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IMG 8727Fotos: Alessandro CostaA UFRJ e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) celebraram, na sexta-feira (11), acordo para o financiamento de oito projetos de preservação e recuperação de acervos científicos, históricos e culturais da universidade, no valor total de R$ 15,6 milhões. O acordo foi assinado na sala de entrada do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, onde está o meteorito Bendegó, um dos símbolos da restauração do museu, consumido por um incêndio em setembro de 2018. Três dos oito projetos financiados são ligados ao Museu Nacional, com recursos da ordem de R$ 5 milhões.
“Quero agradecer profundamente à Finep por apoiar a preservação desses acervos, pois isso vai nos ajudar a cumprir duas missões: formar cidadãos e produzir e difundir conhecimento. O Museu Nacional faz isso com muita excelência”, disse o reitor da UFRJ, professor Roberto Medronho, que representou a universidade na cerimônia, ao lado do pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, João Torres, da coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura (FCC), Christine Ruta, e do diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner.
O presidente da Finep, Celso Pansera, disse que o apoio da agência abre um novo capítulo no incentivo à Ciência e à Cultura no país. “De 2016 a 2022, a Finep ficou quase à míngua. Já em 2023, com o governo Lula, tivemos um orçamento de R$ 9,8 bilhões, que foi a R$ 12,7 bilhões em 2024. Para este ano, teremos R$ 14,7 bilhões, o que nos permite fazer editais como este. Reservamos R$ 500 milhões para investimentos nessa linha de resgate de acervos, que contemplam também instituições como o Museu Histórico Nacional, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a Biblioteca Nacional”, anunciou Pansera.IMG 8743
A professora Christine Ruta destacou que o aporte da Finep beneficiará a recuperação de acervos importantes. “Há algumas raridades, de valor inestimável, como algumas espécies de nossa fauna, descritas por pesquisadores de nossa universidade. Uma delas é o ratinho-goytacá, que é endêmico na região de Macaé, no Norte Fluminense”, lembrou Christine. “Com apenas dez centímetros de corpo e endêmico das restingas fluminenses, ele revela a fragilidade e a riqueza da nossa fauna”.
A coordenadora do FCC citou obras valiosas do acervo documental da UFRJ beneficiadas pelos recursos da Finep: “Temos também uma das obras fundadoras da Ciência tropical, Indiae Utriusque Re Naturali et Medica, de Willem Piso. Escrita no século XVII, a partir da experiência do autor no Brasil, essa obra reúne conhecimentos de Botânica, Zoologia, Medicina e Etnografia, articulando saberes indígenas, africanos e europeus em um momento em que a ciência moderna ainda nascia”.

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