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WhatsApp Image 2021 05 07 at 19.56.392“Comecei a entrar no movimento politico em 1966/67 fazendo cineclubismo”, contou o cineasta Silvio Tendler (foto), durante a última sessão do CineAdUFRJ, em 29 de abril. “Me lembro da gente no enterro do estudante Edson Luís e na Marcha dos 100 mil (em junho de 1968) com um cartaz escrito: cineclubes contra a ditadura!”, lembrou.
O evento discutiu como o golpe de 1964 foi representado no cinema brasileiro em dois momentos bem distintos: um, durante a fase final do regime militar; e outro, após 30 anos, já na democracia. “É possível pensar cinema como fonte histórica. Mais do que tudo, é uma fonte do momento em que foi produzido”, explicou a professora Maria Paula Araújo, do Instituto de História. Para o cineasta Luiz Arnaldo Campos, o cineclube era, na ditadura, a iniciação para todos que estavam insatisfeitos com o regime. “Era um daqueles pontos onde os divergentes podiam se encontrar. Quantos grupos de estudo não saíram dos cineclubes? Quantos não viraram militantes depois de assistir a uma cópia contrabandeada?”, disse.

treinamento sigaa ft cleiton2Professor Ricardo Berbara, reitor eleito da Rural - foto: Cleiton Bezerra / PROGRADMais de cinquenta entidades sindicais e estudantis, entre elas a AdUFRJ, participaram do ato político-cultural #ReitorEleitoÉReitorEmpossado em defesa da democracia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). A “live” ocorreu na quinta-feira, 15. A Rural foi a 22ª instituição de ensino a sofrer intervenção do governo federal no processo eleitoral para reitor. O encontro virtual reuniu ainda dirigentes eleitos, mas não nomeados de outras universidades.
“Como atingir uma universidade? Dominando o processo de escolha de seus dirigentes”, avaliou Ricardo Berbara, primeiro colocado, mas não empossado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). “As universidades, a ciência e os movimentos sociais – principalmente os ligados aos setores públicos como o sindical e estudantil – se tornaram obstáculos a serem abatidos para que um conjunto de políticas pudesse ser implantado”,
Os “preteridos” por Bolsonaro analisaram as intervenções nas universidades como um esforço para calar críticas. “Na UFPEL, nós sofremos uma clara retaliação, o Pedro [Hallal, reitor anterior] foi chave no embate com o governo federal pelo enfrentamento da pandemia, lideramos várias frentes de pesquisas”, avaliou o professor Paulo Ferreira Jr.,  escolhido pela comunidade e pelo Conselho Universitário da Universidade Federal de Pelotas (UFPel)  para o mandato de 2021 a 2024.
A nomeação de Isabela Andrade,  uma das colegas de chapa de Ferreira Jr, como reitora, foi interpretada pelo docente como uma investida para desestabilizar as universidades, minando sua capacidade de gestão. “Que sentido faz escolher uma pró-reitora para ocupar o lugar do reitor?”, questionou o reitor eleitor, hoje pró-reitor de Planejamento em Pelotas (RS).
Na Rural, o projeto eleito pela comunidade se mantém graças à posse, na terça-feira (13), de  Roberto Rodrigues,  um dos integrantes da chapa vitoriosa.  Presente ao ato #ReitorEleitoÉReitorEmpossado, Rodrigues considerou que o estrangulamento financeiro é hoje a outra vertente do silenciamento das universidades. “Estamos em 15 de abril e ainda não temos uma lei orçamentária sancionada. Isso está afetando todas as autarquias e a Rural não é diferente”, sublinhou.
Para a presidente da AdUFRJ, Eleonora Ziller, as duas linhas de ataque à autonomia – por meio de cortes e de intervenções – expressam a visão de futuro do governo Bolsonaro para a educação superior. “O seu projeto é de destruição. Não é um projeto tecnocrático autoritário como do regime militar, não é um projeto elitista de excelência do Fernando Henrique, é um projeto de destruição da universidade”, resumiu. “A adesão à pauta da autonomia
reflete um amadurecimento da
unidade contra os ataques à Educação”

WhatsApp Image 2021 04 22 at 22.52.371Depois de 15 anos sem definir um Plano de Desenvolvimento Institucional, a UFRJ aprovou por unanimidade o PDI para os próximos quatro anos. A votação ocorreu na terça-feira (20), em sessão do Conselho Universitário.
O PDI define metas acadêmicas e de gestão até 2024, e sua construção foi coletiva. Durante 40 dias, uma consulta pública recebeu sugestões da comunidade interna e externa. Mais de 500 sugestões foram recebidas.  
“Esse novo PDI é o produto de uma construção coletiva, reflete a UFRJ da atualidade e como a instituição pretende avançar. Parabéns à toda a comunidade acadêmica e aos colegiados superiores”, resumiu a reitora, professora Denise Pires de Carvalho.

Vivian Rumjanek, professora emérita

Por unanimidade e aclamação, o Conselho Universitário decidiu na terça-feira (20) pela concessão do título de emérita à professora titular aposentada Vivian Mary Barral Dodd Rumjanek, do Instituto de Bioquímica Médica. Vivian ingressou na UFRJ em 1992, por concurso público, e lecionou na graduação e na pós-graduação. Carioca, Vivian passou boa parte da sua formação na Inglaterra, onde fez mestrado e doutorado na Universidade de Londres.
Membro titular da Academia Brasileira de Ciências, da Sociedade Brasileira de Imunologia e da British Society for Immunology, com atuação nas áreas de Imunologia Celular e Imunologia Tumoral, ela teve papel fundamental no desenvolvimento da pesquisa clínica no Instituto Nacional de Câncer (Inca). Criou, em 2000, o Programa de Oncobiologia da UFRJ, reunindo mais de 300 pesquisadores de várias instituições de ensino e pesquisa do país.  
Relatora do processo de concessão do título, a professora Cláudia Martins destacou outro aspecto fundamental do trabalho de Vivian Rumjanek: ela foi a idealizadora do primeiro curso de extensão de Biociências para surdos da UFRJ, em 2009, uma parceria entre o Instituto de Bioquímica Médica da universidade com o Instituto Nacional de Educação de Surdos.

WhatsApp Image 2021 04 22 at 22.52.381O Observatório do Conhecimento completa dois anos. O cenário de cortes no orçamento, as perseguições no ambiente acadêmico, a retórica de ataque às universidade e à ciência se intensificaram nesse período.
O Observatório é uma rede nacional que reúne associações e aindicatos de professores de universidades públicas de todo o país. Ele nasceu sob forte influência da AdUFRJ e  surgiu a partir da preocupação com o aumento dos ataques à Ciência e o crescimento dos cortes orçamentários.
Duas das mais importantes frentes de ação da rede são denunciar perseguições à liberdade acadêmica e acompanhar de perto os temas relacionadas às universidades, em especial no Congresso Nacional.
#ConhecimentoObs
#2AnosAindaMaisUrgente

WhatsApp Image 2020 10 16 at 14.36.59No programa AdUFRJ no Rádio desta sexta-feira (às 10h, com reprise às 15h), os professores Eleonora Ziller e Felipe Rosa, diretores do sindicato, comentam a polêmica indicação de Cláudia Toledo para a presidência da Capes, o início da vacinação dos profissionais da Educação da UFRJ e a revogação do título de doutor honoris causa ao ex-ministro Jarbas Passarinho, entre outros temas. No quadro Café com Ciência e Arte, Felipe Rosa conversa com sua colega do Instituto de Física, a professora Erica Polycarpo.

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