Assembleia Geral e Conselho de Representantes da Seção Sindical debateram prestação de contas, no último dia 8. Gestão do biênio 2013-2015 já começou a apresentar o balanço financeiro do período
Novo CR deve ser convocado no fim de novembro
Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
A Assembleia Geral da Adufrj-SSind, ocorrida em 8 de outubro, aprovou por unanimidade as contas das gestões 2009-2011 e 2011-2013 (veja relato nesta página e tabelas, no site). As contas do biênio 2013-2015, que estão em fase de conclusão, foram apresentadas ao Conselho de Representantes que antecedeu a Assembleia. O CR aproveitou a possibilidade para indicar questões referentes aos números, contribuindo com o trabalho da diretoria atual. A decisão do Conselho, após debate realizado sobre a importância política da prestação de contas, foi indicar que seja realizado um próximo CR e AG até o final de novembro para que as contas sejam apreciadas em sua totalidade.
“Esta diretoria trabalhou com muitas questões da organização interna do sindicato e queríamos aproveitar o momento da aprovação das contas de gestões anteriores para dialogar com o Conselho sobre nossa prestação enquanto ela ainda é realizada, ampliando a possibilidade de participação na própria prestação que ajuda, inclusive, a compreender o histórico de ações políticas de Seção Sindical. Debater prestação de contas não é fazer balanço contábil, que é realizado por escritório contratado especificamente para este fim; debater prestação de contas é um exercício de economia política”, explicou Cláudio Ribeiro, presidente da Adufrj-SSind.
Prestação de contas da Diretoria – Gestões 2010-2011 e 2011-2013
Os professores presentes à AG puderam esclarecer dúvidas e fazer sugestões durante a apresentação dos números. José Miguel Bendrao Saldanha, da Escola Politécnica, reforçou que, embora um escritório de contabilidade cuide das contas da entidade e realize anualmente o balanço dos gastos da Seção Sindical, somente a diretoria pode traduzir os valores em ações políticas: “A leitura das atividades políticas é feita com maior transparência para os sindicalizados. Embora os lançamentos contábeis estejam em dia, é mais complexo o trabalho de esmiuçar o que significou cada um dos lançamentos do ponto de vista das ações”, justificou.
Alguns sindicalizados fizeram perguntas sobre o funcionamento da prestação de contas no âmbito do Andes-SN. José Miguel esclareceu que, no Sindicato Nacional, houve esta discussão e o conjunto de professores decidiu caber ao Conad (Conselho do Andes-SN) o papel de aprovar as contas. A situação possibilita a apresentação das informações contábeis para um maior número de pessoas. Na Adufrj-SSind, o Conselho de Representantes desempenha também o papel de Conselho Fiscal.
Leia mais: Adufrj-SSind: contas das gestões 2010-2011 e 2011-2013 são aprovadas
Vários estudantes passaram mal no final de setembro após utilizarem o bandejão da Faculdade de Letras
DCE critica terceirização do preparo da comida
Samantha Su. Estagiária e Redação
Entre os dias 28 e 30 de setembro, estudantes relataram ao DCE casos de diarreia, náusea, dor de barriga e vômito após refeições no restaurante universitário da Letras. As denúncias foram encaminhadas à reitoria.
Diretora do Sistema de Alimentação da UFRJ, a professora Lúcia Andrade informou que já foram feitas as coletas de amostra de todo o cardápio do dia. Segundo ela, duas análises estão sendo feitas: uma de responsabilidade da terceirizada fornecedora, Den Jud Refeições Coletivas; e outra, pelo laboratório do Instituto de Microbiologia da universidade: “É necessário analisar tanto as preparações na cozinha da empresa, quanto as amostras armazenadas dentro do restaurante. A maior suspeita, de acordo com os relatos, é com relação ao quibe, mas outras denúncias nos fizeram solicitar que o Instituto de Química fizesse uma avaliação da água também. Todos os resultados devem estar prontos a partir de sexta-feira (9)”, respondeu (porém, até fechamento desta matéria, em 9/10, ainda não estavam).
Além destas análises, a Vigilância Sanitária fiscalizou o local no último dia 7, também sem um parecer. Lúcia explicou ser um processo demorado porque é necessário esperar o cultivo das bactérias para averiguação.
“Em cinco anos e meio, é a primeira vez que ocorrem casos de contaminação coletiva”, afirmou Lúcia. A diretora também garantiu que apenas a unidade da Letras foi afetada.
A professora elogiou a ação dos estudantes e pediu para que quaisquer denúncias sejam sempre encaminhadas o mais rápido possível: “O tempo para fazer a coleta de amostras é de até 72 horas. Os casos de intoxicação e doença alimentar devem ser sempre imediatamente informados para podermos tomar as providências legais e fiscalizar”, completou. O Restaurante segue funcionando normalmente até o parecer das análises e da fiscalização da Vigilância sanitária.
DCE critica terceirização
Em nota, o DCE da UFRJ questionou a opção pela terceirização do bandejão. Segundo os alunos, além de cara (a universidade custeia R$ 9 por prato; sendo R$ 2 cobrados aos estudantes), impõe “limites para a autonomia do Instituto de Nutrição dizer o que se deve fazer e coloca o lucro da empresa sempre acima da qualidade”.
Leia mais: Refeições do restaurante da Letras estão sob análise
UFRJ não terá nem o mínimo emergencial para fechar 2015
E apenas 20 das 63 universidades federais receberiam reforço para pagar contas até fim do ano
MEC apresentou ajuste fiscal às Ifes no dia 6
Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Durante a sessão do Conselho Universitário do dia 8, o reitor Roberto Leher retomou o assunto das contas da universidade. O dirigente também deu um panorama do (trágico) quadro nacional: em reunião com os dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) na terça-feira (6), o Ministério da Educação (MEC) informou um limite de R$ 480 milhões para complementação orçamentária das universidades em 2015. Detalhe: apenas 20 das 63 instituições vão receber algo do recurso extra.
Déficit estimado pela Andifes em 2015:
R$ 1,6 bilhão
O limite informado pelo MEC é:
R$ 480 milhões
Em relação à UFRJ, “que, de longe, foi a contemplada com os maiores valores”, a situação é a seguinte: da previsão de R$ 250 milhões para custeio e R$ 57 milhões de capital, a universidade, a partir de reuniões com decanos e diretores, enxugou para um “mínimo emergencial” de R$ 90 milhões e R$ 30 milhões, respectivamente. A contraproposta final do MEC ficou em R$ 26 milhões para custeio e R$ 6,7 milhões para investimento. Isto é, cerca de um quarto da cota crítica.
“Como mínimo, estamos falando do valor necessário para manter o funcionamento até o fim do ano sem que as dívidas (ainda que pesadas) ultrapassem três meses de atrasos em relação às empresas terceirizadas e quatro meses no caso das demais empresas, como a de energia elétrica”, esclareceu o dirigente. “Obviamente, com esses números, não vamos chegar ao fim do ano com condições sequer do mínimo do mínimo”, disse em seguida. “E seguramente isso vai nos levar a uma situação em que, num futuro próximo, a execução orçamentária precisará chegar ao Conselho Universitário. Já estamos preparando isso”, completou.
Farinha pouca
De acordo com Leher, apesar da solicitação da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o MEC se recusou a apresentar, na reunião, a demanda consolidada do conjunto das Ifes. “Incitamos o ministério a apresentar todas as contas, nomeando-as, porque não há sentido em manter segredo sobre esses números”, relatou. “Exatamente para evitar essa cultura de busca, em separado, por apoio de parlamentares, da chamada política de balcão”, criticou.
UFRJ pediu, como mínimo emergencial:
R$ 120 milhões
O MEC promete entregar à UFRJ, no máximo:
R$ 32,7 milhões
A projeção da Andifes é de um déficit, entre custeio e capital, na ordem de R$ 1,6 bilhão. Segundo o reitor, a proposta do aporte de apenas R$ 480 milhões para 20 das 63 universidades causou “enorme mal-estar”. “Alguns dirigentes de universidades não contempladas sugeriram a reprodução da matriz Andifes (fórmula de distribuição dos recursos entre as Ifes)”, contou Leher. “O que seria uma impropriedade, tendo em vista que a questão era o fechamento das contas até o fim do ano. Depois de muita polêmica, prevaleceu a distribuição, priorizando as instituições com maiores dificuldades para ajustar as dívidas”.
Pesar
Leia mais: UFRJ não terá nem o mínimo emergencial para fechar 2015
Orçamento: UFRJ não tem o mínimo emergencial
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Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Durante a sessão do Conselho Universitário do dia 8, o reitor Roberto Leher retomou o assunto das contas da universidade. O dirigente também deu um panorama do (trágico) quadro nacional: em reunião com os dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) na terça-feira (6), o Ministério da Educação (MEC) informou um limite de R$ 480 milhões para complementação orçamentária das universidades em 2015. Detalhe: apenas 20 das 63 instituições vão receber algo do recurso extra.
Déficit estimado pela Andifes em 2015:
R$ 1,6 bilhão
O limite informado pelo MEC é:
R$ 480 milhões
Em relação à UFRJ, “que, de longe, foi a contemplada com os maiores valores”, a situação é a seguinte: da previsão de R$ 250 milhões para custeio e R$ 57 milhões de capital, a universidade, a partir de reuniões com decanos e diretores, enxugou para um “mínimo emergencial” de R$ 90 milhões e R$ 30 milhões, respectivamente. A contraproposta final do MEC ficou em R$ 26 milhões para custeio e R$ 6,7 milhões para investimento. Isto é, cerca de um quarto da cota crítica.
“Como mínimo, estamos falando do valor necessário para manter o funcionamento até o fim do ano sem que as dívidas (ainda que pesadas) ultrapassem três meses de atrasos em relação às empresas terceirizadas e quatro meses no caso das demais empresas, como a de energia elétrica”, esclareceu o dirigente. “Obviamente, com esses números, não vamos chegar ao fim do ano com condições sequer do mínimo do mínimo”, disse em seguida. “E seguramente isso vai nos levar a uma situação em que, num futuro próximo, a execução orçamentária precisará chegar ao Conselho Universitário. Já estamos preparando isso”, completou.
Farinha pouca
De acordo com Leher, apesar da solicitação da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o MEC se recusou a apresentar, na reunião, a demanda consolidada do conjunto das Ifes. “Incitamos o ministério a apresentar todas as contas, nomeando-as, porque não há sentido em manter segredo sobre esses números”, relatou. “Exatamente para evitar essa cultura de busca, em separado, por apoio de parlamentares, da chamada política de balcão”, criticou.
UFRJ pediu, como mínimo emergencial:
R$ 120 milhões
O MEC promete entregar à UFRJ, no máximo:
R$ 32,7 milhões
A projeção da Andifes é de um déficit, entre custeio e capital, na ordem de R$ 1,6 bilhão. Segundo o reitor, a proposta do aporte de apenas R$ 480 milhões para 20 das 63 universidades causou “enorme mal-estar”. “Alguns dirigentes de universidades não contempladas sugeriram a reprodução da matriz Andifes (fórmula de distribuição dos recursos entre as Ifes)”, contou Leher. “O que seria uma impropriedade, tendo em vista que a questão era o fechamento das contas até o fim do ano. Depois de muita polêmica, prevaleceu a distribuição, priorizando as instituições com maiores dificuldades para ajustar as dívidas”.
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