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A UFRJ republicou no dia 5 o edital de licitação para a concessão do equipamento cultural multiuso no campus Praia Vermelha. A etapa de entrega de propostas, a abertura dos envelopes e a fase de lances estão marcadas para 2 de fevereiro, no Centro de Convenções do Ventura Corporate Towers (Avenida República do Chile, 330, Centro). Não houve interessados na primeira tentativa, em dezembro.
Para atrair potenciais licitantes, o novo edital reduz algumas exigências, como o valor para comprovação do patrimônio líquido e o capital social mínimo da concessionária.
A Comissão Coordenadora da Pesquisa para a reitoria da UFRJ definiu as datas para a inscrição de chapas, campanha, debates e eleição deste ano. O grupo foi constituído pelo Conselho Universitário no final do ano passado. A inscrição de chapas acontece nos dias 14 e 15 de março. Na ocasião, deverão ser formalizados os candidatos à reitoria e vice-reitoria.
A pesquisa junto à comunidade universitária será realizada nos dias 11, 12 e 13 de abril, em primeiro turno, com resultado declarado no dia 14. Se necessário, o segundo turno da consulta está previsto para os dias 24, 25 e 26 de abril, com resultado declarado no dia 27 do mesmo mês.
A comissão também aprovou um calendário com seis debates entre as chapas que concorrerão à reitoria:
- 21 de março, às 12h, no auditório Roxinho do CCMN (Fundão)
- 23 de março, às 17h, no Salão Pedro Calmon do Palácio Universitário (Praia Vermelha)n 28 de março, às 15h, noAuditório Cláudio Ulpiano(Centro Multidisciplinar de Macaé)
- 30 de março, às 10, no Bloco A do campus Duque de Caxias
- 4 de abril, às 16h, no Salão Nobre da Faculdade Nacional de Direito (Centro)
- 6 de abril, às 16h, no Auditório Rodolpho Paulo Rocco (Quinhentão) do CCS (Fundão)
As datas ainda precisam ser aprovadas pelo Consuni, que volta a se reunir em 12 de fevereiro, após o recesso administrativo.
Alexandre Medeiros e Júlia FernandesFoi uma jornada para corações fortes. Sob o impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro, 2022 trouxe um longo percurso de percalços para o Brasil no campo político, acentuando graves problemas econômicos e sociais que foram o pano de fundo da disputa presidencial entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro: alta da inflação e nos preços de combustíveis e alimentos, com 33 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar. A campanha eleitoral foi abordada pelo Jornal da AdUFRJ em seus múltiplos aspectos, desde os ataques do governo Bolsonaro às universidades e à democracia até a formação de uma grande corrente de forças progressistas, da qual a diretoria do sindicato se orgulha de ter feito parte desde os primórdios, que levou à vitória de Lula em 30 de outubro. Chegamos ao fim de um ano marcado por violência política, ameaças de golpe e fake news, mas nada disso foi capaz de conter a alegria que tomou conta das ruas do país após a confirmação pelo TSE da consagração de Lula nas urnas. Que as trevas fiquem para trás.
Após dois anos de pandemia e medidas de isolamento social, o reencontro. Em abril de 2022, a UFRJ retomou as atividades presenciais de forma ampla. Um retorno recheado de abraços, conversas nos corredores e, também, de muitas preocupações.
Professores, técnicos e alunos voltaram a frequentar instalações com problemas antigos de infraestrutura. Ainda em maio, o professor Cláudio Cerqueira Lopes, titular do Instituto de Química, ficou preso no único elevador que funcionava no Bloco A do Centro de Tecnologia por uma hora e vinte minutos.
O triste incidente foi apenas um dos reflexos da asfixia orçamentária a que foi submetida a maior universidade federal do país. As verbas, que já eram insuficientes para um funcionamento adequado da UFRJ, sofreram sucessivos cortes ao longo do ano. Estudantes ficaram sem bolsa, terceirizados e extraquadros ficaram sem salário. A Instituição quase entrou em colapso, nos últimos dias de dezembro.
Quase. Unida, a comunidade acadêmica conseguiu pressionar pelo desbloqueio de parte dos recursos e resistiu até o fim do desgoverno Bolsonaro. Agora, espera por dias melhores.
O ano que não vai deixar saudade também foi intenso no campo sindical. Uma série de lutas foi travada pela AdUFRJ em defesa dos professores. As novidades são duas ações que o sindicato move na justiça. A primeira, de 15 de dezembro, exige o reconhecimento de promoções e progressões de docentes tanto do magistério superior, quanto do EBTT. O sindicato pede que a Justiça anule os efeitos da Resolução 134 do Consuni, de 24 de novembro deste ano, que limitou os direitos dos professores.
Outra ação, protocolada no último dia 19, exige que a UFRJ garanta os adicionais ocupacionais para os professores que trabalham com agentes nocivos. “Desde a gestão passada, a AdUFRJ vem lutando muito em relação à insalubridade. Sobre este tema, não conseguimos avançar muito no campo administrativo, porque esbarramos em uma série de condições que o Ministério do Planejamento exige e que não há suporte na lei”, aponta o professor João Torres, presidente do sindicato. O docente, no entanto, está otimista em relação às progressões. “Estamos em negociações e tenho impressão de que nós vamos conseguir reverter as perdas em breve”, acredita.
A atuação da AdUFRJ, no entanto, não se limitou a ações na Justiça. O sindicato esteve presente na acolhida das demandas dos professores. Houve ampliação da carteira de convênios e dos planos de saúde.
Relembre conosco os assuntos que mais marcaram nossa trajetória no campo sindical ao longo de 2022.