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WhatsApp Image 2024 04 25 at 21.00.29Rejeitar, neste momento, o reajuste salarial proposto pelo governo, e manter a mobilização dos docentes para pressionar por uma proposta melhor. Essa é a posição que a diretoria da AdUFRJ vai defender na assembleia desta sexta-feira (26), a partir das 14h30, em primeira convocação. A pauta única é o debate e a aprovação ou não da proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) aos professores, na mesa de negociação específica no último dia 19 de abril.

“A diretoria da AdUFRJ reconhece as melhorias da proposta atual em relação às anteriores, considerando também as limitações fiscais do governo federal. Contudo, ainda acreditamos que a proposta em questão não atende plenamente aos interesses da categoria e, por isso, é fundamental manter os docentes mobilizados. Após a realização desta assembleia, na qual recomendamos a rejeição da proposta governamental atual, planejamos convocar uma nova assembleia para o início de maio, para discutir mais estratégias de mobilização, visando a continuar pressionando o governo por melhores condições salariais e de trabalho”, avalia o professor Rodrigo Nunes da Fonseca, diretor da AdUFRJ.
Para o professor Carlos Frederico Leão Rocha, diretor do Instituto de Economia e ex-reitor da UFRJ, é inegável que a proposta apresentada em 19 de abril é um avanço em relação às anteriores. “Primeiro, ela permite um aumento real no período do governo Lula de cerca de 5% da previsão da inflação para os próximos anos. Segundo, nós teremos a antecipação de maio de 2025 para janeiro de 2025 na primeira parcela do reajuste. Mas eu ainda considero insuficiente isso. Acho que o governo pode aumentar esses percentuais. Nós tivemos perdas da ordem de 33%. Mesmo com as restrições fiscais, entendo que devemos pressionar mais o governo para elevar esses índices, sobretudo os 3,5% oferecidos para 2026. Creio que esse percentual pode ser aumentado”, analisa Leão Rocha.
Ainda de acordo com o diretor do Instituto de Economia, uma questão que deve ser observada é a entrada na carreira docente. “O piso da categoria, e aqui falo de doutores, é muito baixo. Temos que lutar pelo fim da categoria de adjunto A. Isso daria um aumento, fora os percentuais a serem concedidos, de 22% no salário atual. O que seria bem razoável. Hoje o salário base está em cerca de R$ 10 mil, e o líquido em torno de R$ 7 mil, isso é o que recebem nossos professores mais jovens ou em início de carreira. Temos que aumentar esse salário inicial”. O aumento do piso, segundo o professor, é fundamental para atrair e reter jovens professores nas insituições federais de ensino.
Para participar da assembleia, todos os sindicalizados receberam pelo e-mail cadastrado a convocação oficial com o link para a sala remota. A votação será pelo sistema Helios Voting. As credenciais para a votação também serão encaminhadas para o e-mail do docente cadastrado junto à AdUFRJ. Em caso de não recebimento das credenciais, o professor poderá entrar em contato por meio do Whatsapp/telefone 21-99365-4514.

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