A proximidade com a sede tenta minimizar os prejuízos dos 2.495 alunos da Escola. “Estamos evitando alterar a logística de deslocamento dos nossos estudantes”, disse a diretora da unidade, professora Katya Gualter, na abertura da congregação extraordinária que deliberou o retorno, dia 25.
Para os cursos de Dança, o maior desafio é a adaptação das aulas práticas em espaços externos do CCS ou auditórios como o Quinhentão e o próprio Hélio Fraga, onde ocorreu a Congregação.
Já na segunda, dia 2, uma pequena parte das aulas teóricas e todas as práticas dos cursos de Educação Física voltarão a acontecer no próprio prédio da Escola, em espaços já liberados por laudo do Escritório Técnico da Universidade.
Os dias a mais até esta segunda etapa do retorno são preparatórios. Grupos da comunidade receberão orientações dos brigadistas e do Setor de Saúde do Trabalhador do CCS para o acesso, deslocamento e procedimentos em eventuais emergências dentro do prédio. “As nossas disciplinas práticas somente poderão acontecer na EEFD. Não existe outra possibilidade”, observou a professora Francine Nogueira, coordenadora da Licenciatura em Educação Física. “Os ginásios e a piscina são imprescindíveis para o nosso retorno”.
O problema agora é a redução do número de banheiros e vestiários. A maioria fica localizada em áreas ainda interditadas do prédio. A direção tenta o aluguel de banheiros químicos para diminuir as filas ou para evitar o deslocamento até o CCS.
Diante do cenário difícil, não está descartada a possibilidade de se criar junto ao Conselho de Ensino de Graduação (CEG) um período de trancamento especial para os alunos que não se sentirem confortáveis para continuar os cursos nas atuais condições.
Superintendente do CCS, a professora Anaize Borges participou da congregação e informou sobre a recepção aos colegas da EEFD no Centro. “A administração da sede já está sabendo. Vigilância já está sabendo”, disse. “Estamos tomando todos os cuidados para ter o melhor acolhimento possível dentro das dependências do CCS à comunidade que está passando por esta situação bastante complexa e que tem nossa solidariedade”.
ESCORAMENTO
Estudantes da unidade compareceram ao Conselho Universitário do dia 28 para cobrar da reitoria soluções emergenciais e reformas estruturais no prédio. “Precisamos de investimento, de um olhar mais sensível da reitoria para as nossas necessidades”, afirmou Eduarda de Paula, representante do Centro Acadêmico da Educação Física. “Precisamos entrar lá sem medo do nosso prédio cair. E ter sanitário para todo mundo. Hoje, a gente não tem”.
A vice-reitora Cássia Turci explicou que o projeto do escoramento emergencial — diretamente no trecho afetado — chegou ao gabinete da administração central na véspera do Consuni. “Está na Procuradoria da Universidade para avaliar. Assim que recebermos o parecer, vou encaminhar o ofício para a SESu (Secretaria de Educação Superior) para solicitar os recursos”, disse. Para obras de maior porte, os alunos receberam como resposta que não há recursos disponíveis (veja mais AQUI).