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137A0281Fotos: Fernando SouzaA Casa da Ciência abriu na última terça, 13 de maio, a temporada da mostra “Sinfonia da Criatividade”. Até o dia 29 de junho, o público poderá saber mais sobre a indústria fonográfica, a evolução dos equipamentos e a integração entre a música e a propriedade intelectual. Discussões sobre a proteção de direitos autorais e de patentes estão presentes na exposição, assim como a história de instrumentos musicais e a criação dos ritmos que compõem o cenário musical brasileiro.

A grande homenageada da mostra é a compositora, pianista e maestrina Chiquinha Gonzaga. A exposição oferece ao visitante uma experiência imersiva. Por meio da inteligência artificial, Chiquinha Gonzaga poderá interagir com o público e responder perguntas dos visitantes sobre direitos autorais, músicas, instrumentos e ritmos.

Tataraneta de Chiquinha Gonzaga, a pianista e engenheira Tiana Santos participou da programação de abertura do evento e contou à AdUFRJ sobre a emoção de celebrar sua memória familiar. “Eu fiquei encantada com esse evento. Estou muito curiosa para ver a exposição. É muito emocionante, porque essa mostra juntou várias partes de mim: minha família, o fato de sempre ter trabalhado com tecnologia, e meu amor à música”, disse.

Tiana não poupou elogios à Chiquinha Gonzaga. “Para mim, realmente é uma honra ser tataraneta dela. Uma mulher lutadora, que desbravou o mundo de sua época”, afirmou. “Foi a pessoa que fundou a primeira entidade de direitos autorais aqui no Brasil. Defendia os escravizados, a abolição da escravatura. Ela comprava alforrias com as músicas dela”, contou. “Ela lutou pelos direitos autorais, lutou pelos direitos das mulheres. É uma mulher que marcou não só culturalmente, mas politicamente o nosso país. Atuou fortemente na proclamação da República. Eu me considero abençoada por ser sua tataraneta. Foi muito emocionante receber o convite para estar aqui hoje”.

137A9914Na mesa de abertura da programação, o pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, professor João Torres, representando o reitor Roberto Medronho, que está em missão fora do país, lembrou que a música é um tema transversal e que está presente em diversas outras áreas do conhecimento, como a física, a matemática. “Como físico, nós sabemos que o universo todo vibra”, observou. “Na verdade, o silêncio é uma ficção. Até o seu corpo produz sons. A música é um tema ligado a questões sociais, a direitos, atravessa todos os campos”, lembrou.

Representando a InovaUFRJ, instituição da universidade que organizou a exposição, a professora Daniela Uziel agradeceu a presença e falou sobre a inspiração para a criação da mostra. “Propriedade intelectual e propriedade industrial são temas muito desconhecidos e a forma que a gente escolheu trabalhar com o grande público foi por meio de uma exposição que será aberta a escolas e terá a música como fio condutor”, explicou.

Superintendente de Difusão Cultural do Fórum de Ciência e Cultura, a professora Patrícia Dorneles destacou a importância social da propriedade intelectual. “Precisamos pensar como a propriedade intelectual pode contribuir para o desenvolvimento do nosso país. É mais que um mecanismo legal para proteger a produção. Ela permite a sustentabilidade das atividades culturais”, afirmou.137A0285

Serviço

A mostra está aberta de 13 de maio a 29 de junho. A Casa da Ciência funciona de terças a sextas, das 9h às 20h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h, na Rua Lauro Müller, 3, Botafogo.

 

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