“Vou contar uma coisa para você: valeu super a pena! Uma visita muito bem explicada, que coloca o Rio de Janeiro com todos os seus conflitos, sua cultura, seus prefeitos. Nota dez!”, elogiou Any, que atua no ensino à distância da UFRJ pelo Consórcio Cederj. “Encontrei um grupo bastante heterogêneo de professores e pudemos ter esta troca de saberes entre nós. Foi uma experiência muito rica num dia lindo”, completou.
Em pouco mais de duas horas, os docentes puderam se maravilhar com o belo acervo do palacete transformado em museu, no alto do Parque da Cidade. Pinturas, móveis de época, utensílios, maquetes, esculturas, estandartes e muitos outros objetos ajudam a contar as transformações do povoado fundado por Estácio de Sá, em 1565, até a metrópole dos dias atuais.
Tudo isso com o luxuoso apoio do historiador Douglas Liborio, que guiou o grupo de professores da UFRJ e seus acompanhantes pelos dois andares da unidade, reaberta em 2021 após dez anos fechada. “É uma felicidade ter o Museu Histórico da Cidade de volta para nós, cariocas. É um museu bastante peculiar no Rio de Janeiro, talvez no Brasil. Porque ele abriga parte da história do Rio de Janeiro que se confunde com três séculos da história do Brasil: como colônia, como Império e como República”, afirma o doutorando em História Social na UFF.
Douglas elogia a iniciativa do sindicato de levar os professores para estes passeios culturais. “É uma atitude bastante importante da AdUFRJ consolidar essa proximidade dos nossos pesquisadores, dos nosso profissionais da Educação, com os espaços de memória da cidade. Esses espaços carecem muito de vida, de ocupação”, diz.
O efeito da atividade é multiplicador. Renata Bastos da Silva, professora do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, terminou o passeio pensando em como organizar uma visita ao lugar com seus alunos. Estudiosa da história da administração pública no Brasil, a docente elegeu a pintura referente à reforma constitucional de 1934 (sobre a Constituição de 1824) como sua peça preferida do catálogo. “Nós estamos comemorando os 200 anos da nossa primeira Carta. Acho importante termos este registro aqui”.
A professora se somou aos elogios dos colegas à visita promovida pela AdUFRJ. “É importante nos conhecermos fora do cotidiano acadêmico. É um momento de confraternização”.
“Como engenheiro, chamaram minha atenção as várias maquetes que mostram como foi a evolução da paisagem do Rio de Janeiro”, disse o professor José Paulo Azevedo, da Coppe e Escola Politécnica. “Acho excelente a iniciativa desses passeios da AdUFRJ. Participei da visita à Pedra do Sal e já sei que haverá outros. Fico muito satisfeito que não paramos por aqui”.
Não paramos mesmo. Neste sábado (13), haverá um novo roteiro histórico-cultural pelo bairro do Catete, incluindo o Museu da República. As inscrições se encerraram na data do fechamento desta edição. O período de inscrições para os passeios de maio e junho será divulgado perto da realização das atividades.