Fotos: Fernando SouzaRenan Fernandes
O estudante Marcos Vieira carregava com dificuldade cinco sacolas repletas de livros, no cair da tarde do dia 11. Formado em Geografia pela UFRJ, ele não escondia a felicidade de visitar a I Feira do Livro Científico da universidade, na Casa da Ciência. “Estava ansioso para ver o que as editoras oferecem. Sentia falta de uma feira como essa no Rio porque vejo acontecer com frequência em São Paulo”, disse.
O aluno aproveitou os descontos de até 50% oferecidos para encontrar títulos que vão fazer parte de sua pesquisa no doutorado. “Estou montando um projeto sobre a geografia da saúde. Só da Fiocruz comprei mais de 20 livros. Também encontrei títulos legais da UFRJ e da UNESP”, afirmou.
Além dos títulos de que precisava para suas pesquisas, Marcos encontrou um ambiente aconchegante, com palestras, sessões de autógrafos, apresentações musicais e programação infantil. “As atividades planejadas, que incluem espetáculos musicais, mesas de debates e oficinas para crianças, tornam o evento acessível e atraente para todas as idades, incentivando a curiosidade e o interesse pelo conhecimento desde cedo”, afirmou a professora Christine Ruta, coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura, organizadora do evento que durou até o domingo (14).
“A Feira proporciona um espaço de encontro e troca de ideias, onde o público tem acesso a obras de alta qualidade e debates enriquecedores”, acrescentou Ruta. “O Fórum reafirma seu compromisso de estreitar os laços entre a Universidade e toda a sociedade, além de atuar na disseminação do conhecimento e na valorização da ciência e da arte”, completou.
O professor Marcelo Jacques, diretor da Editora da UFRJ, concordou. “Esse evento foi mais um canal de comunicação com a sociedade. O Fórum tem o sentido de fazer essa ponte da universidade com a sociedade e o livro é um canal importante. A universidade não produz livros apenas para o consumo interno”, avaliou.
O docente celebrou a iniciativa de reunir 26 editoras universitárias de diferentes partes do Brasil. “Já tínhamos a experiência de organizar feiras aqui na Praia Vermelha, mas sempre com editoras do estado do Rio. Esta é a primeira que conseguimos adesão massiva de editoras de grandes universidades como a USP, a Unicamp, a UFMG, entre outras”.
O professor Pedro Rocha, do Instituto de Relações Internacionais e Defesa, foi às compras ao final do dia de trabalho e elogiou o projeto. “Espero que seja o início de um evento que se repita com um número cada vez maior de editoras, ganhando projeção e alcance”. O docente adorou as instalações da Casa da Ciência da UFRJ. “O lugar é muito agradável”, aprovou.
O desejo de novas edições da Feira é compartilhado pelos organizadores. O professor Ismar de Souza Carvalho, diretor da Casa da Ciência, agradeceu os apoios que permitiram a realização do evento. “Ainda é experimental, mas a gente pretende repetir a cada ano ou a cada dois anos. O suporte financeiro da AdUFRJ, da Faperj e do CNPq foi fundamental para montarmos essa estrutura que traz muito do conhecimento científico publicado no nosso país”, disse.
A vice-presidenta Nedir do Espirito Santo representou a AdUFRJ na mesa de abertura da feira. “Passei pelo salão vendo as obras. Foi um ambiente muito convidativo. Precisamos divulgar mais a produção das editoras universitárias”, elogiou.





