facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

WhatsApp Image 2023 02 03 at 20.37.43 1A partir da próxima segunda-feira (6), professores universitários, de institutos federais e CEFETs de todo o Brasil se reúnem em Rio Branco (AC) para a 41ª edição do Congresso do Andes. Neste ano, o encontro, que termina no dia 10, tem caráter eleitoral. Lá serão apresentadas as chapas que concorrerão ao pleito do sindicato nacional – as eleições estão marcadas para maio.
Outro tema central é a decisão sobre a desfiliação do Andes da CSP-Conlutas. O Conselho do Andes extraordinário, ocorrido em novembro, indicou a desfiliação. Cabe, agora, ao congresso, que é a instância máxima de deliberação do sindicato, a decisão final. A campanha salarial deste ano também deve atrair as atenções dos docentes das instituições federais de ensino (leia mais na página 5).
São esperados 634 professores filiados a 83 seções sindicais. No momento, 650 participantes estão confirmados no evento: 447 delegados, 152 observadores, 16 convidados e 35 diretores do Andes. A Adufac, seção sindical da Universidade Federal do Acre, é a anfitriã do encontro. O evento é organizado por integrantes da direção nacional do Andes, diretores da associação docente que sedia o encontro e dirigentes da Regional Norte I, que congrega os estados de Roraima, Amazonas e Acre.

DELEGAÇÃO DA ADUFRJ
A AdUFRJ participará do evento com uma ampla delegação. O grupo é composto por docentes que integram o campo político da diretoria e professores da oposição à atual gestão do sindicato. Serão 28 professores, sendo 13 delegados e 15 observadores.Os nomes foram aprovados por consenso na assembleia geral de 21 de dezembro.
Na ocasião, os docentes filiados à AdUFRJ debateram a continuidade ou não do Andes à CSP-Conlutas. Entre os argumentos a favor da saída, prevaleceram a dificuldade de a central se inserir em lutas unificadas do campo progressista; a não representação dos interesses dos professores universitários; a vinculação partidária da entidade; e os seguidos erros de avaliação de conjuntura, que levaram seus integrantes a defender o golpe contra a presidente Dilma Rousseff, em 2016.
No entanto, a posição não foi unânime. Um pequeno grupo da oposição à gestão da AdUFRJ foi favorável a manter a filiação à central. Esses professores destacaram a mudança da conjuntura política nacional, com a eleição do presidente Lula, como ponto de reorganização dos trabalhadores; a importância de se manter organizado numa central; a necessidade de unificar lutas; e a falta de perspectiva sobre a que outra central sindical o Andes irá se filiar.
“Nossa delegação espelha a posição dos professores da UFRJ”, avalia o presidente da AdUFRJ, professor João Torres. “Partilhamos várias coisas em comum, como a visão progressista de sociedade e valores como a defesa da autonomia universitária e da universidade pública, gratuita, laica e de qualidade”, pontua. “Dentre as diferenças está, por exemplo, a avaliação sobre a CSP-Conlutas”, destaca. “Mas, para além dessa pauta, precisaremos discutir no congresso como será a relação do sindicato com o novo governo. Vamos negociar ou vamos fazer oposição sistemática?”, questiona o dirigente. “Eu gostaria que o Andes participasse ativamente da negociação salarial e levasse nossa voz até Brasília. Este será, certamente, um ponto central do debate”.
Com tema “Em defesa da educação pública e garantia dos direitos da classe trabalhadora”, o congresso norteará as ações do sindicato nacional ao longo de 2023. “O diferencial do Andes é que nós somos um sindicato classista, que defende a pauta dos professores, mas que se preocupa também com a pauta geral dos trabalhadores”, analisa a professora Jennifer Webb, 3ª tesoureira do Andes e integrante da comissão que organiza o evento. “O congresso é nosso grande evento nacional. Lá será definido também o regimento eleitoral deste ano e as chapas inscritas serão apresentadas”, explica.

Topo