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WhatsApp Image 2025 08 19 at 19.03.19As eleições da AdUFRJ estão chegando! A votação será presencial e está marcada para os dias 10 e 11 de setembro. Para ajudar na escolha dos leitores, o Jornal da AdUFRJ fez três perguntas sobre orçamento e democracia às duas chapas que disputam a diretoria do sindicato. 

Chapa 1 – UFRJ na luta pela Democracia e Conhecimento, de apoio à atual gestão, e a Chapa 2 - ADUFRJ de luta: dignidade nas condições de trabalho e defesa da universidade pública, de oposição – responderam aos temas por escrito. Confira a íntegra, abaixo.

Para o Conselho de Representantes, as inscrições seguem abertas até o dia 29. Podem se candidatar professores filiados até o dia 12 de maio. Os documentos necessários às candidaturas podem ser obtidos a seguir.

Inscrição individual CR 2025-2027

Inscrição chapa CR 2025-2027

Participe e fortaleça o sindicato!

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1. Quais as estratégias da chapa para defender o orçamento da universidade?

“Nossa chapa entende que a defesa do orçamento da universidade não se limita à sua manutenção, mas exige sua recomposição e ampliação para que a UFRJ possa desenvolver plenamente seu potencial e responder às demandas sociais. Reconhecemos que o período recente de governos anteriores resultou em um achatamento orçamentário severo, e que, embora o atual governo tenha demonstrado algum avanço, os recursos ainda estão aquém das necessidades.
Para reverter esse quadro, nossa estratégia é multifacetada e essencialmente política. Internamente, promoveremos a ação conjunta e mobilização de toda a comunidade universitária – docentes, técnicos e estudantes. Externamente, atuaremos em diversas frentes:
Articulação Política Ampla: Fortaleceremos as alianças com entidades científicas como a SBPC, ABC, Clube de Engenharia e outras organizações da sociedade civil, buscando construir um amplo arco de apoio à universidade pública.WhatsApp Image 2025 08 19 at 19.03.19 4
Incidência no Congresso e Poder Executivo: Intensificaremos a pressão junto ao Congresso Nacional, MEC, MCTI e demais órgãos governamentais para garantir a recomposição orçamentária e a estabilidade financeira da UFRJ.
Comunicação e Engajamento Social: Utilizaremos as redes sociais e os meios de comunicação para ampliar o reconhecimento público sobre o valor da produção universitária, ocupando também os espaços públicos e as ruas para defender a educação pública. Evitaremos o sectarismo, buscando sempre ampliar nossa base de aliados.”

2. Qual seria o modelo de financiamento ideal, na sua perspectiva?

“Nosso modelo de financiamento ideal para a UFRJ é pautado na autonomia e complementaridade. Defendemos que o custeio da ‘fisiologia básica’ da universidade – sua manutenção e funcionamento essenciais – deve ser integralmente garantido por verbas orçamentárias regulares do governo federal. Esta é uma prioridade inegociável da nossa chapa: a luta incansável pela recomposição e expansão do orçamento federal para a UFRJ.
A complementação das fontes regulares é integrada por:
Recursos de Agências de Fomento: A recomposição e ampliação dos orçamentos das agências de fomento federais e estaduais são cruciais para a pesquisa, extensão e inovação.
Parcerias Estratégicas com a Sociedade: Incentivaremos a interação da universidade com a comunidade extramuros, incluindo parcerias com públicas, filantrópicas ou privadas. Essas colaborações podem impulsionar projetos inovadores e gerar recursos adicionais.
É fundamental ressaltar que todas as parcerias deverão seguir critérios rigorosos de transparência, ética e alinhamento inquestionável com os valores de uma universidade pública, gratuita e socialmente referenciada. Nosso objetivo é gerar recursos que impulsionem o desenvolvimento da UFRJ, sem jamais comprometer sua autonomia e seu caráter público.”

3. Como o sindicato pode ampliar sua atuação na defesa da democracia do país?

“A defesa da democracia é uma pauta indissociável da luta sindical e da própria existência da universidade pública. O avanço da extrema-direita globalmente, que visa destruir instituições de pensamento crítico como as universidades, representa uma ameaça tão grave quanto as crises climáticas e sanitárias, com as quais está intrinsecamente ligada.
Nesse cenário, o sindicato tem um papel fundamental na ampliação da atuação democrática do país, e nossa chapa propõe:
Defesa da Universidade como Locus Democrático: Reforçar a universidade como espaço de produção de conhecimento crítico, ciência e cultura, essencial para o florescimento da democracia. Defenderemos a liberdade acadêmica e a autonomia universitária como pilares democráticos.
Atuação Política e Parlamentar: Intensificar a luta política e parlamentar pela democracia, reconhecendo este como um campo privilegiado de batalha. Teremos políticas expressas nesse sentido, buscando incidir em debates e decisões que afetam o regime democrático.
Engajamento Social e Alianças: Ampliar o engajamento da ADUFRJ com movimentos sociais, entidades da sociedade civil e outras organizações que defendem a democracia, o meio ambiente, as minorias e a diversidade cultural. O Observatório do Conhecimento, iniciativa da ADUFRJ, é um exemplo de contribuição importante nessa frente.
Posicionamento de Vanguarda do ANDES: Defenderemos que o ANDES-SN assuma posições de vanguarda em prol da democracia, garantindo que a defesa dos interesses corporativos não fragilize a luta por governos democráticos e progressistas. Nossa atuação será sempre em prol de uma sociedade mais justa e igualitária.”

WhatsApp Image 2025 08 12 at 18.55.20 8

1. Quais as estratégias da chapa para defender o orçamento da universidade?

A Chapa 2 se compromete a reorganizar a categoria docente, com autonomia, para lutar pela recomposição e ampliação orçamentária da UFRJ junto às demais Instituições Federais de Ensino Superior. Defender a Educação Pública também é denunciar as políticas de austeridade que têm ameaçado a existência das IFES brasileiras. Recompor o orçamento é condição sine qua non para a garantia de perenidade de nosso projeto universitário.
A crise orçamentária da UFRJ é uma questão absolutamente central, contudo, reconhecemos que a UFRJ não é única vítima dos efeitos do estrangulamento financeiro. Em que pese seu tamanho e tradição, ela é parte do sistema de Educação Federal e há de se reconhecer que não haverá solução individual. A única ação realista para a UFRJ é a defesa do orçamento adequado para todas as IFES, e o caminho é a organização coletiva eWhatsApp Image 2025 08 19 at 19.03.19 5 nacionalizada, junto ao ANDES-SN, à FASUBRA e ao Sinasefe. Os setores oficialistas, que subordinam a ação do sindicato à razão pragmática de que a austeridade é necessária para assegurar a governabilidade, atuam de modo inconsequente e colocam a UFRJ e as demais IFES em severo risco de obsolescência de sua infraestrutura.
É necessário ampliar o debate interno com as categorias da UFRJ para romper com o senso comum de que a problemática do orçamento pode ser reduzida a uma questão de gestão.
É preciso que a Adufrj atue como ela é: uma seção de um sindicato nacional que luta organizadamente; aprender com os erros do último ciclo e reconhecer que as últimas direções adotaram uma posição isolacionista. É razoável supor que a participação da UFRJ na greve de 2024 teria promovido impacto importante no processo de negociação e a possibilidade de arrancar melhor proposta do Governo Federal, inclusive, em relação ao orçamento.

2. Qual seria o modelo de financiamento ideal, na sua perspectiva?

Foi o Andes-SN que assegurou a unidade do sistema Federal por meio da carreira nacional com dedicação exclusiva e orçamento público para as universidades. A educação pública como dever do Estado é a defesa histórica do ANDES-SN desde a Constituição Federal de 1988.
Pleiteamos financiamento público para o conjunto das universidades federais, definido em lei e vinculado a percentuais constitucionais. Os recursos públicos arrecadados pelo Estado constituem o Fundo Público e seus orçamentos. Refutamos as privatizações clássicas e não clássicas por não serem alternativas capazes de impedir o desmonte das IFES e seu radical estrangulamento financeiro; as iniciativas no ensino, na pesquisa e na extensão que refuncionalizam as universidades como organizações de serviços e interesses heterônomos, motivadas pela percepção de ganhos/fomentos individualizantes; iniciativas efêmeras e insuficientes para subsidiar instituições autônomas que apresentem soluções ao desenvolvimento do país na perspectiva da maioria de sua população. As emendas parlamentares não constituem soluções consistentes e continuadas para a universidade pública. A presença do senador Flávio Bolsonaro na UFRJ é um exemplo de particularismo eleitoreiro e o silêncio da diretoria da Adufrj está em evidente contradição com a autonomia universitária; o grupo político do parlamentar planejou o golpe de Estado e a execução de autoridades presidencial e do STF e alinha-se à extrema-direita de Trump e Netanyahu, que atentam contra a universidade, a liberdade e a soberania dos países.
Para nós, é urgente: 1º) implementar um programa emergencial de recuperação da infraestrutura das Federais para erradicar da paisagem os “esqueletos de prédios nunca concluídos” e a se deteriorar pelo caminho; 2º) definir o montante destinado às federais: no mínimo o equivalente à totalidade do custo de pessoal acrescido de 30% de recursos de custeio e capital. Para a UFRJ, tais montantes alcançariam cerca de 1,2 bilhão por ano; 3º) constituir uma nova matriz de distribuição dos recursos na qual prédios e infraestrutura tenham permanente manutenção.

3. Como o sindicato pode ampliar sua atuação na defesa da democracia do país?

A defesa da democracia é não abrir mão de seu exercício. Enfrentar os neofascismos de Trump e seus aliados, e da extrema-direita no Brasil, impedir ações golpistas/de desestabilização de um governo legítimo e opor resistência em uma grande frente popular com toda classe trabalhadora .
Na UFRJ, potencializar a livre manifestação de estudantes, docentes e técnicos nos Conselhos e no cotidiano institucional. Retomar o contato com a categoria em seus locais de trabalho e fomentar o debate para superar o isolacionismo das últimas diretorias e seus fracassados lobbies parlamentares. Alianças institucional/sindical contra os direitos da(o)s docentes (como a que tentou impedir – ilegalmente – suas progressões por diretor da adufrj no CONSUNI) não mais terão lugar. Recuperar a participação docente no sindicato é o mais básico exercício em defesa da democracia.

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