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Três dias depois do sequestro-relâmpago de dois professores da Faculdade de Farmácia na sexta-feira (18), uma estudante sofreu um sequestro-relâmpago no fim da tarde desta segunda-feira. A jovem, aluna de iniciação científica do Instituto de Biofísica, foi assaltada e, durante alguns minutos, obrigada a circular no carro dos bandidos, sendo liberada em seguida.

A Prefeitura da UFRJ divulgou nota informando que começa em junho um programa de ampliação no policiamento do Fundão. Estão previstas alterações também no trânsito da Cidade Universitária.

Segundo a nota da Prefeitura, o reforço virá com o Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis). Pela iniciativa, policiais militares de folga serão contratados para intensificar o patrulhamento no campus. O pagamento das horas extras ficará sob responsabilidade da Petrobras, que mantém um centro de pesquisas no Fundão.

Outras medidas, de acordo com a prefeitura, devem ser iniciadas em junho. Entre elas, mudanças no trânsito da Cidade Universitária, com o fechamento de alguns acessos, e a divisão do campus universitário em quatro quadrantes, que passarão a ter patrulhamento motorizado durante as 24 horas do dia. Também está prevista a instalação de câmeras de maior definição para auxiliar a Polícia Civil na identificação dos criminosos. Além de uma participação mais ativa da Divisão Anti-Sequestro (DAS), em parceria com a 37º DP, nas investigações sobre as quadrilhas que atuam na Cidade Universitária. Na quarta-feira, o prefeito da UFRJ, Paulo Mario Ripper, vai se reunir com a cúpula da DAS.

A Secretaria de Estado de Segurança também soltou  nota sobre a violência na Cidade Universitária. Entre as medidas previstas, está o reforço do efetivo do 17º Batalhão de Polícia Militar (Ilha do Governador), na Cidade Universitária.

O casal de professores da Faculdade de Farmácia ficou 11 horas em poder dos sequestradores. Eles foram rendidos quando chegavam ao trabalho. Os ladrões levaram o carro, dois computadores e fizeram saques de R$ 38 mil em cartões. Em mensagem a colegas de universidade, os dois relataram os momentos de pânico e cobraram medidas da universidade. O professor prestou depoimento na 37ª Delegacia Policial (Ilha). Em março, mais dois professores do Centro de Tecnologia também foram vítimas de sequestro-relâmpago.

Na manhã desta segunda-feira, a violência no campus foi o principal tema da reunião do Conselho de Centro de Ciências da Saúde e de um debate da eleição para a decania. Vários professores reclamaram da falta de controle dos acessos do campus e dos prédios: “É preciso controlar os acessos, como acontece em outras universidades públicas. É preciso uma ação enérgica. A gente vem aqui para trabalhar e fica à mercê do perigo”, afirmou a professora Ana Luísa Palhares de Miranda, da Faculdade de Farmácia. Colega dos professores sequestrados, ela elogiou a coragem dos dois em denunciar a violência. “Casos assim são comuns aqui, mas, muitas vezes, as pessoas têm medo de falar”, afirmou.

O Conselho do CCS aprovou levar a discussão da segurança para a próxima reunião do Conselho Universitário, na quinta-feira. Também ficou definida a realização de um ato pela paz e contra a violência no campus para quarta-feira, ao meio-dia, nas escadarias do prédio do CCS. A Adufrj participará dos dois eventos.

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