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31 12 2015 ministerio do turismo jpgRenan Fernandes

O Ministério do Turismo (MTur) assinou um Termo de Execução Descentralizada (TED) com a UFRJ no valor de R$ 2.693.031,82 para iniciativas de combate aos efeitos climáticos. Estão previstos o levantamento e a quantificação das emissões de gases de efeito estufa do setor do turismo nacional, a adaptação às mudanças climáticas e a elaboração de um plano estratégico de atuação para o setor. O Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG), coordenado pelo professor de Planejamento Energético da COPPE, Marcos Freitas, será o responsável pelo desenvolvimento do projeto.
O Brasil foi confirmado como sede da COP 30 em 2025. Para manter o país como protagonista na discussão sobre os efeitos das mudanças climáticas globais, os ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), com a coordenação da Casa Civil, estão atualizando o Plano Nacional de Mudanças Climáticas. A UFRJ construirá junto ao MTur o plano de alteração do clima focado no setor turístico.
A metodologia do planejamento prevê o diálogo com atores do setor e um estudo separado para cada região do país. “Há dois tipos de emissões a serem mapeadas. Uma gerada pela mobilidade das pessoas e outra emitida pelos pontos turísticos, pelos hotéis e pousadas. Vamos identificar os gases e apontar oportunidades de mitigação”, afirmou o professor Marcos Freitas. O projeto pretende ir além e estudar a possibilidade de geração de emprego e renda com o turismo. “Muito do desmatamento da Amazônia é provocado por falta de emprego, as pessoas precisam cortar a floresta para poder viver. Valorizar essas regiões é produzir oportunidades de emprego e manter a floresta em pé”, completou.
Promover alternativas aos combustíveis fósseis utilizados nos transportes e em caldeiras é um dos caminhos para frear as mudanças. Neilton Fidelis da Silva, pesquisador do IVIG e assessor da Coordenação de Compensação Ambiental e Sustentabilidade, apontou soluções para a transição energética no turismo. “Precisamos trocar fontes emissoras de gases por não emissoras. Podemos criar um programa nacional de incentivo à energia solar térmica ou incentivar a energia fotovoltaica como substituição ou complementação à energia tradicional”, destacou o pesquisador.
O IVIG foi criado pelo professor Luiz Pinguelli Rosa em 1999 para desenvolver pesquisas e projetos com ênfase em tecnologia, inovação e sustentabilidade. Em 2013, durante a visita do Papa Francisco ao Rio de Janeiro, o instituto calculou a emissão de carbono gerada por toda a movimentação de visitantes na cidade. O projeto em parceria com a Petrobras visava a compensar as emissões com o plantio de árvores.

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