facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

Até 12 de setembro, no átrio do Palácio

Filipe Galvão. Estagiário e Redação

Lembrar sempre para que não se repita nunca. O ano em que se completa meio século do golpe empresário-militar continua sendo marcado pelas iniciativas de resgate da memória e homenagens à resistência daquele período. Agora quem entra no diálogo sobre o tema é o Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI) da universidade com a exposição “1964: UFRJ – Imagens, Falas e Informações”.

Ocupando o Átrio do Palácio Universitário do campus da Praia Vermelha, a exposição apresenta os acervos da UFRJ, da Biblioteca Nacional, do Arquivo Nacional e do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro. “A seleção do material foi feita ao longo do tempo por bolsistas. Agora, nós podemos contribuir para que a universidade tenha um ciclo completo no resgate de sua história”, diz Maria Angélica Varella, vice-diretora da Divisão de Memória Institucional do SiBI, setor que organizou a exposição.

A ideia nasceu um ano antes. Para compor o acervo de memória oral da universidade, a historiadora Andréa Cristina de Barros Queiroz, diretora da Divisão de Memória do SIBI, fez uma série de entrevistas com ex-reitores. A recorrência de dois temas (ditadura e movimento estudantil) nos depoimentos motivou o recorte para a mostra. Era evidente que a história da UFRJ se confundia com a do país. 

Prédio com história

Quem anda pelos corredores do Palácio Universitário da Praia Vermelha anda mesmo dentro da história. Os primeiros ocupantes do prédio foram os alienados mentais do período regencial. Lá os loucos atravessaram o Brasil Império, a República Velha e quase apagam as luzes do Estado Novo se não fossem transferidos um ano antes para o subúrbio carioca.

Vinte e dois anos depois, com o país já nas mãos dos militares e o prédio nas mãos da UFRJ, a Praia Vermelha continuou palco de episódios importantes. Na tarde de 22 de setembro de 1966, os 600 estudantes que se organizavam para protestar contra a ditadura se refugiaram dentro do Palácio Universitário para evitar o confronto com os policiais militares.

Na madrugada do dia seguinte, as forças da ditadura invadiram o prédio, deixando o patrimônio depredado e centenas de pessoas espancadas. O evento ficou conhecido como o Massacre da Praia Vermelha e evidencia o peso da resistência estudantil da UFRJ ao governo militar. 

Maria Angélica define o trabalho de resgate da verdade como uma simbiose do conjunto de pesquisas, leituras e publicação de acervos. “A memória da universidade ainda está muito pulverizada. Há muita informação nas bibliotecas e unidades. Essa exposição mostra a preocupação do SiBI em costurar essa memória. É isso que vai fazer a história não se perder”, diz.

14090161Maria Angélica Varella, do SiBI: “A memória da universidade ainda está muito pulverizada”. Foto: Filipe Galvão - 28/08/2014

O Conselho Universitário (Coun) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) aprovou, na manhã de quinta-feira (28), a privatização do Hospital de Clínicas (HC) da instituição por meio da adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Para conseguir a aprovação da entrega do HC à Ebserh, a reitoria da UFPR teve que recorrer ao uso da força policial e violenta repressão de manifestantes e conselheiros, com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, e ainda realizar parte da votação por telefone. A Adufrj-SSind assinou a nota do Andes-SN: “Manifestamos o nosso repúdio à forma autoritária, arbitrária e antidemocrática com a qual as reitorias e os poderes públicos vêm conduzindo os processos no interior das Universidades Públicas”, diz o documento, cuja íntegra pode ser conferida  aqui.

Manifestamos, mais uma vez, nosso repúdio à forma autoritária, arbitrária e antidemocrática com a qual as reitorias e os poderes públicos vêm conduzindo os processos no interior das Universidades Públicas, principalmente no tocante à implementação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Processo esse que expressa a faceta mais patente da privatização dos hospitais universitários e da deterioração das relações de trabalho em seu interior.
No dia 28 de agosto de 2014, o Conselho Universitário (COUN) da Universidade Federal do Paraná, foi convocado para decidir sobre a entrega do Hospital de Clínicas à EBSERH. Os movimentos em defesa da saúde e educação públicas lançaram um chamado à comunidade acadêmica da UFPR para participar de um ato público em defesa do Hospital de Clínicas, ato este que foi reprimido pela ação violenta de policiais federais, inclusive com o uso de bombas e balas de borracha contra os manifestantes.
O uso desnecessário de violência com o claro intuito de impedir a livre manifestação e as denúncias sobre os efeitos deletérios da EBSERH têm sido uma constante. Reforçamos a ideia de que essas ações favorecem o projeto privatista que transfere recursos públicos para a iniciativa privada, ao mesmo tempo em que, reforça o cerceamento às manifestações e denúncias em relação à aguda precarização das condições de trabalho.
A forma como se deu a reunião do Conselho Universitário da UFPR, com ausência de conselheiros impedidos de entrar, duas plenárias realizadas em locais diferentes e a inaceitável votação por telefone atestam, ainda mais, a arbitrariedade e o autoritarismo da forma como vem sendo conduzida a questão. O ocorrido na UFPR não é um fenômeno localizado, explicita uma política mais geral e precisa ser combatido, pois põe em risco a democracia no interior da universidade ao passo que criminaliza a luta por uma Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade.

ANDES-SN/SR-RJ - ADCEFET-RJ - ADUFRJ – ADUFF – ADUNIRIO – ASDUERJ – ADUEZO

Foto: Apufpr-SSind, via Andes-SN

Debate "Cidade não é mercadoria: construindo lutas urbanas pelo direito à habitação".

Com:
Vitor Guimarães - MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto)

Vítor Halfen - FENEA (Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo)

Julia Bustamante - representante do DCE

Cláudio Ribeiro - ADUFRJ/ FAU-UFRJ

Lançamento da Revista Territórios Transversais: resistência urbana em movimento na UFRJ.

Auditório Archimedes Memória - 3º Andar - FAU/Prédio da Reitoria

Dia 4 de setembro, quinta-feira, entre 13h30 e 16h. 

Topo