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divulgacao fonacateFonacateA última mesa de negociação entre governo e servidores federais do ano, realizada na segunda-feira (18), terminou com notícias desanimadoras para o funcionalismo. Representantes do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) alegaram dificuldades orçamentárias e anunciaram reajuste zero para o ano que vem. A proposta da União foi de reajuste apenas nos benefícios, a partir de maio de 2024. Os salários só seriam reajustados em 9% divididos em duas parcelas: uma para 2025 e outra somente em 2026.
De acordo com a proposta apresentada, o auxílio-alimentação passaria dos atuais R$ 658 para R$ 1.000; o auxílio saúde, de R$ 144 para R$ 215; e o auxílio creche, de R$ 321 para R$ 484. São reajustes de 51%.
“Como o aumento é sobre benefícios, e não sobre o próprio salário, o impacto é maior para quem ganha menos, diminuindo, portanto, as disparidades salariais dentro do Serviço Público Federal”, diz o MGI em nota.
Representantes dos sindicatos de servidores criticaram o teor da proposta apresentada. Para o presidente do Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado), Rudinei Marques, aposentados e pensionistas saem muito prejudicados.
“Esta proposta mantém a política de congelamento salarial do governo Bolsonaro, o que merece amplo repúdio de 1,2 milhão de servidores federais ativos, aposentados e seus pensionistas.
E como aposentados e pensionistas não recebem auxílio alimentação nem auxílio creche, a proposta se reveste de um etarismo perverso, pois é excludente em relação a esse segmento.
Coordenador-geral do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), David Lobão afirma que a proposta da União é inaceitável: “O governo apresenta congelamento de salário para 2024. Zero por cento de reajuste. O que significa dizer que o servidor público aposentado não vai ter nada em 2024 porque ele não recebe benefícios. Isso é muito ruim para a classe trabalhadora. Nós temos que ir para a luta em 2024”, avalia Lobão.
Mayra Goulart, presidenta da AdUFRJ, enfatiza que embora o governo mantenha o discurso de continuar trabalhando para reservar espaço fiscal no próximo orçamento, os servidores estão muito descontentes com o que foi apresentado. “Perdemos uma batalha, mas a luta continua. A proposta caminha na direção inversa de uma efetiva recuperação das capacidades estatais destruídas desde 2016”, ela afirma.
“Vamos seguir pressionando, com diálogo e responsabilidade, compreendendo que nossa principal tarefa é sensibilizar a sociedade civil para que ela compreenda a importância da universidade e, com isso, demande de seus representantes o apoio à nossa recomposição salarial”, conclui Mayra.

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