facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

Dos costumes dos indígenas e da população de origem africana que moldaram a imagem da cidade do Rio de Janeiro à construção da identidade brasileira desde a chegada da Família Real até a proclamação da República. É rico e vasto o roteiro da nova edição dos passeios culturais da AdUFRJ, projeto iniciado em 2023 e que terá continuidade de março a junho. Serão quatro passeios guiados pelo historiador Douglas Libório por alguns dos mais significativos marcos culturais de nossa história.

A primeira etapa da nova edição, parte da comemoração dos 45 anos do sindicato, será a visita ao Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro, no Parque da Cidade, na Gávea, no dia 24 de março (veja roteiro completo abaixo). Pouco conhecido pela própria população carioca, o espaço foi reaberto em 2021, restaurado após dez anos de fechamento. As inscrições para essa etapa estarão abertas de 19 a 21 de março pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Há uma limitação de 20 pessoas por passeio.

DIVERSIDADE
Autor do livro “Palácio Tiradentes – Arte e Política no Brasil Republicano”, uma adaptação de sua dissertação de mestrado, o historiador Douglas Libório conta que o roteiro foi pensado para mostrar diferentes espaços arquitetônicos que contam a história do Rio de Janeiro e do país. “Eu me graduei em História na UFRJ em 2019, para mim é um honra participar desse projeto da AdUFRJ. Estudo a arquitetura e a decoração do poder quando o Rio era a capital da República. Alguns palácios da monarquia que se tornaram sedes do poder na República, como o Palácio do Catete, estão no roteiro. Assim como os prédios construídos já nos anos 1920 para serem sedes do poder republicano, como os palácios Pedro Ernesto e Tiradentes”.

O roteiro de abril, o único que ocupa manhã e tarde, com intervalo para o almoço, é muito rico, segundo Douglas, porque reúne elementos arquitetônicos desde o século XVII até os dias atuais. “É uma diversidade que está muito presente na região que vai do Largo da Glória ao Museu da República, na Rua do Catete. Temos desde a Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, representante da arquitetura colonial, até a Villa Aymoré, na Ladeira da Glória, de final do século XIX e início do século XX. E também o primeiro “brizolão” da história do Rio de Janeiro, o CIEP Tancredo Neves, de arquitetura moderna”, descreve o historiador. Com projeto de Oscar Niemeyer, o CIEP foi inaugurado em 8 de maio de 1985, pouco depois da morte do político mineiro.

Em maio será a vez dos “palácios do poder”, o Pedro Ernesto, de 1923, e Tiradentes, de 1926. O primeiro é da Câmara Municipal de Rio de Janeiro e o segundo, da Assembleia Legislativa. “Este ano vamos comemorar os 200 anos de nossa primeira Constituição, que é de 25 de março de 1824, a que instituiu o Senado do Império, e esses dois prédios nos ajudam a contar essa história”, diz Douglas.

Dá uma dor no coração não ter no roteiro o Palácio Monroe, que foi demolido na segunda metade da década de 1970, supostamente para dar lugar às obras do metrô. Justamente ele, que foi sede do Senado na antiga capital. Mas Douglas vai “incluir” o palácio no roteiro. “Eu acho que vale a pena a gente comentar sobre ele no roteiro de maio. Posso levar o pessoal até a Praça Mahatma Gandhi e dizer que ali havia o Palácio Monroe. O vazio fala muito mais do que a gente imagina”. O Monroe foi a segunda sede do Senado. A primeira foi no prédio que hoje abriga a Faculdade Nacional de Direito.

A nova etapa do projeto se encerra em 22 de junho com a visita ao notável acervo do Museu Histórico Nacional, na Praça Marechal Âncora, no Centro. “Eu acho essa iniciativa da AdUFRJ fundamental porque possibilita aos professores expandirem a sua atuação em sala de aula e na pesquisa. É um projeto que mostra a importância de os profissionais de Educação estarem na rua, vendo como a cidade é transformada pela nossa atuação”, acredita o historiador.

Para a presidenta da AdUFRJ, professora Mayra Goulart, o sucesso do projeto junto aos filiados mostra a importância de o sindicato buscar novas formas de atuação. “A ideia de fazer visitas aos locais históricos e ter atividades culturais cumpre dois propósitos. O primeiro é trazer essas informações para os sindicalizados. O segundo é oferecer uma oportunidade para que eles se encontrem, conversem sobre a universidade, seus projetos e suas vidas, com especial atenção para os aposentados, que são muito importantes para a AdUFRJ e que se sentem contemplados com essas atividades”.

VEJA O ROTEIRO

WhatsApp Image 2024 03 07 at 19.38.48 524 DE MARÇO I DOMINGO I
DE 10h ÀS 12h

“Quantos Rio (s) são possíveis numa casa? Conhecendo o Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro”

Reaberto em 2021, após dez anos fechado e em restauração, o Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro retornou ao panorama cultural da cidade, trazendo novos olhares e visitações para o Parque da Cidade, na Gávea.

13 DE ABRIL I SÁBADO I

“Entre a nobreza e a República: Caminhos do Catete”

Arquitetura Urbana do Catete (11h às 13h): O bairro do Catete abrigou diversas personalidades da nobreza imperial e da elite republicana. Porém, mais do que um espaço de vida política, o entorno da região do antigo “Caminho do Catete” armazena as camadas de quase cinco séculos da história da arte e da arquitetura brasileira.

Indicação de almoço:
Restaurante Berbigão (Rua do Catete, 150)

Museu da República (14 às 16h30): Originalmente nomeado como Palácio Nova Friburgo, o edifício é um dos marcos da arquitetura civil do Segundo Reinado. Entre elementos imperiais e republicanos, o Palácio do Catete é um dos espaços que agrega camadas de memória da vida política e dos mundos da arte do Rio de Janeiro.

10 DE MAIO I SEXTA-FEIRA I
DE 14h ÀS 16h30

“Palácios do Poder: 200 anos de Parlamento no Brasil”
As construções dos Palácios Pedro Ernesto (1923) e Tiradentes (1926) marcam a celebração do primeiro centenário do Congresso no país. os edifícios são um marco na história da arte brasileira, por já serem “modernos” e trazer uma determinada representação do “nacional” na sua decoração interna e fachadas.

22 DE JUNHO I SÁBADO I
DE 10h ÀS 12h

“Nas raízes do Brasil independente: conhecendo os acervos do Museu Histórico Nacional”
Inaugurado como um dos Pavilhões na Exposição Internacional de 1922, o Museu Histórico Nacional foi criado por decreto no mesmo ano, para a celebração do Centenário da Independência do Brasil. Como o maior museu de história do país atualmente, sua diversidade de acervos é notável.

 

Topo