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Herdeiras de Marie Curie - Foto: Divulgação“Você não tem a cara da Física”, “caloura bonitinha”, “você não vai passar do Cálculo 2”. Expressões ofensivas como estas ouvidas no cotidiano do Instituto de Física inspiraram as pós-graduandas Carolina Gigliotti e Larissa Inácio a criar o coletivo feminista Elisa Frota-Pessôa (Comef), no início deste ano.
O nome é uma homenagem à primeira física formada pela Universidade do Brasil. Elisa escreveu o primeiro artigo científico do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) – que ajudou a fundar –, em conjunto com Neusa Amato, em 1950.
O “estalo” para a criação do coletivo, que conta com o apoio das professoras da unidade, veio durante a II Semana da Física na UFRJ, em 2016, com a mesa-redonda das “Mulheres na Ciência”, quando todas pararam para refletir sobre a reduzida participação feminina no curso. “Quando acabou o evento, foi muito emocionante. Era uma coisa que precisava acontecer”, contou Carolina. Reuniões começaram a ser feitas no horário do almoço, congregando alunas da graduação e da pós-graduação. Mas, sem planejamento, a iniciativa não foi adiante.
Foi a sensação de solidão que impulsionou Larissa a não desistir do coletivo de lá para cá. A aluna não conseguia puxar matérias dentro do curso de Física, por conta dos horários de trabalho e de assuntos pessoais, e sempre se sentiu muito sozinha em outras matérias da área de exatas. “Esse sentimento é completamente desnecessário”, afirmou.
Já com Carolina, a situação foi um pouco diferente e mais conturbada. “Sofri com o machismo estrutural e com o assédio velado”, contou, após ingressar no instituto. Quando conseguiu entrar para a monitoria de uma das matérias, descobriu que faziam piadinhas sobre ela nos corredores. “Diziam que eu dava mole para o professor”. Foi quando entendeu que situações semelhantes não aconteciam apenas com ela.
No começo de 2019, as duas alunas voltaram a se reunir e criaram uma identidade visual para o núcleo, que foi formalizado. Um dos projetos que o coletivo pretende desenvolver em 2020 é a instalação de painéis em todos os corredores do Instituto para as alunas da Física registrarem denúncias dos preconceitos sofridos, de forma anônima. O entendimento é que muitos relatos não são compartilhados para evitar a retaliação de professores e colegas. A ação poderá ser estendida para outros cursos.
Outra ação do grupo é conversar bastante com as colegas sobre a evasão. “Se você quer desistir da Física por não se identificar com o curso, tudo bem. Mas não saia por não se achar capaz”, argumentou Carolina.
ATIVIDADE NO SÁBADO
No sábado (7), o Comef realizará uma atividade em parceria com os participantes do projeto de extensão “Tem Menina no Circuito”. Durante o evento, o coletivo irá projetar imagens de professoras e alunas da Física, informando a área em que trabalham, se têm filhos e o que gostam de fazer no tempo livre, motivando as crianças a fazerem o curso. “Nosso objetivo é mostrar que ela é uma mulher e o que gosta de fazer para além da universidade. Ela não é restrita à Física”, disse Carolina.
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Anúncio do programa em coletiva de imprensa - Foto: Luis Fortes/MECMuito barulho em troca de muito pouco. Na sexta-feira (29), o MEC chamou a imprensa para anunciar um pomposo projeto de “valorização da eficiência e da qualidade nas universidades”. O objetivo é liberar R$ 125 milhões, ainda em 2019, para obras em andamento e em energia limpa nos campi. Um número baixo, considerando todas as universidades federais. Maior do país, a UFRJ vai receber apenas R$ 1,572 milhão.
A iniciativa do governo também restringe os gastos com obras a 35%. No caso da UFRJ, o percentual representa R$ 550 mil e a instituição ainda estuda onde aplicar o dinheiro. “Estamos fazendo o levantamento. Para obras, é muito pouco. Tenho várias em andamento, mas preciso de muito mais que isso”, afirmou o pró-reitor de Planejamento e Finanças, professor Eduardo Raupp. O restante, quase R$ 1 milhão, deve ser gasto em placas fotovoltaicas, o que também está em análise.
Raupp chama atenção para o risco à autonomia embutido no projeto, que não foi discutido com as universidades: “O problemático é que se inaugura outro modelo de distribuição. O MEC centralizou um recurso e decidiu como as universidades vão gastar”, disse. “E bem em cima da hora”, acrescentou, em relação às dificuldades para fazer as indicações de despesa em um fim de ano.
Para transferir o orçamento às instituições, o principal critério utilizado pelo MEC foi o menor custo por aluno. O indicador é questionado pelo pró-reitor. “Neste cálculo, as universidades que têm pesquisa e hospital despencam. Se você olhar a distribuição, em geral, as grandes universidades estão fora das melhores classificações; as que estão bem classificadas são as menores e mais novas.
A Universidade Federal do ABC, criada em 2005 e que possui aproximadamente 15 mil alunos (sem hospital), está em primeiro lugar na classificação do programa e deve receber R$ 3,023 milhões – quase o dobro da UFRJ.
O valor atribuído pelo ministério à maior federal do país no custo por aluno, quase R$ 40 mil, também é criticado pelo pró-reitor. “Dá um valor mais alto que o do Tribunal de Contas da União, que diz que nosso custo fica na casa dos 30 mil”, afirma Raupp.
ANDIFES AVALIA NO DIA 5
Secretário executivo da associação nacional dos reitores (Andifes), Gustavo Balduíno confirma que a entidade não foi consultada pelo MEC para elaborar o programa. A iniciativa será avaliada em reunião do Conselho Pleno da Andifes, no dia 5.
Professora Mônica Moreira - Foto: Fernando SouzaEm entrevista ao Jornal da Adufrj, a professora Mônica Moreira fez uma avaliação do processo de distribuição das vagas docentes até o momento. Para ela, a novidade de solicitar às unidades quantos professores seriam necessários para uma expansão elevou bastante a demanda. Mônica cobra pressa da universidade para a realização dos próximos concursos, diante da atual conjuntura política.
Jornal da Adufrj - Qual é o balanço da Cotav 2019?
Mônica Moreira - A Cotav foi feita de emergência. A reitora enviou os questionários para as unidades, recolheu em um tempo bem rápido e instalou a Comissão. Ela tinha receio de que as vagas fossem recolhidas (pelo governo). O que ficou acordado no CEG e no CEPG foi usar os mesmos critérios da Cotav de 2017 para acelerar o processo. Mas cobrimos boa parte da demanda.
Por que tanta discrepância entre os pedidos e vagas oferecidas?
Essa foi a primeira Cotav em que pedimos às unidades para onde querem expandir seu campo de conhecimento tanto em termos de graduação, quanto pós e extensão. Isso elevou um pouco o número. Também tem aquela coisa de pedir 20 vagas para receber dez. E o número fica superestimado. Há também o problema do déficit histórico por vagas. Ele é sempre muito difícil de recuperar, porque a cada Cotav é como se morressem todas as vagas anteriores. E começa do zero. As unidades têm muito bem registrado se perdeu ou ganhou professor na Cotav, ainda mais nessa que foi realizada muito em cima da anterior, em 2017.
Por que Coppe e Medicina receberam tão menos vagas?
Algumas unidades, apesar de trabalharem muito, acabaram prejudicadas pela fórmula. A fórmula prevê um número de turma ideal, com 28 alunos. E o que acontece é que unidades como a Medicina ou o Instituto de Química tem uma realidade de relação muito menor, com 6 ou 12 estudantes. Então, quando faz a divisão por esse padrão, a equação fica um pouco desequilibrada.
Por que a distribuição ficou dividida em duas etapas?
Inicialmente, a reitora só disponibilizou 100 vagas. Mas quando verificamos a situação das aposentadorias na UFRJ – 337 vacâncias – passamos de 100 vagas para 120. A universidade registrou mais ou menos 12 aposentadorias, por mês, nos últimos dois anos. Então essas 106 vagas virão de novas aposentadorias. As 120 vagas estão garantidas e as outras 106 virão a partir de novas aposentadorias.
Qual a expectativa de calendário?
A ideia é publicar esse edital em março. E disparar os concursos em seguida. A minha avaliação é que a universidade deveria correr e se empenhar muito para fazer bem e rápido esses concursos para suprir o quadro antes que mais alguma coisa aconteça nesse país.
Presidente da Capes, Anderson Correia - Foto: Gabriel Jabur/MECNesta semana, a CAPES anuncia um golpe duríssimo no seu principal braço de apoio à formação continuada de professores da rede básica de ensino (pré-escolar, fundamental e médio). Proibiu os programas de pós-graduação profissional de realizarem processo seletivo para o ingresso de novos alunos no semestre de 2020/1. Para todos os mestrados profissionais? Não. Somente aqueles cujo público-alvo são os professores da rede básica de ensino público tais como o PROFHISTÓRIA, PROFBIO, PROFARTES, PROFEDFÍSICA, PROFQUÍMICA, PROFÍSICA, PROFMAT, PROFLETRAS, PROFILO, PROFSÓCIO, PROFEI. Estes são os principais Programas de Mestrados Profissionais para Qualificação de Professores da Rede Pública de Educação Básica (PROEBs).
Os PROEBs formam em seu conjunto uma importantíssima experiência de articulação entre a pesquisa de excelência que se produz nas universidades públicas e a rede pública da Educação Básica no país. Esses programas possuem ampla aceitação em todo o país, atraem milhares de professores da rede básica para suas seleções, que são realizadas em âmbito nacional, acolhem experiências inovadoras, renovam a capacidade de atuação desses profissionais e ainda incorporam no sistema de pós-graduação uma quantidade significativa de docentes das universidades envolvidos diretamente com o ensino fundamental e médio do país.
Ao mesmo tempo, o senhor Presidente da CAPES, Anderson Correia, comemorou que os recursos da CAPES destinados em 2019 a programas de formação de professores da educação básica aumentaram 45,5% em relação a 2018, saltando de R$ 534 milhões para R$ 776 milhões em audiência interativa da Comissão de Educação do Senado. Ainda ressaltou: “Essa expansão de investimento é resultado da prioridade que o governo dá à formação dos docentes”. Ainda na matéria, há informação de que, atualmente, a CAPES oferece 100 mil bolsas para a formação de professores da educação básica e que, em breve, 80 mil novas bolsas serão abertas. Por que proibir a seleção de novos mestrandos se o sistema de bolsas está expandindo?
As últimas declarações do senhor que ocupa a pasta do Ministério da Educação não nos deixam dúvidas de que a universidade pública e o seu sistema de pós-graduação são o alvo preferencial de suas mentiras e de ataques desproporcionais e inconsistentes. Mais grave do que sua incontrolável verborragia, entretanto, são as ações do governo e a política que vem sendo implementada pela CAPES. São elas que explicitam de fato aquilo que se pretende no país. Sob a cortina de fumaça que visa alimentar uma parte da população assustada com a “devassidão” da vida universitária, os atuais donos do poder executam uma política impiedosa de destruição da educação pública no país. Não há outra forma de definir o que está sendo feito. Suspender a seleção para os mestrados profissionais não tem outra explicação. A falsa dicotomia entre investimento nas universidades e investimento na educação básica encontra aqui a sua perfeita tradução: ela nada mais é que uma desculpa, e esfarrapada, para consolidar o que todas as últimas reformas propostas por esse governo significam. Estamos diante de um crescente e violento desmantelamento de todo o aparato estatal de proteção ao cidadão.
Diretoria da Adufrj
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Prédio do Largo de São Francisco é sede das Ciências Sociais desde 1969O curso de Ciências Sociais da UFRJ esta em festa. A licenciatura comemorou 10 anos e o bacharelado, 80 anos. No país, o bacharelado em Ciências Sociais é o segundo mais antigo do país. Criado em 1939, o curso reuniu importantes nomes do pensamento brasileiro como Darcy Ribeiro, Vitor Nunes Leal, José Américo Peçanha, Wanderley Guilherme dos Santos. “Muitas gerações diferentes passaram pelas Ciências Sociais e ocuparam locais de destaque. É difícil até de mensurar o tamanho da importância do curso na nossa sociedade”, defende a professora Glaucia Villas Bôas, do Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia.
O curso nasceu no contexto do Estado Novo e desde então voltou seu olhar a pensar e entender as estuturas de poder, as instituições brasileiras e se colocar ao lado do fortalecimento da democracia no país.
Sua primeira sede foi o centenário Colégio Amaro Cavalcanti, no Largo do Machado. Logo depois, foi transferido para a Avenida Antônio Carlos, no Centro, na quadra onde funcionam os consulados francês, alemão e italiano. A força da então Faculdade Nacional de Filosofia não passou despercebida pelos militares. Com o acirramento da repressão do regime militar, no fim dos anos 60, a faculdade foi desmembrada em diferentes unidades, que ficaram isoladas. “Física, Química e Letras foram para o Fundão. Ciência Política, Antropologia e Sociologia foram para Botafogo”, relembra a professora Glaucia.
Aluna da turma de 1966, ela participou desta mudança de local. “Ficávamos absolutamente isolados em galpões recém-construídos na rua Marquês de Olinda”, em Botafogo.
A partir de 1969, após o AI-5, o curso passa a ocupar o prédio histórico do Largo do São Francisco de Paula, no Centro. “Totalmente desmantelado, com a biblioteca destruída”, relata a docente. O novo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais se tornou um símbolo de resistência ao regime militar e, por isto mesmo, foi uma das instituições mais reprimidas da universidade. A presença de policiais era constante nos corredores e salas de aula. “Foi um período que marcou muito, com professores cassados, estudantes perseguidos, presos, mortos”, relembra a docente.
Com as lutas pela redemocratização, novos ventos passaram a soprar no instituto: bibliotecas foram reabertas, cursos foram reestruturados. O corpo docente passou a pensar sobre o currículo. “Houve um foco de reeguer a graduação. E criamos, em seguida, uma pós-graduação totalmente em sintonia com o bacharelado. Algo muito raro para a época”, afirma.
Para o vice-diretor do IFCS, professor Ivo Coser, as últimas duas décadas foram marcadas por forte expansão das Ciências Sociais. Ele destaca três fatores: “A entrada da Sociologia no Ensino Médio, a expansão dos cursos de pós-graduação e a institucionalização da democracia, que abriu um campo específico para as áreas mais ligadas à política institucional”, avalia.
Ao mesmo tempo, segundo Coser, também aconteceu a estabilização das Ciências Sociais como campo acadêmico, com fortalecimento da atuação de associações e entidades da área. “São todas entidades que fortalecem não só os cursos, mas também o debate acadêmico das Ciências Sociais”.
Com a solidez da área, novos desafios se apresentam. O atual governo corta recursos da educação e da ciência e despreza as humanidades. “Há a leitura de que as Ciências Sociais são focos de ideologias que devem ser combatidas com outra ideologia. Aí começa um desafio que precisa ser enfrentado, mostrando nossa densidade acadêmica”.
O crescimento das Ciências Sociais, coincidente com a redemocratização e fortalecimento das instituições democráticas no país, aponta Ivo Coser, gerou uma natural vinculação entre a área e a própria democracia. “Quando se ataca as Ciências Sociais, também se ataca a democracia”, resume. “E aí ouvimos ‘universidade é balbúrdia’, ‘democracia é balbúrdia’, ‘saudades da ditadura’”.
Dez anos da licenciatura
2019 também marca os dez anos do curso noturno de licenciatura em Ciências Sociais. O curso foi implantado pela professora Glaucia em parceria com o professor André Botelho, também do Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia, em 2009. “É um dos frutos do Reuni e nos abriu muitas possibilidades de estudo, pesquisa e de área profissional para nossos estudantes”, afirma a professora Glaucia que assina, junto com Botelho, o artigo a seguir.
Glaucia Villas Bôas e André Botelho
Professores do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ
O curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro acaba de completar 80 anos. É uma trajetória longa, tanto do ponto de vista da história da universidade quanto das ciências sociais no Brasil. Ela dá continuidade a uma importante tradição de ensino de qualidade, pesquisa de ponta e extensão inovadora que se iniciou na antiga Faculdade Nacional de Filosofia (FNFI) da então Universidade do Brasil. Quando a FNFI desmembrou-se em institutos e faculdades, as Ciências Sociais passaram a fazer parte do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, criado em 1967. Nos anos 70, o prédio histórico do Largo de São Francisco de Paula, no Centro da cidade, passou a sediar o curso juntamente com os de História e Filosofia. Atualmente, os departamentos de Sociologia, Antropologia Cultural e Ciência Política são os responsáveis pelo curso.
Desde a sua criação, o curso de Ciências Sociais registra importantes conquistas intelectuais, institucionais e sociais. Diferentes gerações integraram seus quadros docentes e muitos de seus ex-alunos se destacaram em suas áreas profissionais e atuaram na esfera pública. Alberto Guerreiro Ramos, Darcy Ribeiro, Josué de Castro, Evaristo de Moraes Filho, Luiz de Aguiar Costa Pinto e Victor Nunes Leal estão entre os nossos pioneiros.
A identidade disciplinar das Ciências Sociais, marcada pelo interesse na construção da ordem social, nas mudanças e nas ações sociais concorre para que o curso da UFRJ tenha tomado para si a tarefa de examinar questões relevantes como cultura e produções intelectuais e artísticas; desigualdades sociais e políticas públicas; transformações da esfera do trabalho e das organizações econômicas e empresariais; violência e vida urbana; direitos humanos e cidadania; relações entre o estado e a sociedade civil; partidos, instituições e cultura política; democracia e participação entre outros.
A produção acadêmica dos seus docentes e discentes tem recebido destaque no contexto das Ciências Sociais brasileiras e internacionalmente. O curso conta com um corpo docente altamente qualificado, parte significativa dele reconhecida como líder intelectual da sua respectiva área de pesquisa. Dois dos seus departamentos são responsáveis pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA), programa de excelência avaliado com a nota máxima (7) da Capes – atualmente o único da área em toda a Região Sudeste nessa posição.
Uma das iniciativas relevantes de professores do curso foi integrar efetivamente a graduação à pós-graduação, o que tem garantido a formação de excelência oferecida. É igualmente significativa a presença do curso de Ciências Sociais no contexto mais amplo da UFRJ, ministrando disciplinas em várias graduações, como Administração, Economia, Ciências Contábeis, Enfermagem, Odontologia e outros.
Entretanto, uma das maiores conquistas recentes foi a criação, há dez anos, de um novo curso de Licenciatura em Ciências Sociais. Oferecido no horário noturno, o curso tem ampliado ainda mais as oportunidades de acesso à universidade pública e de formação profissional de qualidade a parcelas significativas da juventude da região metropolitana do Rio de Janeiro e, por meio do Sistema de Seleção Unificada/Sisu, de todo o Brasil.
As Ciências Sociais da UFRJ vêm contribuindo para o desenvolvimento e a compreensão científica da sociedade, da cultura e do Estado de perspectiva local, nacional e mesmo global e, assim, consolidando sua presença e marca na história da disciplina. É essa trajetória acadêmica exitosa das Ciências Sociais feita por docentes, técnico-administrativos, estudantes e egressos da UFRJ que estamos comemorando. Que venham os próximos 80 anos de Ciências Sociais na UFRJ!
Artigo publicado em O Globo,
na edição de 4/09/2019
Confira entrevistas concedidas pelos chefes dos departamentos das Ciências Sociais. Eles falam sobre desafios, perspectivas e importância da área.
THAÍS AGUIAR - CHEFE DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA
ANTONIO BRASIL JR. - CHEFE DO DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA
TATIANA BACAL - CHEFE SUBSTITUTA DA ANTROPOLOGIA CULTURAL