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O segundo dia de reunião do setor das Instituições Federais de Ensino vinculadas ao Andes, em Brasília, é marcado pela discussão de um calendário de atividades para a Campanha Salarial 2024. Este mês de agosto é um marco para o envio da Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) e os servidores pressionam para que conste no projeto o próximo índice de reajuste salarial.

O problema é que o Andes quer marcar uma paralisação como forma de pressão. Expediente ao qual a diretoria da AdUFRJ é frontalmente contrária. "Estamos num contexto em que a gente tem a sociedade civil contra nós ainda. Bolsonaro obteve quase 50% dos votos. É uma sociedade que acha que professor não trabalha. Quando a gente faz greve, a gente se afasta da sociedade. Os nossos alunos ficam contra a gente, os outros colegas ficam contra a gente", ponderou a professora Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ.

A docente também criticou a falta de análise de conjuntura, que impede a identificação dos atores mais próximos ao governo para sensibilizá-los sobre as reivindicações dos professores. "Qual é a correlação de forças, com quem a gente deve falar, como está o Congresso Nacional nessas últimas semanas?", questionou. "O governo está promovendo uma reforma ministerial para aumentar a correlação de forças pró-governo. A gente não discutiu isso também", pontuou a cientista política.

Por fim, Mayra sublinhou a necessidade da atuação do sindicato junto aos tomadores de decisão - estratégia seguida pela AdUFRJ e pelo Observatório do Conhecimento em agendas na capital federal. "Quero deixar claro que a AdUFRJ é contra essa paralisação e contra a forma que essa discussão está sendo conduzida".

Mario Ruiz Cardoso, coordenador do setor das federais, deixou clara a postura do Andes. Ele indicou que a diretoria do sindicato não concorda com a estratégia de atuação junto aos tomadores de decisão. "Não concordamos com essa leitura de conjuntura (que reforça a importância do diálogo com diferentes forças políticas)”. Segundo ele, o Sindicato Nacional defende formas mais tradicionais que envolvem a paralisação e atos em Brasília.

Na parte da tarde, o setor deve definir o calendário de ações para as próximas semanas.

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