Os alunos da EEFD compareceram ao Consuni para cobrar uma solução. “Quais as ações emergenciais da reitoria para o retorno das aulas? Somos contra as aulas remotas”, afirmou a presidenta do Centro Acadêmico da Dança, Mayara Ramos. “Quero ter o direito de estudar”.
A reitoria respondeu que uma das medidas emergenciais depende de apoio do governo. O Escritório Técnico da Universidade (ETU) calcula que R$ 1,9 milhão seja a verba necessária para o escoramento da cobertura da escola. “Já solicitei à SESu (Secretaria de Educação Superior do MEC) que nos repasse essa verba”, disse o reitor Roberto Medronho.
A administração central também aguarda até o fim desta semana o resultado de um laudo técnico do ETU sobre o bloco que não foi afetado. Se liberado, haverá uma realocação dos alunos para ocupar o espaço. Já o bloco em que houve a queda não poderá ser utilizado até a conclusão das obras de escoramento. Enquanto isso, outras unidades estão sendo sondadas para emprestar salas.
COLÉGIO DE APLICAÇÃO
A crise do Colégio de Aplicação também tomou parte da discussão. Há sete meses, a sede Fundão, onde funcionava a educação infantil da unidade, está interditada por questões de segurança — conforme noticiado na nossa edição nº 1.266. Alunos e servidores foram transferidos de forma improvisada para a sede da escola na Zona Sul. “Temos 57 crianças matriculadas e apenas 26 frequentando. Essas crianças estão impossibilitadas de continuar na escola, pois não conseguem se deslocar até a Lagoa”, criticou a técnica-administrativa Cristiane Suzart.
A reitoria estuda alocar o segmento de educação infantil do CAp na antiga BioRio. “Precisamos de verba suplementar, que já solicitamos à SESu, para a construção desse espaço”, disse Medronho. “No caso da volta para o IPPMG, teremos que fazer uma obra de R$ 10 milhões para recompor todo o telhado”.
O quadro é dramático. Faltando três meses e meio para o final do ano, a administração central já está “raspando o cofre”. “Situação muito difícil. Temos lutado junto ao MEC para alguma suplementação orçamentária. Não temos tido sucesso. Estamos num esforço muito grande para manter as atividades essenciais”, afirmou o pró-reitor de Finanças, Helios Malebranche.