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bandeira adufrjDiretoria da AdUFRJ

Numa semana muito movimentada, a colaboração das autoridades norte-americanas no episódio do contrabando de madeira demonstra o isolamento e as dificuldades do governo federal após a derrota de Trump. Entretanto, alguns episódios na CPI da Covid demonstram que o jogo ainda está pesado por aqui. A consciência antibolsonarista se espalha e se adensa na medida em que ficam mais nítidas as nefastas consequências de uma eventual (e esperamos que seja uma hipótese cada dia mais distante) reeleição de Bolsonaro. O desafio é conseguir colocar no mesmo influxo, trabalhando de forma minimamente articulada, aqueles que querem a deposição do presidente da República como tarefa imediata e inadiável e os que acreditam que não há possibilidade política para o impeachment e, portanto, a tarefa mais importante é a construção de uma ampla frente para o embate eleitoral de 2022. Que todos joguem água no mesmo moinho: naquele que irá triturar os arroubos autoritários e os delírios de poder absoluto do clã instalado no Palácio do Planalto.
É preciso desdobrar essa tarefa para todas as esferas da vida pública brasileira, em especial no campo da Educação. Em maio de 2019 demos uma vigorosa resposta nas ruas por conta do anúncio de cortes no orçamento que inviabilizariam a educação pública no país. O grito de alerta lançado por artigo assinado pela reitora e pelo vice-reitor, publicado em 6 de maio pelo jornal O Globo, foi o estopim de uma virada de chave no cotidiano da universidade. Não nos resta mais nenhuma dúvida de que estamos pela primeira vez vivendo o risco bastante palpável de um colapso institucional, com fechamento de leitos e paralisação de importantes pesquisas; isso sem contar os cortes de bolsa e comprometimento de todo o patrimônio físico e cultural que guardamos. A gravidade é tão grande que tivemos no dia 18 um grande ato, de dimensão nacional, promovido pela UFBA, com apoio de todas as entidades, e no dia 19, como o Dia Nacional em Defesa da Educação, chamado pelo Andes e com ampla adesão também das entidades estudantis e dos técnicos-administrativos. Os estudantes mais uma vez deram exemplo de energia e vitalidade, foram primeiro às ruas, no dia 14, com máscaras, muito álcool em gel e respeitando algum distanciamento.
Pois é com esse espírito, de quem enfrenta uma severa batalha pela sobrevivência, que precisamos construir uma sólida e consistente linha de ação reunindo toda a comunidade universitária. Não é tempo de pequenas intolerâncias, disputas menores, e velhos rancores. Nenhum de nós estará a salvo com esse governo. Vamos todos participar da assembleia-ato (ainda em ambiente virtual) no dia 26 e dar uma demonstração de força e unidade em defesa da universidade pública. O nosso exemplo é necessário, ele pode ampliar e dar mais consequência à luta nacional. E, para aqueles que puderem ir, nos encontraremos sábado (29), nas ruas, com todo o cuidado necessário!

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