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Lucas Abreu
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Diante da articulação da comunidade científica, o Ministério da Educação voltou atrás e revogou a portaria 2.227 de dezembro de 2019, que limitava a dois o número de professores e servidores em viagens para eventos fora da sua unidade. Publicada no último dia 06, a nova portaria do Ministério suprimiu o artigo que tratava especificamente do tema. Porém, mantém a obrigatória a comunicação oficial ao Ministério da Educação através do Sistema de Concessão de Diárias e Passagens, em viagens com ou sem ônus.

A portaria 2.227 foi publicada no dia 31 de dezembro, quando boa parte da comunidade acadêmica estava em recesso. A decisão foi duramente criticada nas universidades. No último dia 23, a Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) entregaram uma carta ao MEC exigindo a revisão da decisão.

Assinada por mais de 60 entidades científicas, a nota explicava a importância da circulação dos pesquisadores para a troca de conhecimento, e que a restrição de viagens afetaria o desenvolvimento científico nacional.

“Sem dúvida, a articulação da comunidade acadêmica influenciou no recuo do governo”, disse o professor Ildeu Moreira, presidente da SBPC.

“A portaria criava um grave problema para a ciência brasileira. Agora, estamos analisando a nova portaria para medir seus impactos”, contou o professor do Instituto de Física da UFRJ.

Para Ildeu Moreira, a mobilização foi importante, mas o cenário geral exige mais. “Foi uma pequena vitória, diante do atual cenário de descalabro e desmonte das políticas para ciência”, falou. “É importante agora que a comunidade científica entenda a importância dessa união”.

No dia 31 de janeiro, a diretoria da AdUFRJ também se manifestou publicamente sobre o documento, tratando-o como um ato que expressa “o indisfarçável desejo de controle e sufocamento da produção de conhecimento”.

Até o fechamento dessa edição, a PR-6, responsável pela emissão de passagens na UFRJ, não retornou as ligações do Jornal da AdUFRJ.

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