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WhatsApp Image 2021 11 19 at 17.54.35 1Bandejão central reduziu sua capacidade para 177 lugares para manter distanciamento entre usuários - Fotos: Fernando SouzaA universidade segue em seu propósito de oferecer o retorno mais seguro possível, mas essa volta ainda acontece no escuro. Mais de 42 mil estudantes se inscreveram para disciplinas de graduação neste semestre letivo, mas ainda não se sabe quantos efetivamente voltarão aos campi. Cada unidade organiza de uma maneira essa volta, de acordo com suas especificidades. No edifício da Faculdade de Letras, por exemplo, as aulas presenciais voltarão na próxima semana. “A Letras vai ocupar dois dias. Os outros três dias serão divididos entre EBA, IPPUR, FACC e GPDES”, explica a diretora Sonia Reis, em referência às demais unidades que compartilham as instalações.
Em esquema de revezamento, todas as turmas da Letras vão utilizar 32 salas consideradas aptas e possíveis de serem higienizadas com frequência. “Temos 4,2 mil alunos. Todos têm direito a ter contato com o professor”, afirma Sonia.
Os espaços mapeados e classificados quanto ao risco de exposição e transmissão do Sars-Cov-2 (veja abaixo) são outro ponto de interrogação, já que a universidade sabe quantos foram classificados, mas não sabe o total de ambientes classificáveis.
Outra preocupação é em relação à alimentação. A UFRJ só aumentará a oferta de refeições nos bandejões a partir de dezembro. Subirá de 36,8 mil para até 166,5 mil refeições mensais. Antes da pandemia, o RU central disponibilizava 560 lugares para refeições simultâneas. Agora são oferecidos 177 lugares. “Temos a expectativa de poder voltar a receber um número maior de pessoas, com refeições saudáveis e de qualidade”, conta Renata Machado, coordenadora geral do Sistema de Alimentação da UFRJ. Para acessar o restaurante é obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação contra a covid-19.
O transporte é outra questão. “Ainda está muito difícil chegar à universidade. O bilhete único não voltou, as linhas estão sem horário regular, quem precisa de BRT só consegue chegar de parador”, reclama Stefanie Camargo, aluna da Microbiologia.WhatsApp Image 2021 11 19 at 17.54.35 2FROTA DE ÔNIBUS só será ampliada em 15 de dezembro
Marcos Maldonado, prefeito da Cidade Universitária, conta que todas as linhas de ônibus regulares voltaram a circular no Fundão. Quase todas com intervalos normalizados, à exceção do 485, único ônibus que liga o campus à Zona Sul. “A linha voltou de meia em meia hora. Conversamos com a Secretaria Municipal de Transporte e eles vão diminuir o intervalo conforme a demanda aumentar”.
Apenas sete micro-ônibus atendem à demanda interna da universidade. O atual contrato de transporte foi celebrado de forma emergencial e se encerra no dia 14 de dezembro. A partir do dia 15, um novo contrato fornecerá dez ônibus (podendo chegar a 13) para transporte dentro do Fundão e intercampi. “Conseguiremos transportar de 35 a 40 pessoas em cada veículo”, afirma o prefeito.
(Colaborou Kelvin Melo)

Mais de 400 ambientes da UFRJ oferecem risco médio de contaminação

A intervenção da Justiça atropelou o planejamento de retorno presencial da UFRJ. A intenção da universidade era mapear todos os espaços físicos da instituição e avaliar o risco sanitário de cada um. Para isso, um grupo multidisciplinar de profissionais criou um aplicativo que monitora as condições de cada ambiente. Até o fechamento dessa edição 1.713 espaços foram classificados por meio da plataforma “Espaço Seguro UFRJ”. A maior parte (1.159) se concentra entre espaços que oferecem risco baixo ou médio e exposição baixa ao Sars-Cov-2. Outros 418 ambientes foram classificados como de risco médio e exposição média ao vírus.
A avaliação inclui salas de aula, laboratórios e setores administrativos da universidade. A reitoria, no entanto, não sabe quantos espaços ao todo a UFRJ possui. “É uma instituição muito grande. Sabemos a situação que cada unidade está nos enviando, mas não sabemos quanto isso representa do total de áreas”, explicou a professora Fátima Bruno, responsável pelo GT pós-pandemia, grupo criado para planejar com antecedência e segurança o retorno. “Fomos atropelados pela determinação da Justiça”.
Agora, as fases 4 e 5 desse retorno se sobrepõem: a volta gradativa aos campi e a expansão do retorno presencial. Até o momento, nenhum espaço combina risco elevado e exposição alta ao vírus. Sete espaços são de risco médio e exposição alta; 30, de risco elevado e exposição baixa e 99 são de risco elevado e exposição média. Para cada um deles, um tipo de equipamento de proteção individual é necessário, conforme preconizado no Guia de Biossegurança da UFRJ. Pelo site https://espacoseguro.ufrj.br/dados é possível saber quantos espaços foram classificados por centro, por edifício, por campus e por unidade.
Para complementar as diretrizes para o retorno presencial, o GT Pós-Pandemia também publicou um documento sobre a estratégia de testagem da comunidade acadêmica da UFRJ. Elaborado pela professora Terezinha Marta Castiñeiras, coordenadora do Centro de Testagem Diagnóstica da UFRJ, o texto elenca as possibilidades de testes de covid-19 para professores, técnicos e estudantes da universidade.
A primeira delas é a testagem de indivíduos sintomáticos. Para esses casos, será necessária a imediata comunicação à chefia imediata ou coordenação de curso. O indivíduo com suspeita poderá realizar o agendamento diretamente pelo site do CTD: https://agendamento.coronavirus.ufrj.br. Outra possibilidade é a “testagem direcionada em exposição crítica”, que poderá ser realizada em pessoas que tenham sido expostas à situação de alto risco de transmissão em contexto acidental. A terceira forma é a “testagem periódica para grupos prioritários”, que envolve situações de alta exposição, como laboratórios que manipulam amostras do vírus, alas hospitalares de tratamento à covid-19 ou áreas de testagem.
Há, ainda, a possibilidade de testagem “pré-exposição para grupos” que estejam envolvidos em atividades de confinamento, como acontece com viagens para trabalhos de campo, por exemplo. Neste caso, haverá análise da situação pela equipe do CTD. Sendo verificada a necessidade, o grupo será testado entre 24 e 48 horas antes do deslocamento. Após o retorno, o documento recomenda a testagem para pessoas com sintomas. Em caso positivo, todos os expostos serão também testados.
Por fim, familiares de pessoas que sejam confirmadas com diagnóstico positivo poderão ser testados para investigação e controle da doença. Neste caso será necessário um encaminhamento formal ou autorização prévia da coordenação do CTD. Será possível enviar e-mail com a solicitação para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

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