Fotos: Fernando Souza (de Tatiana) e Fernando Frazão/Agência Brasil (de Davidovich)A Semana de Integração Acadêmica transformou a UFRJ numa espécie de primavera da ciência. Desde segunda-feira, salas e corredores estão lotados de estudantes apresentando projetos e pesquisas. É a maior SIAC dos últimos anos, com 6.615 trabalhos das mais variadas áreas do conhecimento. Participam 3.374 professores e 10.616 alunos.
Na cerimônia de abertura, a plateia se espremeu, sentou no chão e enfrentou o calor para assistir à conferência da professora Tatiana Sampaio sobre regeneração medular. Docente do Instituto de Ciências Biomédicas, Tatiana ocupou a mídia nas últimas semanas com a excelente notícia de que, após 25 anos de dedicação, seu estudo está ajudando pacientes paraplégicos a voltar a caminhar.
Também encheu de orgulho e esperança a boa nova de que o professor Luiz Davidovich, emérito do Instituto de Física, ganhou o prêmio TWAS, um dos mais importantes do mundo. “A pesquisa é para iluminar, para entrar em novos territórios. Nunca transforme a pesquisa em algo burocrático”, aconselhou o professor em entrevista ao Jornal da AdUFRJ. “Não pense no que vai lhe dar mais dinheiro. Seja inovador. Trilhe caminhos que não foram percorridos por você e muitas vezes por ninguém. A emoção de descobrir coisas que ninguém mais sabe, de formar pesquisadores, de lidar com as dúvidas dos estudantes é indescritível. Dedique-se. A ciência exige esforço”.