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WhatsApp Image 2023 05 17 at 19.53.43 1Reitoria eleita. Em respeito à tradição democrática, escolhidos pela comunidade acadêmica foram os mais votados no Colégio Eleitoral - Foto: Fernando SouzaO Colégio Eleitoral da UFRJ se reuniu nesta terça-feira, 16, para formalizar as eleições para reitor e vice-reitora da UFRJ. As listas tríplices foram formadas com Roberto Medronho, professor titular da Faculdade de Medicina, e Cássia Turci, decana do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, como primeiros colocados. Eles receberam 87 e 85 votos, respectivamente. A ata da sessão com as listas tríplices foi encaminhada no próprio dia 16 para o Ministério da Educação.
Decanos de outros centros completaram as listas para atender à legislação. Foram também candidatos a reitor Walter Suemitsu (CT) e Luiz Eurico Nasciutti (CCS). Para vice-reitor se candidataram Flávio Martins (CCJE) e Afrânio Barbosa (CLA). Os decanos de cada lista decidiram votar uns nos outros para garantir que todos os nomes enviados ao MEC tivessem pelo menos um voto.
O professor Vantuil Pereira, decano do CFCH, não apresentou o nome para concorrer no Colégio Eleitoral. Ele perdeu a disputa para Roberto Medronho na consulta feita junto à comunidade acadêmica. No Colégio Eleitoral, o docente votou no professor Medronho.
A eleição foi nominal, ou seja, cada conselheiro foi chamado para anunciar seu voto. O método foi escolhido no início da sessão e aprovado por ampla maioria com apenas um voto contrário, o do técnico-administrativo Roberto Gambine, conselheiro universitário e ex-pró-reitor de Finanças da gestão Leher. Gambine defendia o escrutínio secreto. Ele também não votou no professor Roberto Medronho, escolhido pela comunidade acadêmica para comandar a universidade.
Agora, o governo federal tem até 60 dias para nomear o reitor e a vice-reitora escolhidos pela comunidade universitária. A posse na UFRJ está prevista para julho. O prazo, no entanto, pode ser encurtado, já que o cargo de reitor da UFRJ está oficialmente vago desde que a professora Denise Pires de Carvalho assumiu a Secretaria de Educação Superior do MEC. O professor Carlos Frederico Leão Rocha se manteve como vice-reitor no exercício da reitoria.

ATO FORMAL
O Colégio Eleitoral é a reunião de todos os colegiados superiores da UFRJ: conselhos Universitário, de Graduação, Para Graduados, de Extensão Universitária e de Curadores. Aproximadamente 130 conselheiros formam o Colégio Eleitoral, entre professores, técnicos e estudantes. Mas apenas 90 compareceram nesta terça-feira. O colegiado segue o que determina a Lei 9.192/95 que estabelece que sua composição seja de, pelo menos, 70% de professores.
A AdUFRJ e entidades como o Observatório do Conhecimento estão empenhadas em mudar a lei. “Nossa atuação é para construir um consenso que garanta a autonomia das universidades na escolha dos seus reitores”, explicou a professora Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ e coordenadora do Observatório. “Nossa conversa com a Andifes caminhou no sentido de abolir a lista tríplice, garantindo que o nome escolhido pela comunidade universitária seja o nomeado”. O Observatório conseguiu a aprovação de um requerimento para realização de audiência pública sobre o tema, no âmbito das comissões de Educação, C&T e Legislação Participativa da Câmara. A audiência deve ser realizada em junho.
O professor Roberto Medronho, reitor eleito da UFRJ, comemorou o resultado, mas também criticou a legislação atual para escolha de reitores. “O que acabou de acontecer foi um rito apenas formal, para cumprir a legislação”, apontou. “Precisamos lutar para acabar com a lista tríplice. Reitor eleito deve ser reitor empossado”, afirmou. “A UFRJ, no que depender de mim, vai trabalhar para mudar a legislação. Estaremos na linha de frente na luta pela autonomia universitária”.
Presidente da comissão eleitoral da UFRJ, que organizou a consulta aos três segmentos da universidade, o professor Eduardo Mach também celebrou o final do processo. Representante dos titulares no Consuni, ele também votou no professor Medronho no Colégio Eleitoral. “Estou muito contente que o trabalho tenha sido bem executado. Todos que participaram contribuíram para a democracia universitária”, disse. Ele agradeceu especialmente aos integrantes da Comissão Coordenadora da Pesquisa. “Preciso registrar um agradecimento especial a todos que participaram da comissão. Todos trabalharam muito para que fosse realizado um processo eleitoral de absoluta lisura”, afirmou.
PRÓXIMO MANDATO
A nova reitoria assume a UFRJ até 2027. Vice-reitora eleita, a professora Cássia Turci estava emocionada ao final da sessão. “Estou muito feliz. Ciente de todos os desafios, mas muito entusiasmada com a resposta da comunidade acadêmica”, disse. Perguntada sobre prioridades, ela respondeu que os desafios são muitos. “É preciso olhar com carinho para os campi fora do Rio, para a assistência estudantil, para a carreira dos técnicos”, elencou. “São muitas frentes, muitas urgências, mas estou otimista”, declarou.
Medronho também comentou sobre os próximos passos. “Estamos conversando com muitas pessoas de dentro e de fora da gestão universitária. Nossa ideia é fazer um grupo de trabalho de transição para verificar, dentro do nosso eixo programático, quais as ações de curto, médio e longo prazos”, revelou. Outro plano do reitor eleito é realizar uma prestação de contas dos primeiros cem dias de gestão.
A saúde é uma área prioritária. “Temos mais hospitais que muitos municípios brasileiros. São nove unidades hospitalares. E o Centro de Ciências da Saúde representa quase metade da universidade”, disse.

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