Accessibility Tools

facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

137A8123Fotos: Fernando SouzaValorização dos servidores públicos, reforma da administração federal, inteligência artificial, mercado de trabalho e os impactos na economia global com a guerra tarifária iniciada pelo governo Donald Trump foram alguns dos temas em debate na roda de conversa da ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, com professores e estudantes no Teatro de Arena do campus Praia Vermelha da UFRJ, na tarde de segunda-feira (14). O encontro foi organizado pelo Instituto de Economia (IE) e pelo Centro Acadêmico Stuart Angel.
Com o Teatro de Arena lotado, a ministra se emocionou ao receber flores dos alunos do Instituto de Economia e, sempre sorridente, disse se sentir em casa no Palácio Universitário: “Para mim é muito importante estar aqui fazendo essa troca. Já participei da gestão federal de 2011 a 2016, voltei a atuar aqui no Instituto de Economia, e agora estou no governo de novo. A bagagem que você leva e traz de volta muda seu olhar em termos de experiência e de pesquisa, é enriquecedor. Tenho muito orgulho de ser professora da UFRJ”, disse ela, ao abrir a roda de conversa, ao lado do diretor do IE, professor Carlos Frederico Leão Rocha.
Em sua fala inicial, a ministra contou que a própria criação do MGI, neste terceiro governo Lula, sinalizou o compromisso do Executivo com a reconstrução do Serviço Público Federal, duramente atacado na gestão de Jair Bolsonaro. “Ainda na transição, o presidente Lula decidiu criar um ministério voltado para a gestão pública para remontar muitos instrumentos necessários ao desenvolvimento do país, depois do período de ataques que o Serviço Público sofreu na gestão anterior”, lembrou ela.
Esther destacou que o MGI tem entre as suas prioridades a valorização dos servidores públicos, a digitalização de processos e a reorganização da máquina estatal: “A realização de um concurso público unificado se incluiu nesse processo de retomada do papel do Estado e da valorização do servidor. O trabalho do governo é de reconstrução dos instrumentos de desenvolvimento”. A ministra respondeu a perguntas dos alunos em parceria com Norberto Montani Martins, assessor especial do MGI e, como ela, ex-aluno e professor cedido do IE.137A7819
Ela falou sobre o trabalho que vem sendo feito para resgatar o papel primordial do Serviço Público para o país, no momento em que o governo de Donald Trump vai na direção oposta, perseguindo e demitindo servidores federais. “Vemos com preocupação o que está sendo feito nos Estados Unidos. Tudo o que estamos fazendo aqui em termos de reforma do Estado nada tem a ver com a reforma administrativa prevista na PEC 32. Defendemos incondicionalmente a estabilidade do servidor porque ela é uma proteção do Estado. A volta dos concursos também tem a ver com o fortalecimento do Serviço Público. A área de Meio Ambiente, por exemplo, estava destruída, estamos recompondo os quadros”.
Os estudantes se revezaram ao microfone para fazer perguntas que foram desde o tarifaço do governo Trump à “pejotização” crescente nas empresas. David Ousmane, aluno do sétimo período de Economia da UFRJ, perguntou sobre os impactos da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho e como o governo federal atua na regulação das relações trabalhistas. “Acho que a IA vai diminuir trabalhos que são mais repetitivos e, por outro lado, vai abrir mercado de trabalho para a formação em novas competências. É um novo ciclo de tecnologia”, disse ela. “Sobre a guerra tarifária, como eu queria estar agora de volta na universidade para discutir isso! É um debate muito legal para as aulas”, comentou, arrancando risos da plateia.
Antes de deixar o Palácio Universitário, já atrasada para pegar o voo para Brasília, Esther ainda fez questão de conversar mais um pouco e posar para fotos com alunos do IE. Nada como se sentir em casa.

Topo