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WhatsApp Image 2022 07 22 at 19.23.18DEBATE contou com Guilherme Coelho, Thais Aguiar (mediadora), Eduardo Valdoski e José Cardoso Jr. - Foto: Fernando SouzaEstela Magalhães

“Abordamos o assédio institucional como um conjunto de ameaças, constrangimentos e desqualificações operadas contra os servidores públicos e as organizações públicas”, afirmou José Celso Cardoso Jr., do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em debate realizado no IFCS, dia 18. O economista é um dos organizadores do livro “Assédio Institucional no Brasil: Avanços do Autoritarismo e Desconstrução do Estado”, lançado durante o evento realizado pelo Observatório Político e Eleitoral.
A obra reúne 20 artigos assinados por 51 pesquisadores de instituições e universidades brasileiras. “O assédio institucional não está circunscrito ao serviço público. O que está em curso é a tentativa de instauração de um governo de viés autoritário”, disse Cardoso Jr. “É o caso do Ibama, um dos órgãos mais assediados da República, que passou a não multar os casos de incêndio. Ou seja, os servidores passaram a ser orientados a fazer o contrário daquilo para o qual o órgão foi criado”, completou.
O debate também contou com a participação de Guilherme Coelho, fundador do República.org, instituto que apoia o desenvolvimento da gestão de pessoas do serviço público brasileiro. “Temos que pensar no Estado de uma nova maneira. Ele precisa ser presente e competente, e isso se dá por meio das pessoas. Os profissionais públicos precisam ser respeitados e responsivos às nossas urgências”, diz.
Eduardo Valdoski, secretário-executivo do Observatório do Conhecimento — rede de sindicatos e associações docentes (entre elas, a AdUFRJ) —, apresentou dados da pesquisa inédita da organização sobre os riscos à liberdade acadêmica no Brasil. “Mais de um terço dos pesquisadores que participaram desse trabalho já se autocensuraram, já deixaram de fazer determinado enfoque da pesquisa com medo de alguma retaliação e assédio”, disse — leia mais sobre a pesquisa AQUI

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