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Fotos: Fernando SouzaO dia 15 de outubro de 2025, além da celebração pelo Dia do Mestre, também marcou os dez anos de atuação política do grupo que dirige a AdUFRJ desde 2015, inaugurada na gestão da professora Tatiana Roque. A nova diretoria foi festejada por integrantes de todas as cinco últimas gestões.
O ambiente de encontros e reencontros contou com ilustres presenças de reitores e ex-reitores, como a atual presidente da Capes, professora Denise Pires e os professores Carlos Levi da Conceição e Nelson Maculan (foto ao lado). Também marcaram presença diretores de unidades da UFRJ, integrantes de sociedades científicas, entidades representativas dos pós-graduandos e do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, professor e amigo pessoal de Ligia.
A festa, animada pelo grupo Alma de Sambista, aconteceu no Fórum de Ciência e Cultura. Confira alguns registros.
COM ORGULHO, NETO PRESTIGIOU POSSE DE LIGIA: “DISCURSO MUITO EFUSIVO”
Sentado na primeira fila do salão do Fórum de Ciência e Cultura, ao lado do avô Samuel Araújo, professor da Escola de Música da UFRJ, o jovem Lucas Araújo Costa, de 18 anos, era um dos mais atentos ao discurso da nova presidenta da AdUFRJ.
Como se fosse um aluno calouro em seu primeiro dia de aula na faculdade, anotando cada palavra da professora veterana, Lucas tinha um indisfarçável olhar de orgulho por estar ali. Não diante de uma professora veterana, mas sim da avó que tomava posse como presidenta da AdUFRJ.
Aluno do primeiro período no curso de Bacharelado em Matemática Aplicada da UFRJ, Lucas era um dos poucos jovens presentes à posse da nova diretoria. Isso foi pontuado por Ligia Bahia em seu discurso, no qual disse ter orgulho em ter o neto na plateia. “O orgulho foi todo meu”, disse Lucas, tímido, ao Jornal da AdUFRJ, ao final da cerimônia.
Para ele, os jovens precisam estar mais presentes no combate aos problemas da UFRJ e do país. “Eu acho que falta um pouco de participação da juventude nessas questões de melhores condições para a UFRJ, e melhores condições para o Brasil. Acho que falta uma atitude de se posicionar politicamente”.
Se depender de Lucas, a juventude terá um papel importante para o país no ciclo eleitoral que se aproxima, com as eleições presidenciais de 2026, como também foi acentuado pela avó presidenta no discurso de posse: “O discurso dela foi muito efusivo, eu acredito que muitas coisas que ela falou eu concordo completamente. Eu acho importante eu estar participando aqui para prestigiar ela, e também para poder expressar um pouco do meu papel na sociedade”. (Alexandre Medeiros)
Foto: Fernando SouzaEm seu discurso de despedida como presidenta da AdUFRJ, a professora Mayra Goulart lembrou o papel que o sindicato teve em sua trajetória, desde a sua chegada à universidade, como docente novata do Departamento de Ciência Política do IFCS, até a liderança sindical que exerceu em momentos tensos, como a greve do ano passado. Eis os principais trechos:
“O concurso (para o Departamento de Ciência Política do IFCS/UFRJ) foi um caos, a entrada no departamento foi um choque e, pouco tempo depois, percebi que precisaria de ajuda para sobreviver não só ali, mas naquele contexto. Era o momento que o Bolsonaro chegava ao poder. Foi nesse momento que eu encontrei a AdUFRJ e ela foi tudo o que eu precisava. Talvez por isso, desde o início, a minha forma de ver o sindicato tenha sido a de quem sabe o que é ser acolhido. Sempre acreditei que o papel de um sindicato precisava ser esse, acolher. E foi com essa sensibilidade que tentamos construir um sindicato que cuida, que escuta, que integra”.
“Mas acolher também é lutar por condições melhores de trabalho. Por isso, uma das batalhas que mais me orgulham é a que travamos pela mudança nas regras de progressão e promoção. A resolução a ser aprovada agora não concretizou tudo o que defendíamos, mas representa uma conquista”.
“O segundo eixo do nosso trabalho foi o Observatório do Conhecimento, que tem sido um instrumento de atuação junto ao Parlamento e ao governo, mas também na sociedade civil, nas redes e na imprensa, na formação da opinião pública e em defesa da universidade, da ciência e do conhecimento. Esse é talvez um dos nossos maiores desafios, atuar numa esfera pública em transformação. O campo progressista precisa ocupar o espaço das redes, disputar narrativa, enfrentar a desinformação e reconstruir a confiança social na Ciência e nas universidades”.
“Certamente o momento mais tenso da nossa gestão foi a greve, quando a UFRJ tomou a decisão de manter a universidade aberta. E fizemos isso porque entendemos que resistir é continuar funcionando, é manter a universidade aberta enquanto lutamos por melhores condições de trabalho, junto com os nossos alunos, e não os mandando de volta para casa”.
“Há muito a fazer ainda, junto ao governo, junto à reitoria, junto aos professores, junto à sociedade. Por isso estou tão feliz ao entregar a direção a uma nova gestão que reúne experiência, talento e tudo o que é necessário para continuar nessa jornada”.
“Eu acredito que aquilo que nos separa dos outros, que é a nossa atuação, ela deve sempre focar a união. Essa separação é apenas ilusória. Que a gente está todo mundo junto no mesmo barco. E por isso sigo acreditando e praticando que o radicalismo, à direita ou à esquerda, não se vence com violência, cancelamento ou ressentimento. Ele se enfrenta com a fé, diálogo e construção de comunalidade. Seguimos juntos”.
O Dia dos Professores foi marcado por atos e comemorações por todo o país, mas também por uma carta que defende a ciência como pilar da soberania nacional. O documento foi enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pela Academia Brasileira de Ciências (ABC).
O texto, entitulado “Em defesa da ciência brasileira como pilar da soberania nacional” (leia a íntegra aqui), alerta para o orçamento insuficiente do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e aponta ações necessárias à segurança da área: a aprovação de um crédito suplementar emergencial para o CNPq, Capes e instituições federais; a recomposição e blindagem plurianual das dotações de CT&I; e a retirada da educação e da ciência do arcabouço fiscal.
A diretoria da AdUFRJ elogiou a iniciativa. "A carta divulgada pela SBPC e pela ABC é muito bem-vinda porque chama atenção para um ponto essencial para o futuro do Brasil: investir em ciência, educação e inovação não é um gasto comum — é investimento estratégico e potencialmente desinflacionário", aponta Daniel Negreiros da Conceição. "Esses investimentos fortalecem a capacidade produtiva do país, reduzem gargalos estruturais, e contribuem diretamente para o bem estar material e até para a estabilidade dos preços no médio e longo prazo", avalia o economista.
Daniel pondera que manter Educação e C&T sob o teto de gastos é incoerente do ponto de vista político e econômico. "Gastos públicos com efeito desinflacionário deveriam estar fora das amarras orçamentárias de curto prazo, como tetos e metas rígidas, mesmo que fosse verdade que o governo corre risco de insolvência, pois sua natureza é justamente preparar a economia para crescer e produzir mais riquezas, com estabilidade e soberania".
Ele concorda que proteger essas áreas é atuar no fortalecimento da soberania nacional. "Ao proteger e ampliar o financiamento da ciência e da educação, o Brasil não apenas forma talentos e gera conhecimento — ele fortalece sua autonomia tecnológica, reduz dependências externas e constrói as bases de um desenvolvimento sustentável e competitivo", afirma. "É hora de reconhecer que ciência e inovação são instrumentos centrais de soberania nacional e devem ser tratadas como tal na política fiscal".
O docente acredita que um mecanismo constitucional seria o melhor meio para garantir o financiamento dos setores ligados ao conhecimento. "É sempre o melhor caminho. O problema é a dificuldade de se aprovar emendas constitucionais dessa natureza", alerta. "Nesse sentido, se torna fundamental atuar para que candidatos progressistas vençam as eleições de 2026", conclui.
Paulo Baía
Sociólogo, cientista político, ensaísta e professor
da UFRJ
Sou professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 1977. Vi o país sair de um tempo sombrio para se reinventar nas lutas democráticas. Fui da primeira turma de professores que se filiou à AdUFRJ, quando ela nasceu em 26 de abril de 1979, ainda sob os ecos da repressão e o perfume da esperança. Aquele tempo, que hoje parece distante, foi o de uma geração que acreditava que a universidade pública era mais do que um espaço de ensino, era o coração de um país que desejava ser livre. E foi com esse sentimento de pertença e gratidão que assisti, com emoção sincera, à posse da nova diretoria da AdUFRJ, realizada na noite de 15 de outubro de 2025, no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ.
A data não poderia ser mais simbólica. Era o Dia dos Professores. E a festa, com roda de samba, coquetel e abraços de reencontro, era uma celebração da docência e da resistência. A construção de uma nova sede para o sindicato foi o ponto alto da cerimônia. A assinatura do termo de intenção para a instalação da sede, em local já definido na Cidade Universitária, foi um gesto histórico e de futuro. O documento foi assinado pela nova presidenta, professora Ligia Bahia, pelo reitor Roberto Medronho e pelo pró-reitor Fernando Peregrino. Foi um ato simbólico, mas também profundamente político: o de renovar o espaço físico e o espírito de uma entidade que há quase meio século abriga o pensamento crítico e a defesa intransigente da universidade pública.
Em seu discurso, Ligia Bahia falou com a lucidez que a caracteriza. Disse que a nova sede se enquadra na concepção de um sindicato como lugar de encontro e reflexão. E então pronunciou uma metáfora luminosa: “A AdUFRJ será como uma caixa de descompressão entre dois mundos. De um lado, a nossa produção acadêmica, nosso trabalho cotidiano na universidade. De outro, um mundo de desigualdades que temos que enfrentar.” Naquelas palavras havia não apenas a visão de uma líder sindical, mas de uma intelectual que pensa o país com ternura e radicalidade, que reconhece as contradições entre o saber e a vida, entre o conhecimento e a fome, entre o ensino e a exclusão.
A professora Mayra Goulart, ao passar o bastão após dois mandatos, foi recebida com carinho e respeito por todos. Sua fala foi emocionada e serena. Lembrou dos desafios de manter a autonomia da AdUFRJ em momentos delicados, como a greve docente de 2024, quando a universidade ficou aberta e os alunos permaneceram ao lado dos professores. A lembrança de Mayra foi um tributo à coragem política e à serenidade intelectual que sempre marcaram sua gestão. Senti orgulho e ternura ao vê-la se despedir, ela que representa a nova geração de docentes da UFRJ, mulheres fortes e jovens que fazem da universidade um espaço de afeto, ciência e luta.
E foi impossível conter a emoção ao ouvir as palavras firmes e generosas de Ligia Bahia. Conheço Ligia desde 1976, quando participamos de uma campanha eleitoral para vereador do professor Antônio Carlos de Carvalho. Dois anos depois, estivemos juntos na campanha de Raimundo de Oliveira, professor da UFRJ que, em 1978, se elegeu deputado estadual. Ligia já era então uma militante lúcida, inquieta e criativa. Ao longo dessas décadas, sua trajetória se confundiu com a história da redemocratização brasileira. Participou das mobilizações pela anistia, esteve presente nas manifestações pelas Diretas Já, foi ativa durante a Assembleia Nacional Constituinte, sempre com a clareza de que a saúde pública, a ciência e a universidade são pilares de uma nação livre.
Ligia Bahia é uma militante raiz, uma mulher de coragem e ousadias cívicas. Escreve sobre saúde pública na imprensa brasileira com a mesma energia com que participa da vida sindical e universitária. É uma figura que atravessa as fronteiras da academia e chega ao campo político, não para ocupar cargos, mas para defender ideias, princípios, valores. Ao vê-la assumir a presidência da AdUFRJ, percebi a continuidade de uma história que começou lá atrás, em 1979, quando um punhado de professores acreditou que um sindicato de docentes poderia ser uma força civilizatória dentro e fora da universidade.
A cerimônia foi uma celebração das gerações que constroem a UFRJ. Estavam presentes o reitor Roberto Medronho, os ex-reitores Carlos Frederico Leão Rocha, Denise Pires, Carlos Levi da Conceição e o sempre lúcido e cordial Nelson Maculan, o decano dos ex-reitores. A presença de Maculan foi particularmente simbólica. Ele representa uma era de compromisso institucional e sensibilidade humanista, e sua serenidade deu à noite um tom de sabedoria e memória. Vi nos rostos dos colegas a emoção de quem reconhece na história da UFRJ uma linha contínua de luta, pesquisa e amor pela universidade pública.
Havia ali professores e professoras de todas as gerações. Desde os que começaram sua docência nos anos 1970, como eu, até os jovens docentes que ingressaram entre 2020 e 2025, cheios de entusiasmo e ideias novas. Era uma festa intergeracional, uma passagem simbólica de bastões invisíveis. Uma aliança entre quem pavimentou o caminho e quem o percorrerá com novas forças. Todos unidos pela convicção de que a universidade é um bem comum, um patrimônio social, uma trincheira da democracia e do conhecimento.
O ambiente era de alegria e de reencontros. A roda de samba dava o tom carioca da celebração. O coquetel unia conversas sobre pesquisa e afetos. Mas, acima de tudo, havia um sentimento coletivo de pertencimento e de propósito. Estávamos ali como docentes, como pessoas que acreditam na universidade pública, gratuita, de qualidade, inclusiva, cidadã. Acreditamos que a docência é um ato político e amoroso, e que ser professor é resistir, é ensinar e aprender ao mesmo tempo, é defender o conhecimento como instrumento de libertação.
Enquanto ouvia os discursos, pensei em todos os que não estavam fisicamente presentes, mas que, de alguma maneira, estavam ali conosco. Os que fundaram a AdUFRJ em 1979, enfrentando o autoritarismo. Os que lideraram greves, redigiram manifestos, participaram de assembleias intermináveis. Os que defenderam a universidade quando a política a ameaçava, os que ensinaram em condições precárias, os que morreram acreditando que o Brasil merecia ser melhor. Eles também estavam naquela noite, na energia dos abraços, no brilho dos olhos, na firmeza das palavras.
A posse da nova diretoria da AdUFRJ foi mais do que um ato formal. Foi um rito de continuidade. Um pacto geracional entre o passado de lutas, o presente de desafios e o futuro de esperança. Foi a reafirmação de que a universidade pública é o maior projeto civilizatório do Brasil.
Saí do Fórum de Ciência e Cultura com o coração cheio. Pensei em Ligia, em Mayra, nos colegas de todas as idades, nos reitores e ex-reitores, nos estudantes, nos técnicos, em todos que fazem da UFRJ uma instituição viva, crítica e solidária. A roda de samba ecoava no pátio, as conversas continuavam nos corredores, e eu me senti de novo jovem, como em 1979, quando assinamos a ficha de filiação à AdUFRJ acreditando que a história podia ser transformada pela palavra, pela ciência e pela coragem.
Naquela noite luminosa de 15 de outubro de 2025, compreendi que a AdUFRJ continua sendo o coração pulsante da UFRJ. E que, sob a presidência de Ligia Bahia, ela seguirá sendo uma caixa de descompressão entre o conhecimento e a vida, entre a universidade e o povo, entre o sonho e a realidade. Um espaço de encontro e de esperança, onde a luta pela educação se confunde com a própria luta pela democracia.
AdUFRJ trabalhou por melhor estrutura para o trabalho docente, e investiu em atividades lúdicas e culturais, ampliação de convênios e em campanha de filiação que atraiu mais de 300 professores
PASSEIOS PELA HISTÓRIA
Mais que um simples espaço de passagem, a rua e os espaços públicos vistos como um lugar de encontro e aprendizagem. Com esse foco, a temporada de passeios culturais da AdUFRJ levou os professores a conhecer espaços importantes na história da formação do Rio de Janeiro e do Brasil.
O roteiro por importantes museus da cidade fez sucesso entre os docentes. Elaborado pelo guia Douglas Libório, os passeios passaram pelo Museu Histórico da Cidade, localizado dentro do Parque da Cidade, na Gávea, pelo Museu da República e as ruas do bairro Catete, pelos palácios do poder — Pedro Ernesto e Tiradentes —, e pelo Museu Histórico Nacional, estes no Centro do Rio.
Outra atividade que engajou e comoveu muitos professores foi a visita ao Museu Memorial dos Pretos Novos, na Gamboa. Guiados por Gabriel Siqueira, os docentes caminharam do Cais do Valongo até o museu, localizado sobre o maior cemitério de pessoas escravizadas das Américas.
RECEPÇÃO AOS NOVATOS
A AdUFRJ marcou presença nas boas-vindas aos novos professores da UFRJ. Jovens docentes de variadas áreas do saber reforçaram os quadros da universidade com energia para encarar os desafios.
Durante as atividades de integração, a presidenta Mayra Goulart falou com os novos colegas sobre a importância da organização sindical.
“Temos um sindicato forte e preocupado em conciliar a luta com o acolhimento. Os novos professores estão no centro da preocupação da nossa diretoria. Entendemos que eles ingressam com salários mais baixos e têm menos acesso ao financiamento de pesquisas”, afirmou Mayra.
Os novos docentes ganharam um kit especial de boas-vindas e puderam fazer a filiação aproveitando a isenção da contribuição sindical nos primeiros dois anos para professores em início de carreira (veja mais sobre a campanha de filiações na página 7).
FESTAS para a integração
Sindicato de luta e de festa. A AdUFRJ entende que o acolhimento e a congregação entre os professores também é uma forma importante de organização. Dessa forma, promoveu encontros festivos para que docentes de toda a UFRJ pudessem confraternizar e conhecer colegas de outros centros.
A festa de final de ano em 2023 reuniu jovens e experientes docentes em clima de comunhão. O dia do professor de 2024 foi celebrado no ritmo do grupo Alma de Sambista, no Fórum de Ciência e Cultura.
EXPOSIÇÃO fotográfica
A exposição “Servidores da Sociedade” passou pelo Palácio Universitário, CCS, Nupem, CCMN e Casa da Ciência. Sob a curadoria da professora Nedir do Espirito Santo, vice-presidente da AdUFRJ, a mostra de fotos exaltou o trabalho de professores e técnicos na construção dos saberes e na defesa de uma universidade pública, gratuita e de qualidade.
COMUNICAÇÃO E JORNALISMO
Durante a gestão 2023/2025, o Jornal da AdUFRJ foi muito além de uma cobertura sindical tradicional. Mais que um boletim de informações sindicais, o jornal e as redes sociais da AdUFRJ promoveram uma cobertura robusta do cotidiano da universidade, dos professores, pesquisadores e estudantes. Publicado semanalmente e distribuído por todos os campi da UFRJ, o periódico é parte do cenário da universidade.
Com a divulgação científica como missão — sem hierarquizar conhecimentos ou estabelecer gradação entre as ciências —, os jornalistas percorreram laboratórios, palestras e museus para divulgar as pesquisas produzidas na maior universidade federal do Brasil. Sempre em busca de temas de notória relevância científica e social para a comunidade.
O Jornal da AdUFRJ prestou homenagens aos renomados cientistas que partiram deixando o nome marcado na história da nossa universidade pela profundidade e riqueza do trabalho acadêmico e legado científico, como nas edições especiais de Maria da Conceição Tavares e Maria Lucia Werneck.
Em outubro de 2024, o Jornal contou a cativante história da Família Minerva — pai, mãe e duas filhas moradores da Maré que trilharam o caminho acadêmico na UFRJ.
Tudo isso sem esquecer dos temas relativos à carreira docente, como a extensa cobertura sobre o reajuste salarial em 2024 e as progressões múltiplas. O jornal também abordou as complexas relações da AdUFRJ com o Andes-SN (leia mais sobre esse tema nas páginas 2 e 3). Várias edições também denunciaram a precariedade das condições de trabalho nos diferentes campi e unidades da UFRJ, com destaque para a edição que traçou uma radiografia do IFCS e as capas sobre as situações da Escola de Educação Física e Desportos, da Escola de Belas Artes e do Colégio de Aplicação.
SOLIDARIEDADE
A solidariedade é uma causa importante da atuação sindical da AdUFRJ. Nesta gestão, o sindicato doou R$ 124,6 mil para apoiar campanhas e outros movimentos. A maior doação foi de R$ 10 mil, no envio de água mineral para as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul, em maio de 2024. Entre outras doações de destaque, houve a de R$ 4,5 mil para a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (RENAFRO), R$ 3,3 mil para a Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (FAFERJ), e R$ 3 mil para a campanha Natal Sem Fome da UFRJ, que ajudou trabalhadores terceirizados com salários atrasados.
CONVÊNIOS, PLANO DE SAÚDE
E CURSOS DE IDIOMAS
Preocupada com o bem-estar dos professores, a AdUFRJ oferece um vasto cardápio de serviços conveniados que garantem descontos no Rio de Janeiro e em Macaé, no Norte Fluminense. Nesta gestão, o convênio com a rede de laboratórios Richet entrou em operação. O benefício garante ao professor sindicalizado desconto de 25% em mais de 32 vacinas oferecidas pela rede, entre elas a imunização contra Herpes Zoster.
A AdUFRJ também passou a oferecer cursos de línguas gratuitos para os professores. A iniciativa começou em 2023 com aulas de Inglês e foi ampliada em 2025 com a abertura de turmas de Alemão. As aulas são online e há vagas abertas.
Esses benefícios fazem parte de uma lista de 30 empresas e serviços conveniados que oferecem aos docentes descontos em mensalidades de creches e escolas, compras em farmácias, papelarias, petshops, contratação de cuidadores de idosos, e muitos outros serviços.
QUALIDADE DE VIDA
A campanha “Saúde, professor!”, lançada em setembro de 2024, promoveu um chamado à melhoria da qualidade de vida dos docentes da UFRJ, destacando a importância da saúde física e mental. A adesão à plataforma Wellhub permite que todos os professores sindicalizados possam acessar academias, estúdios e aulas ao ar livre vinculados à plataforma. Hoje, já são 330 famílias de docentes da AdUFRJ que aproveitam o convênio com o Wellhub, uma possibilidade de economia em relação a serviços contratados anteriormente e uma alternativa de mudança para hábitos mais saudáveis.
NOVAS FILIAÇÕES A campanha de sindicalização promovida pela diretoria da AdUFRJ aumentou os quadros de professores filiados na universidade nos últimos dois anos. Ao todo, 354 professores se filiaram desde outubro de 2023 e 93 se desfiliaram — um saldo positivo de 261 docentes, alcançando um total de 3.613. Entre esses novos professores que chegaram à seção sindical neste período, 228 aproveitaram a isenção da contribuição sindical nos primeiros dois anos para docentes em fases iniciais da carreira. Outros 85 professores deixaram a faixa de isenção e passaram a contribuir com descontos no terceiro e no quarto ano de filiação.