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08aWEB menor1130“Se há uma necropolítica, uma política da morte, evidentemente há uma luta pela vida”, disse o professor Marco Mitidiero, presidente da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Geografia, em um debate virtual do dia 16. A ideia da atividade, realizada em parceria com a AdUFRJ, era tratar do papel da Ciência e da Educação nesta disputa.
Alexandre Fortes, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), enfatizou a contribuição das ciências acadêmicas aplicadas no enfrentamento da Covid-19. “Mas elas não se desenvolvem nem se atualizam sem o vasto campo de conhecimento que originalmente foi desenvolvido sem uma aplicação imediata pela ciência básica”, apontou.
O embate pela vida, porém, não é facilitado pelo governo Bolsonaro, como demonstra a atual posição do Brasil como um dos epicentros da pandemia no mundo.  “Nós estamos vivendo o período de maior ataque à ciência brasileira”, lamentou Mitidiero.
A elitização do espaço de ensino e da ciência também preocupa aos pesquisadores e estudantes da pós-graduação. “Os pós-graduandos estão sem reajustes há sete anos. Bolsistas residentes estão na linha de frente do combate à pandemia sem receber”, disse Flávia Calé, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos. “Só quem pode produzir pesquisa no Brasil é quem tem condição de se manter”, completou.
A desigualdade se repete no ensino básico. “Os dados que saem do ensino remoto na cidade de São Paulo, no ensino básico, são aterradores: 50% dos alunos estão excluídos”, destacou a professora Maria Carlotto, da Universidade Federal do ABC.
A live do dia 16 foi o terceiro encontro de um ciclo promovido pela AdUFRJ, Associação dos Docentes da Universidade Rural (ADUR), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Associação Nacional pela Formação dos Profissionais em Educação (Anfope) e o Fórum Nacional Popular de Educação. As atividades ocorrem todas as terças de junho.

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