facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

Lucas Abreu
Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

Na quarta-feira (3), o Observatório do Conhecimento organizou um tuitaço contra os cortes no orçamento da Educação e da Ciência. A manifestação teve a participação de diversos setores da sociedade civil, ligados às áreas da Saúde, da Educação e de movimentos sociais. A hashtag #ConhecimentoSemCortes, usada durante o protesto, chegou a ser o quarto assunto mais comentado no Twitter. O tuitaço foi uma ação da campanha Educação tem Valor, criada pelo Observatório, que pretende pressionar o Congresso a reverter o corte de 16% para as universidades federais previsto na proposta de orçamento de 2021.

Participaram da manifestação as associações docentes e sindicatos que fazem parte do Observatório do Conhecimento, o Andes, a Confederação Brasileira dos Trabalhadores em Educação, a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e movimentos estudantis estaduais. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) também se juntou ao tuitaço.

A manifestação ganhou apoio de outros segmentos da sociedade civil, representados por associações de classe, como o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva, o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde e o Levante Popular da Juventude.

Para o professor de Ciências Políticas da UFRJ Josué Medeiros, diretor da AdUFRJ e um dos coordenadores da campanha do Observatório, o tuitaço foi bem-sucedido, mas ainda há muito trabalho a fazer. “O assunto está na pauta da sociedade, estão todos vendo a tragédia que é essa proposta orçamentária, e isso está mobilizando”, avaliou. O próximo passo agora é exercer a pressão diretamente nos parlamentares da Comissão de Orçamento do Congresso.

O recrudescimento da pandemia impôs mais uma dificuldade à campanha. “Pensamos em ir à Brasília, mas já descartamos essa hipótese”, contou Josué, reconhecendo a dificuldade. “Temos mapeados os parlamentares da direita e centro-direita que fazem parte da comissão, e estamos tentando contato através de pessoas que têm relação com eles em seus estados”, explicou. O objetivo é alterar a proposta do orçamento antes de ela ser discutida pela comissão. “Se o sub-relator muda a proposta, você ganha muito mais do que se tiver que mudar na comissão ou nos plenários das casas”, explicou. Uma tarefa difícil em um tempo curto, já que a comissão pretende votar o texto final do orçamento até o dia 23 de março.

Topo