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Além de aprovar a continuidade da greve (confira matéria no site e no perfil da Adufrj-SSind nas redes sociais), a assembleia geral desta quarta-feira, 12 de agosto, aprovou a contraproposta elaborada pelo Comando Nacional de Greve do Andes-SN.
Essa contraproposta contém elementos para definição de estratégias de negociação da pauta da greve e devem ser apresentados ao Ministério da Educação, assim que o ministro Renato Janine Ribeiro receber os professores federais em greve.
Dentre os princípios, estão a defesa do caráter público da universidade, com exigência de que o ministro da Educação assine compromisso de não adoção de gerenciamento mercantil de contratação nas IFE, reversão dos cortes no orçamento, garantia de gratuidade em todos os níveis e compromisso de retomada de concursos para cargos hoje extintos.
Outros pontos dizem respeito a condições de trabalho, garantia de autonomia, reestruturação da carreira e valorização salarial de ativos e aposentados.
A contraproposta formalizada pelo CNG, na avaliação do Comando Local de Greve dos docentes da UFRJ, contém princípios discutidos e propostas aprovadas pela Assembleia Geral da Adufrj-SSind realizada no Ipub dia 31 de julho.
Na ocasião, os docentes avaliaram que era necessário indicar ao CNG pontos que deveriam ser apresentados para discussão com o Ministério da Educação.
Os professores da UFRJ, reunidos em Assembleia Geral convocada pela Adufrj-SSind, no dia 12, aprovaram a continuidade da greve. Um longo debate sobre a atual conjuntura, os cortes do orçamento e o momento da greve antecedeu a votação.
No momento da votação foram favoráveis 267 professores e, contrários, 257. Houve também quatro abstenções. Participaram da assembleia um total de 573 docentes, entre sindicalizados e não sindicalizados.
A AG aprovou, ainda, a contraproposta elaborada pelo Comando Nacional de Greve do Andes-SN. O documento contém elementos para definição de estratégias de negociação da pauta da greve e devem ser apresentados ao ministério da Educação, assim que o ministro Renato Janine Ribeiro receber os professores federais em greve.
Dentre os princípios, estão a defesa do caráter público da universidade, com exigência de que o ministro da Educação assine compromisso de não adoção de gerenciamento mercantil de contratação nas IFE, reversão dos cortes no orçamento, garantia de gratuidade em todos os níveis e compromisso de retomada de concursos para cargos hoje extintos.
Outros pontos dizem respeito a condições de trabalho, garantia de autonomia, reestruturação da carreira e valorização salarial de ativos e aposentados.
A contraproposta formalizada pelo CNG, na avaliação do Comando Local de Greve dos docentes da UFRJ, contém princípios discutidos e propostas aprovadas pela Assembleia Geral da Adufrj-SSind realizada no Ipub dia 31 de julho. Na ocasião, os docentes avaliaram que era necessário indicar ao CNG pontos que deveriam ser apresentados para discussão com o Ministério da Educação.
A matéria completa você encontra na próxima edição do Jornal da Adufrj.
Foto: Samuel Tosta
Docentes do CFCH, CCJE e CT se reúnem para debater as demandas da Educação
Na Praia Vermelha, professores do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) se reuniram, na tarde do dia 10, com o Comando Local de Greve da UFRJ para debater a greve e a contraproposta formulada pelo Comando Nacional de Greve do Andes-SN. As seções sindicais avaliarão o teor do documento na rodada de assembleias proposta pelo Sindicato Nacional. No caso da Adufrj-SSind, a AG será realizada nesta quarta, dia 12, no hall do prédio da reitoria, às 14h.
Os professores demonstraram preocupação com a ofensiva do governo, destacando especialmente o impacto dos cortes para a manutenção da universidade pública. A análise geral foi de que a greve precisa ser fortalecida para manter a pressão por negociações efetivas.
Quanto ao MEC, os docentes concordaram em aprofundar a exposição do ministro Renato Janine Ribeiro, que se recusa a receber o Comando Nacional de Greve do Andes-SN.
PEC da mercantilização
Outro ponto que demandou atenção especial na reunião dos professores foi a PEC 395/2014, que permite a cobrança de cursos de especialização nas universidades públicas. O texto especifica que o ensino superior público só será gratuito nos “cursos regulares de graduação, mestrado e doutorado”. A Proposta de Emenda à Constituição tramita em Regime Especial na Câmara dos Deputados e já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da casa.
Transferência de recursos
No Centro de Tecnologia, no mesmo dia, o CLG conversou com professores do CT que demonstraram indignação com o repasse de recursos públicos para o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). Só este ano já foram mais de R$ 11 bilhões destinados ao programa. Em contrapartida, a educação pública sofre, desde o fim de 2014, com cortes que já chegam a R$ 12 bilhões, segundo o Andes-SN.
Os docentes avaliaram o momento da greve, as negativas do MEC e do MPOG. Também discutiram e concordaram com os pontos da contraproposta encaminhada pelo CNG às Seções Sindicais.
Foto e texto: Silvana Sá
Reuniões ocorreram na Arena do CCS e na Faculdade de Letras
O Comando Local de Greve reuniu docentes de diferentes unidades do Centro de Ciências da Saúde (CCS) na arena de seu prédio principal na manhã desta segunda-feira, 10. Com o mote “Chá de conversa”, inspirado na contribuição do Curso de Gastronomia, professores e estudantes participaram do debate sobre a situação da Educação e da Saúde públicas. Os trabalhos foram abertos e encerrados com apresentação do projeto de extensão Pesquisa em Africanidade na Dança-Educação (PADE) pelo professor Alexandre Carvalho.
Fátima Siliansky (Fórum de Saúde do Rio de Janeiro) falou sobre o assédio da indústria farmacêutica e das empresas de serviços médicos ao Sistema Único de Saúde (SUS) e analisou que processo semelhante ameaça a universidade. “Não satisfeitas com o que obtém no mercado, essas corporações ‘colam’ no Estado para que ele aumente suas taxas de lucro”. A docente destacou que a introdução do sistema de contratação via OS’s teve início na Saúde e agora pressiona por espaço nas instituições públicas de Educação.
Pela Adufrj-SSind, Luciano Coutinho falou sobre a dificuldade de diálogo e de negociação com o governo em meio a um ajuste fiscal “antissocial”. O dirigente destacou que os cortes agravam um quadro de precarização já existente da universidade pública. “Infelizmente, o que assistimos é a confirmação do temor que tínhamos de uma expansão sem condições adequadas. Mais precarização nas condições de trabalho dos docentes e de estudo para os alunos”.
Desmonte do governo, ausência do ministro
Os professores do Centro de Letras e Artes (CLA) se reuniram
na Faculdade de Letras e debateram o momento atual da greve docente, com destaque para a avaliação do impacto dos cortes na graduação e na pós-graduação e o silêncio do MEC e de seu ministro, Renato Janine Ribeiro, diante do quadro sistemático de desmonte da educação pública.
Os docentes discutiram a contraproposta formulada pelo Comando Nacional de Greve do Andes-SN e se mobilizaram para participar da Assembleia Geral desta quarta, dia 12, que avaliará o documento do CNG.
Fotos e texto: Elisa Monteiro (colaborou Silvana Sá)
Professores da UFRJ e da UFF aproveitaram o sábado de sol, dia 8, véspera do dia dos pais, para panfletar e cativar as famílias em defesa da educação pública, na Quinta da Boa Vista. “A educação é uma problema meu, seu e de todos os que se preocupam com a juventude e o futuro deste país”, discursou Cleusa Santos (Adufrj-SSind), diante da tenda montada pela seção sindical em frente ao Museu Nacional, Unidade da UFRJ. Cleusa frisou que o “desmantelamento das universidades públicas” atinge a democratização do ensino superior. Ela pediu o apoio da população à campanha do Sindicato Nacional #dialogajanine para que o Ministério da Educação abra negociação real com o movimento docente.
Além dos materiais explicativos do movimento, os docentes distribuíram centenas de máscaras com rosto da Mafalda, personagem de Quino, que fez sucesso entre as crianças. “A Mafaldinha é símbolo do protesto bem humorado”, explicou também ao microfone, Marcelo Melo (EEFD). “Estamos aqui com ela para defender condições dignas para trabalhar. E também para que o Estado cumpra seu papel de oferecer educação de qualidade a todos que querem estudar independentemente da idade. A universidade é um direito de todos”, disse.
Os adultos receberam marcadores de livros com mensagens sobre cortes no orçamento da educação pública. Cláudia Piccinini (FE) alertou para a contradição do ajuste fiscal do governo que “com uma mão corta bilhões da Educação pública e com a outra injeta R$ 5 bilhões de dinheiro público nas instituições privadas”. A atividade da manhã contou com receptividade do público. À tarde, na grama, professores e crianças confraternizaram.
Veja aqui aqui todas as fotos do evento
Fotos: Samuel Tosta
Texto: Elisa Monteiro