democracia?
Hélio de Mattos Alves –Tem tudo a ver! A AdUFRJ sempre esteve na luta em defesa da universidade pública, pela carreira, pela autonomia. Ambas as chapas têm pessoas com história de atuação na defesa dessas pautas. Justamente por isso, a Comissão Eleitoral conclama a todos os docentes filiados que façam a atualização dos seus dados para que tenham acesso à sala virtual de votação. É muito importante a participação de todos, especialmente neste momento do país.

A conjuntura política reflete na vida universitária?
Tem forte impacto. A universidade está ameaçada. Temos que nos engajar nas mobilizações em defesa de recursos para instituições de ensino e pesquisa, em defesa da ciência, pelo Estado Democrático de Direito. É necessário que o corpo docente assuma essa responsabilidade. Num sistema obscuro, os primeiros atingidos são nossos professores. A ditadura cassou, prendeu, torturou o que de melhor nós tínhamos no país. Perdemos muitos e dos melhores quadros que tivemos. Não podemos deixar que isso retorne.

O senhor integrou a diretoria da AdUFRJ nos anos 80, durante a redemocratização do país. Como era o movimento docente na época?
Entrei na UFRJ em outubro de 1983 e, na diretoria, em 1985, na presidência de Aloísio Ribeiro, do Instituto de Física. Atuamos na greve nacional da isonomia. Como fruto dessa greve, foi conquistada a isonomia salarial entre professores das universidades federais que eram autarquias e das universidades federais que eram fundações. Nós, das autarquias, ganhávamos muito menos. Foi uma grande conquista! Estávamos no governo Sarney e no caminho para a Constituinte Cidadã de 1988.

Qual a diferença daquele momento para hoje?
Era um momento de grandes mobilizações e conquistas. Eu peguei, desde 1983, o movimento pelas “Diretas Já!”. Internamente, a UFRJ teve sua democratização, com a primeira eleição para reitor, vencida por Horácio Macedo. Havia um clima de festa. A ditadura caiu em janeiro de 1985. Os ares da política brasileira estavam fortalecidos. A costura democrática era muito forte. Hoje, vivemos um período de obscurantismo, ameaças frequentes de golpes, de negação da vacinação, de negação da ciência.

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