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WhatsApp Image 2022 06 10 at 19.47.31Fotos: Silvana SáDepois de 20 anos de espera, o Instituto de Física finalmente parece estar mais próximo da transferência de suas atividades para o novo prédio. A UFRJ foi contemplada em um edital do MEC de apoio a obras inacabadas. O financiamento de R$ 1,5 milhão será utilizado na climatização do edifício.

A verba já está na UFRJ e os documentos estão em análise na PR-3, informa o diretor do IF, professor Nelson Braga. “Passamos a documentação na segunda-feira, dia 6”, conta. “Já tínhamos um projeto em execução pela Coppetec, com verbas provenientes de emendas parlamentares e de recursos próprios da universidade, para implantação da rede de internet, telefonia e dados no prédio”, informa o diretor. “A Coppetec, então, fez uma atualização do Plano de Trabalho com um aditivo sobre a climatização do prédio. Nesse plano, consta o orçamento da obra para que a reitoria transfira o valor à fundação, que vai executar o projeto”.

Nelson Braga acredita que, com esta etapa concluída, a mudança aconteça em pouco tempo. “Precisamos aguardar o trâmite da abertura de licitação e a conclusão das obras, mas estou muito otimista de que agora temos um horizonte. Creio que em menos de dois anos essa mudança esteja concluída”.

O prédio novo do IF começou a ser construído em 2003. Uma série de problemas travou a obra na metade. A retomada aconteceu em 2010. A construção foi finalizada em 2014, mas somente em 2019 houve a ligação da energia elétrica. O novo edifício fica próximo ao CCMN, atrás do esqueleto do que seria um alojamento estudantil.

ELEVADORES
Esperança também para a comunidade que utiliza os andares superiores do Bloco A do CT. Denunciada na edição 1.227 do Jornal da AdUFRJ, a precária situação dos equipamentos parece estar com os dias contados. A universidade também foi contemplada em edital do MEC para ações de acessibilidade. O valor disponível para aquisição e instalação dos novos elevadores é de R$ 2 milhões. “É uma ótima notícia no meio de tantos cortes”, comemora o pró-reitor de Finanças, professor Eduardo Raupp. “O dinheiro já está disponibilizado para a universidade”, afirma Raupp.WhatsApp Image 2022 06 10 at 19.50.49

O superintendente do CT, Agnaldo Fernandes, acredita que até o final do ano o contrato para instalação dos novos elevadores esteja pronto. “Temos expectativa de ainda em 2022 termos um contrato assinado para resolver o problema”, diz.

Agnaldo conta que em março deste ano, em conversa com a PR-3 sobre alternativas para solucionar o caso, surgiu a possibilidade de pleitear os recursos ao MEC. “Orientados pela direção da PR-3, preenchemos um formulário com as justificativas e enviamos à pró-reitoria”, conta. “A equipe da decania concluiu o Estudo Técnico Preliminar. Agora, o processo está na fase de elaboração do Termo de Referência pela equipe da pró-reitoria de Gestão e Governança e a decania está fazendo a pesquisa de preços”, explica Agnaldo.

DESESPERO
A gota d’água da crise dos elevadores foi o incidente sofrido pelo professor Cláudio Cerqueira Lopes, titular do Instituto de Química. Ele ficou preso com outras quatro pessoas por mais de uma hora, no dia 10 de maio. A imagem do professor sentado no chão, passando mal, comoveu a comunidade acadêmica.

“Fico feliz e agradecido que minhas orações tenham sido ouvidas”, comemora o professor. “Este recurso é fundamental para preservar as vidas de estudantes, funcionários, professores e pessoas externas à UFRJ que entregam produtos e serviços para viabilizar atividades de ensino, pesquisa e extensão no Instituto de Química”, finaliza.

WhatsApp Image 2022 06 10 at 19.24.59 2Diretoria da AdUFRJ

A semana que se encerra com a confirmação da perda de mais verbas das instituições federais de ensino superior — só na UFRJ, são R$ 12 milhões — exige de todos nós uma postura firme em defesa da educação pública brasileira, alvo prioritário dos ataques do governo de destruição de Jair Bolsonaro. Se na segunda-feira (6), o Executivo confirmou o bloqueio de mais R$ 6,96 bilhões do orçamento da Educação, na quinta-feira (9), milhares de pessoas foram às ruas em pelo menos 50 cidades do país, em protesto contra os cortes. Que o agonizante governo Bolsonaro não se engane: não vamos nos calar diante dos seus desvarios autoritários.
Junto com outros sindicatos e entidades estudantis, a AdUFRJ participou ativamente da construção do ato do dia 9 no Centro do Rio (veja AQUI). E esse movimento será ainda mais forte daqui por diante. Vamos nos articular com outras entidades do campo democrático e formar fileiras contras os derradeiros desmandos deste governo que será varrido do Planalto nas eleições de outubro. No próximo dia 14, vamos fazer uma atividade conjunta com o SINTUFRJ e o DCE Mário Prata no ato Ocupa Brasília em Defesa da Educação Pública e Contra as Privatizações, que promete ser mais um marco em defesa do país.
Convocamos todos os professores da UFRJ a se engajarem nessa mobilização. Teremos nos próximos dias dois encontros importantes. No dia 15, nosso Conselho de Representantes vai referendar a escolha dos 14 novos docentes eleitos nos dias 6 e 7, reforçando essa vital instância do sindicato. E no próximo dia 22 vamos nos reunir em assembleia para debater os cortes nos orçamentos da Educação e escolher os nossos delegados ao 65º Conad do Andes, a ser realizado entre os dias 15 e 17 de julho na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista (BA).
Defender a educação pública, gratuita e de qualidade não é só participar de articulações políticas e de protestos, como a AdUFRJ tem feito e vai continuar a fazer. É também levar às ruas o que as universidades produzem em favor da vida e do desenvolvimento do Brasil: ensino, pesquisa e extensão. Por isso, no próximo dia 25, todos estão convidados a participar do evento UFRJ na Praça, no Parque Madureira. Com atividades lúdicas, vídeos, aulas, exposições e instalações, professores da UFRJ vão interagir com o público para mostrar como a Ciência está presente em nosso dia a dia e como as universidades podem ser acessíveis a todos. Confira mais detalhes AQUI.
Vamos ganhar as ruas, de todas as formas!
Boa leitura!

Um ato político fundamental hoje é fomentar a discussão política, cultivar o espírito crítico na sociedade e, especialmente, na universidade. Com essa ideia, a AdUFRJ promove um ciclo de debates sobre o papel da Educação, Ciência e Tecnologia no processo de reconstrução do Rio de Janeiro. A proposta é escutar e discutir ideias com lideranças políticas, acadêmicas e sociais do nosso estado. Os debates começaram em maio, com o deputado Marcelo Freixo, o presidente da Alerj, André Ceciliano, e as professoras Tatiana Roque e Dani Balbi. Na próxima segunda, teremos a presença do nosso colega professor Eduardo Serra, da Escola Politécnica.

Na sexta-feira (27), fomos atropelados por mais um drástico contingenciamento dos recursos da universidade. Àquela altura, já havíamos convidado o deputado Alessandro Molon para ser o próximo palestrante, no dia 30 de maio. Por sugestão do parlamentar, conseguimos transformar o encontro num contundente protesto contra os últimos cortes orçamentários. Além de Molon, participaram também o presidente de honra da SBPC, professor Ildeu Moreira, o ex-presidente da Academia Brasileira de Ciências, professor Luiz Davidovich, e a secretária regional da SBPC, professora Ligia Bahia. Juntos, todos disseram um sonoro não aos cortes.

A pressão parece ter surtido algum efeito, pois no fechamento desta edição, no fim da tarde de sexta-feira (3), o governo recuou e liberou metade dos recursos que já havia bloqueado. Veja mais detalhes na matéria da página 3.

São cortes ilegais. A lei proíbe expressamente que o FNDCT sofra limitação de despesas. Na UFRJ, a tesourada faz com que a universidade só tenha verba para funcionar até agosto.

As universidades são fundamentais para qualquer governo que queira construir uma sociedade mais justa e mais inclusiva. No entanto, órgão responsável pela gestão do ensino superior no país, o MEC sofreu severos e profundos cortes no atual governo. Corte de recursos, de eficiência e de confiabilidade. Estamos no quinto ministro da Educação e seria um difícil concurso saber qual deles foi o pior!

Ricardo Vélez queria mudar a forma como o golpe de 1964 é ensinado nos livros didáticos, queria que as escolas filmassem os alunos cantando o Hino Nacional. Colidiu com a ala olavista e foi substituído por Abraham Weintraub. Este afirmava que plantávamos maconha na universidade e que fazíamos orgias nos campi. A missão maior da universidade era fazer balbúrdia. Atacou a China e fugiu às pressas para os EUA para não ser preso. Foi substituído por Carlos Decotelli, que ficou uma semana no cargo por informações equivocadas no seu currículo Lattes. Depois veio Milton Ribeiro, o pastor que distribuía o dinheiro do FNDE a prefeituras ligadas a pastores evangélicos e ao Centrão. Pode-se dizer que era uma “era de ouro” no MEC, pois a propina era paga com barras de ouro pelo mesmo ministro que anda de Bíblia e pistola na maleta.

Temos que dar um basta nisso.

Vamos eleger um presidente comprometido com a ordem democrática e com políticas progressistas. Vamos eleger um senador pelo Rio de Janeiro que nos represente, e uma bancada federal e estadual que dê suporte a um governo democrático. O papel da AdUFRJ é atuar junto às demais forças progressistas e sindicais, somando esforços com partidos e movimentos sociais, para articular a derrota do bolsonarismo, a valorização do trabalho docente, a defesa da universidade pública e a reconstrução do Brasil. Vamos juntos!

Boa leitura!

Por Estela Magalhães

 

O orçamento das universidades despencou 62% em apenas sete anos, segundo levantamento do Observatório do Conhecimento, rede nacional de associações docentes liderada pela AdUFRJ. Os dados comparam o cenário do MEC entre 2014 e 2021 e foram apresentados em audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, na última quinta-feira. A vice-presidente da AdUFRJ, professora Mayra Goulart, participou do evento.

“Os cortes indicam um posicionamento do Governo Federal de desestímulo à pesquisa, à tecnologia e ao ensino público superior”, argumenta Mayra. Ela pondera que os números refletem a desvalorização da universidade na gestão Bolsonaro.

Júlia Bustamante, economista do Observatório do Conhecimento, participou da audiência e apresentou os dados da pesquisa que indicam uma perda acumulada de quase R$ 100 bilhões no orçamento da Ciência, Tecnologia e Educação nos últimos sete anos.

”Investir no desenvolvimento científico é um caminho não só para o crescimento econômico, mas também para redução de desigualdades e para melhora do bem-estar da população. Esse gasto certamente não se restringe ao setor público ou aos pesquisadores”, analisa Júlia.

Em resposta ao bloqueio de recursos, o deputado Zé Neto (PT-BA) convocou e conduziu a audiência pública. “Com a pandemia, vimos o quanto foi importante o investimento tecnológico. Em pouco tempo, vimos os cientistas buscando a solução para o mundo e tudo isso só é possível com investimento”, diz.

O secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Sérgio Freitas de Almeida, também participou do encontro e tentou justificar os cortes, argumentando que a tesourada não se restringiu à Educação e que não se trata de um contingenciamento. “É um bloqueio. É um mero impedimento da emissão de notas de empenho. A nossa visão é de que isso é temporário e que o orçamento será recomposto ao longo do 2022”, declara.

MAIS AUDIÊNCIA
Na segunda-feira (6), a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados promove uma nova audiência pública sobre a situação das universidades federais brasileiras com relação aos cortes orçamentários. O evento será transmitido pela internet e terá participação do Observatório do Conhecimento.

Estela Magalhães

 

Na terça-feira (31/5), servidores públicos se mobilizaram em todo o país em atos pelo reajuste salarial de 19,99% — percentual referente às perdas durante o governo Bolsonaro. A professora Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ, participou do ato em Brasília. “A sociedade civil, os professores, os alunos, os técnicos e outros servidores públicos federais estão unidos pressionando o governo por essa recomposição e pela valorização das universidades”, disse Mayra.

Em manifestação nas ruas da capital, o professor David Lobão, coordenador-geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), falou sobre a greve do sindicato, mobilizada desde o dia 16 de maio: “Essa é a luta em defesa da educação brasileira federal, que está sendo atacada a cada dia com diversos projetos reacionários e conservadores que atravessam a nossa história, barrando aquilo que construímos de melhor nos últimos anos na educação brasileira”.

O ato se estendeu à Câmara dos Deputados, onde uma mesa de debates reuniu parlamentares e representantes de entidades sindicais. Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), denunciou os ataques do atual governo aos servidores públicos na abertura da mesa. “O país nunca precisou tanto do Serviço Público, mas, por incrível que pareça, o Serviço Público nunca foi tão atacado no Brasil como no governo Bolsonaro”, disse ele. O dirigente destacou que hoje o Brasil tem menos servidores públicos do que em 1991, segundo dados do Boletim Estatístico de Pessoal. “Um período em que a população do Brasil cresceu 40% e o número de servidores diminuiu. É inadmissível tudo isso”, completou.

O posicionamento do ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse ser possível um ajuste de apenas 5%, também foi criticado. “Muito abaixo dos 20% que são legítimos, justos e necessários para servidoras e servidores. Bolsonaro vive de mentir e de tentar colocar a população contra os servidores”, disse a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que é servidora pública.

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