Mais de mil e cem professores participaram das eleições da AdUFRJ. Desse total, 738 escolheram o grupo da situação, liderado pela professora Ligia Bahia, para dar continuidade ao projeto político inaugurado em 2015.
A análise dos números da votação deste ano trouxe algumas novidades: ampliou percentualmente o alcance da Chapa 1 em comparação com o total de votantes e consolidou alguns nichos eleitorais dos dois grupos que disputaram a diretoria da AdUFRJ. Houve vitórias expressivas da situação no CCS 1 (Farmácia e Biologia) (74 a 1), no CCS 2 (IBCCF, IBqM, IMPG, INJC, IPPN, Nubea e Nutes) (88 a 12), nas duas urnas do CT (83 a 7 e 80 a 14) e no CCMN 1 (Física e Instituto de Química) (63 a 5). Já a oposição ganhou por larga margem apenas na Praia Vermelha 2 (ESS, IP, IPUB, INDC e NEPP-DH) (58 a 4) e no CAp (50 a 6).
“Apesar do voto presencial e em papel, o comparecimento foi expressivo”, avalia a presidente eleita, professora Ligia Bahia. “Contudo, é inadmissível a imposição de um procedimento que impede professores aposentados ou que estão viajando — para congressos ou bancas de tese — de participar da escolha da diretoria da AdUFRJ”, afirma Ligia Bahia.
O quórum, embora significativo, foi reduzido pela votação presencial determinada pelo Andes e atingiu os dois grupos políticos. O Colégio de Aplicação (CAp) um dos principais redutos da oposição e unidade da professora Renata Flores, candidata a presidente pela chapa 2, viu o total de votos cair de 89 para 57. Já a unidade da professora Lígia, o IESC, igualou a participação de dois anos atrás.
A urna de Caxias foi uma das poucas – a outra, o Nupem, em Macaé – a registrar aumento da votação. Foram 15 eleitores contra 9, de 2023. “Em 2025, foi a primeira eleição com uma candidata do Campus de Caxias na composição da chapa. Isso foi importante também na inscrição para o conselho de representantes. Estas candidaturas podem ter contribuído no aumento do número de votantes”, avalia a professora Luisa Ketzer, 2ª tesoureira eleita e ex-vice-diretora do campus Caxias.
No Nupem, houve 21 votos contra 19 da eleição anterior. Para Rodrigo Nunes da Fonseca, 2º tesoureiro da AdUFRJ e docente do Nupem, o olhar cuidadoso com a interiorização influenciou no resultado. “A diretoria atual realizou eventos e participou ativamente da vida dos associados de Macaé”, afirma.
OSCILAÇÕES
Algumas mudanças podem ser observadas nos números de 2025, quando comparados aos do último pleito. Mas, antes, é importante registrar que, nas eleições virtuais, as “urnas” eram atribuídas às unidades. Para este comparativo, foram somados os números daquelas que correspondiam às seções eleitorais físicas de agora.
A situação conseguiu “virar” o voto em três seções: Praia Vermelha 3 (Educação e ECO), Enfermagem e CCMN 2 (Computação, Geociências e NCE). A oposição “virou” na Letras e na antiga reitoria (EBA, FAU, IPPUR, Coppead).
Considerando a diferença de votos entre as chapas, a situação cresceu no CCS 1 (Farmácia e Biologia), no CT 1 (EQ, Coppe, IMA, Nides), no Nupem, em Caxias e no IESC, onde foi registrada a única vitória com 100% de aproveitamento: 16 a 0. Também pelo mesmo critério de diferença de votos, a chapa 2 cresceu apenas na urna que reuniu Direito e Observatório do Valongo.
CLIQUE NAS IMAGENS ABAIXO COM O BOTÃO DIREITO DO MOUSE E ABRA EM UMA NOVA GUIA PARA AMPLIAR