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A sede da FAPERJ ficou lotada de pesquisadores do estado do Rio de Janeiro preocupados com os rumos da Fundação, na última quinta-feira (24). O governador quer exonerar o atual presidente da instituição, o pesquisador Jerson Lima Silva. Em seu lugar está cotado um político filiado ao PL que em nada se aproxima do campo científico.
A AdUFRJ foi representada pelo professor Antonio Solé e pela professora Nedir do Espirito Santo. "Jerson Lima Silva é absolutamente competente, tem vasta experiência na FAPERJ, passou por diferentes governos. Ele está testado e é aprovado pela comunidade científica do estado", defendeu Solé, ao microfone.
Fotos: Silvana Sá
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A AdUFRJ, a Academia Brasileira de Ciências, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e Associação Nacional de Pós-Graduandos abraçaram a campanha em defesa da FAPERJ. A Fundação é um patrimônio da Ciência e assim deve continuar! Você também pode participar. Veja como:
2. Escolha uma foto de perfil para as suas redes sociais
3. Salve o arquivo no seu celular ou computador
4. Altere sua foto nas redes sociais e no Lattes
Vamos junt@s em defesa da FAPERJ!
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Diante da notícia da iminente exoneração do professor Jerson Lima da presidência da FAPERJ, pesquisadores de todo o país se mobilizam solicitando a permanência de Lima na presidência da agência. O professor Jerson é um cientista renomado, e vem fazendo parte de sucessivas diretorias da FAPERJ, em vários governos de partidos e ideologias diferentes.

 De maneira profissional e não-partidária, o professor Jerson tem colocado o foco da FAPERJ no papel da Ciência & Tecnologia para o estratégico desenvolvimento científico do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro concentra algumas das principais universidades da América Latina. A eventual nomeação de um presidente que não tenha perfil de pesquisador amplamente reconhecido pelos seus pares vulnerabiliza a FAPERJ, coloca em risco o planejamento da agência e enfraquece a pesquisa em tecnologia e inovação no Rio de Janeiro. É fundamental que a presidência da FAPERJ seja legítima perante a comunidade científica do país.

 

Diretoria da AdUFRJ

464663043 964555239051565 3339563238258769140 nPesquisadores do estado do Rio de Janeiro convidam para a reunião "Cientistas pela FAPERJ", nesta terça-feira, 29, às 10h.

O ato é organizado pela AdUFRJ, @sbpcnet , @anpgoficial e @abcienciasC

WhatsApp Image 2024 10 17 at 21.36.28 2Foto: Kelvin MeloO poeta cubano José Martí dizia que plantar uma árvore é algo que todo mundo deveria fazer ao longo da vida. Só que uma dupla de professores resolveu ir além: Ian Marques Martins e Roberto Fernandes Oliveira, da Engenharia Civil, ajudaram a plantar ou fincaram com as próprias mãos centenas de mudas no entorno do Centro de Tecnologia. A iniciativa, nos anos 1980, transformou a paisagem.
“Cheguei aqui em 1972, ainda como aluno. Era um campus muito árido”, afirma Ian. O cenário incomodava o então estudante. Ainda mais tendo um pai, Seu Irahy, que gostava muito de árvores e já fazia o plantio de mudas pelas praças de Niterói. Quando se tornou docente da universidade, em 1983, Ian começou a pensar em como colocar em prática o que tinha aprendido em casa. “Meu pai, inclusive, cedeu algumas mudas para trazer para cá”.
Mas poucas mudas não seriam suficientes para alterar a aridez do CT. Seria necessário um plantio em grande escala. Ian convenceu Roberto e os dois levaram a ideia ao decano da época, professor Carlos Russo, que apoiou a iniciativa. “Fui então ao Departamento de Parques e Jardins do Rio, em 1986, convidei um técnico para visitar o campus, demos uma volta por aqui e perguntei que tipos de árvores ele sugeriria para serem plantadas. Depois disso, fomos à reitoria e pedimos um caminhão para ir ao departamento, que separou uma série de mudas para nós buscarmos”, recorda Ian.
Foram trazidas mil mudas das mais variadas espécies: ipês, baobás, figueiras, mirindibas, mungubas, goiabeiras, tamarindeiras, pés de fruta-pão, sapotizeiros, entre tantas outras. O professor calcula que aproximadamente 300 delas vingaram e estão por aí até hoje. “Todas vieram em saquinhos. Aqui na frente do bloco B do CT existem esses baobás enormes que vieram com 1,20m de altura”, conta Ian.
Entre tantas, há algumas preferidas. “Minha árvore predileta é um ipê amarelo, que fica no estacionamento, em frente ao bloco G. Sempre dá uma floração que é um espetáculo. Quando as folhas caem, o chão parece um tapete amarelo”, afirma Ian. “Gosto também da mirindiba, que não sabia que iria adquirir uma copa tão grande e bonita, que está em frente ao Bloco D”.
Nem tudo foi plantado de uma vez só. Com a ajuda de um rapaz que prestava serviços para os trailers de alimentação chamado Geraldo, os docentes começaram a distribuir as árvores nos espaços disponíveis. Aos poucos. Um trabalho que não parou por aí: foram anos regando as plantas, após o expediente. “Para a gente, era uma higiene mental. Pegávamos os regadores e íamos molhando as mudas”, acrescenta o professor Roberto Fernandes.
BEM COMUM
A mudança da flora também ajudou a trazer novos “moradores” para o CT. “Está ouvindo? Esse é o canto do sabiá-laranjeira”, diz Ian, durante a entrevista. “Hoje, temos muitos passarinhos. Vemos muitas caturritas, sabiás, canários-da-terra, sanhaços, entre outros”, completa.
Passadas quase quatro décadas do início da empreitada, os dois festejam os resultados. “Foi pelo gosto de tornar o local de trabalho mais aprazível e dividir isso com os colegas. A gente fica feliz, porque os benefícios não reverteram só para mim, para o professor Roberto ou para o professor Carlos Russo”.
Roberto concorda e, mesmo aposentado e agora morando em São Paulo, ainda demonstra preocupação e carinho com suas antigas mudas. “Está um tal de pegar fogo em árvore que não é brincadeira”, alerta.

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