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CINELÂNDIA CONTRA A PEC


Exposição de trabalhos, oficinas, experimentos, aulas públicas e outras ações. Tudo isso acontecendo ao ar livre. Mostrar a importância do conhecimento produzido na universidade e, ao mesmo tempo, buscar apoio da população contra a medida que irá sufocar os investimentos em Educação são as motivações do “UFRJ na Praça” marcado para sexta, 25, na Cinelândia. Esta será a forma de adesão dos professores da universidade ao Dia de Paralisação com mobilização, aprovado na assembleia de 8 de novembro, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55.

A ideia é reunir professores, estudantes e funcionários nas atividades. A Adufrj convida os docentes interessados em expor seus programas de pesquisa, oficinas e experiências a entrar em contato pelo e-mail  Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. apresentando sugestões e propostas para o dia 25.

 

A Adufrj vai providenciar a infraestrutura de apoio necessária ao evento. 

 

Pressão nos senadores


Enviada pelo governo ao Congresso Nacional ainda no primeiro semestre, a PEC 55 (antiga PEC 241) já foi aprovada pela Câmara e pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado.


Por se tratar de uma emenda à Constituição, para receber a sanção presidencial, a PEC precisa contar com o apoio de, pelo menos, três quintos dos senadores (49 dos 81) nas duas votações, previstas para 29 de novembro e 13 de dezembro.

Visite a página Brasil 2036, lançada pela Adufrj, e utilize as ferramentas virtuais para botar pressão nos senadores: http://brasil2036.org.br/                                           

 

 


FAU e EBA: retorno hesitante

Texto e fotos: Valentina Leite
Estudante da ECO-UFRJ e estagiária da Adufrj

Não funcionou bem o esquema provisório montado para o retorno às aulas da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e da Escola de Belas Artes, no dia 16. Desde o incêndio ocorrido mês passado no prédio da reitoria, professores e alunos dos cursos afetados buscam soluções, junto à administração central, para a retomada das atividades acadêmicas. Mas a atual infraestrutura desafia o ensino.

Por decisão da reitoria, as aulas foram divididas: as da EBA seriam ministradas no térreo, enquanto a FAU ocuparia o segundo andar. Mas isso ocorreu de forma insalubre nesta quarta: mesas e cadeiras espalhadas pelo hall conviveram com goteiras e poças d’água. O terceiro pavimento, aberto na semana passada e o único com salas estruturadas, foi compartilhado pelas duas unidades. Os demais andares do edifício continuam interditados. Segundo entrevistados pela reportagem, poucos docentes tentaram retomar o semestre letivo nestas condições.

Angela Leite Lopes, professora da EBA, acredita que é preciso retornar, porém não à normalidade: “Não devemos voltar às aulas propriamente ditas, mas sim a atividades didáticas, aulas abertas, conversas. O que não podemos é deixar de estar aqui”, observou.IMG 1058

Para Alberto Fernandes, professor da FAU, ações são necessárias visando à melhoria das condições dos cursos. “Se não viermos para cá, a universidade se esvazia. Precisamos de visibilidade para a nossa real situação, que é precária”, afirmou.

Ethel Pinheiro Santana, integrante da direção da FAU, disse ser preciso avaliar a situação mais a fundo. “O prédio foi afetado, mas não apenas pelo incêndio. Há muitos anos, carece de verbas, remodelamento, reestruturação da rede elétrica. Acredito que o que estamos vivendo hoje é até algo positivo: estamos olhando para o problema real”, concluiu.

Atualização em 17/11, às 17h25: Ainda no dia 16, estudantes realizaram uma assembleia, com participação de docentes, para avaliar a situação. Os alunos decidiram reivindicar a suspensão do calendário acadêmico e paralisação das aulas, até que as condições de ensino se tornem mais favoráveis. Está sendo organizada uma manifestação para o próximo Conselho de Ensino de Graduação, dia 23, que se reúne no próprio edifício da reitoria.

Os estudantes enfatizam que não haverá o esvaziamento do prédio, que será ocupado com oficinas, workshops e aulas abertas, para estimular o debate e demonstrar resistência.

A assessoria de imprensa da reitoria não respondeu sobre as condições dos cursos até o fechamento desta matéria..

IMG 1060Assembleia estudantil com participação de professores da EBA e da FAU

CNPq: governo volta atrás

Após pressão da comunidade acadêmica, agência não será mais rebaixada

Elisa Monteiro
Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

O governo federal voltou atrás na proposta de “rebaixar” o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, na hierarquia do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações. Mais: as bolsas de Iniciação Científica cortadas serão repostas e as de pesquisadores — ameaçadas de corte — serão preservadas.

As informações foram divulgadas pelonovo presidente do CNPq, Mario Neto Borges, durante reunião com Membros de Comitês de Assessoramento, em Brasília, no dia 9. O vice-diretor da Coppe, Romildo Toledo Filho, que representa os Titulares do Centro de Tecnologia, repassou as boas novas ao Conselho Universitário deste dia 10.

Na reestruturação anunciada em meados de outubro, a agência de fomento ficaria subordinada a uma “Coordenação Geral de Serviços Postais e de Governança e Acompanhamento de Empresas Estatais e Entidades Vinculadas”, que englobaria ainda a Finep, a Agência Espacial Brasileira e a Comissão Nacional de Energia Nuclear.

“Ele anunciou que as bolsas de Iniciação Científica que haviam sido cortadas devem voltar”, relatou Romildo. “Em relação às bolsas de pesquisador, que seriam reduzidas entre 20% e 30%, o novo presidente do CNPq disse também que não mais haverá este corte”.

“Teremos de ficar atentos às ações que visam enfraquecer o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro”, avaliou o professor da Coppe.

"Não se trata de congelamento com a PEC. É redução de gastos”

 

O primeiro dia de paralisação dos docentes contra a PEC foi de aula pública na tarde de sexta-feira, 11.Nas escadarias do IFCS, Esther Dweck mostrou a fragilidade da proposta do governo Temer para a crise econômica. “Está se usando uma situação conjuntural para amedrontar a população e apresentar uma solução mágica”, criticou a docente, também assessora da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. “Não existe solução mágica. Uma única lei não vai resolver todos os problemas”, argumentou pouco depois de dar a seguinte entrevista para a reportagem da Adufrj:

O que vai acontecer com a universidade, caso a PEC seja aprovada?

>< Haverá uma diminuição dos recursos disponíveis. O congelamento do teto vai reduzir, a cada ano, os gastos mínimos para educação, afetando não só custeio, como salários e infraestrutura. Será reduzida também a verba para a área de Ciência e Tecnologia. A expansão dos campi vai parar e os novos não vão conseguir se sustentar.

O Brasil precisa cortar gastos públicos?

>< Não. A situação fiscal não é confortável e a divida é grande, mas a PEC é a pior maneira de resolver este problema. Em relação à situação fiscal, o déficit é resultado da queda de arrecadação e não do gasto público. Quanto à dívida, não é culpa do gasto e, sim, dos altos juros que são praticados no Brasil.

Como reverter a queda do PIB?

>< A melhor forma para reverter isso seria justamente aumentar o gasto público para reacender a economia. Os programas de distribuição de renda que se pretende cortar contribuem para crescimento da economia. Na verdade, a solução não está nos cortes, mas em aumentar os investimentos para voltar a crescer.

E a estrutura tributária não pode contribuir para aumentar a receita?

>< Resta ainda a mudança da estrutura tributária que, no Brasil, é muito desigual. Ela taxa pouco as grandes rendas e taxa muito o consumo.

Entrevista a Jan Niklas Jenkner, estudante da ECO-UFRJ e estagiário da Adufrj

Dia de paralisação terá debate no IFCS

  


Esta sexta-feira (11) é Dia Nacional de Protestos e Paralisações contra a Proposta de Emenda Constitucional 55 (ex-241), que congela os gastos públicos pelos próximos 20 anos.

Os professores da UFRJ aprovaram paralisação para esta sexta e para 25 de novembro.

A Adufrj programou um debate com Esther Dweck (foto). A assessora da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado vai tratar dos impactos da PEC na educação. Será na sala 106 do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, no Centro.estherGeraldo Magela/Agência Senado

Compareça!

AGENDA DO DIA 11:
• 14h - Debate com Esther Dweck na sala 106, no IFCS
• 16h - oficina de cartazes, no IFCS
• 17h - passeata, com concentração na Candelária




cartaz esther


Pela manhã, o professor Carlos Frederico Leão Rocha, diretor da Adufrj, vai participar de uma aula aberta sobre a PEC 55, ao lado de Carlos Pinkusfeld Monteiro Bastos e Luiz Carlos Delorme Prado, todos do Instituto de Economia. A atividade ocorre às 11h, no Jardim do Palácio Universitário (atrás do Teatro de Arena).

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