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WhatsApp Image 2023 07 28 at 10.18.59 2Foto: Divulgação/CoppeIgor Vieira

Na segunda-feira (24), dirigentes de estatais, secretários de governo, pesquisadores, políticos e empresários se reuniram no auditório da Coppe para a posse da nova diretora, a professora Suzana Kahn, e do vice-diretor, professor Marcelo Campos. A cerimônia mostrou o peso da Coppe e sua capacidade de aglutinar forças.
Em seu discurso, a diretora confirmou que o vice-diretor não será apenas um “substituto eventual”, e sim uma espécie de primeiro-ministro. Ela considera que o trabalho do grupo Agrega Coppe, que compôs sua chapa, foi essencial para “conhecer todos os problemas da Coppe”. A professora também se comprometeu com o tripé pesquisa, ensino e extensão.
Um assunto presente em diversos discursos foi o relatório da empresa Elsevier divulgado naquela manhã: a produção científica caiu 7% no Brasil em 2022, comparativamente a 2021, sendo a primeira queda desde 1996. Para a nova diretora, a produção científica é essencial para a prosperidade do país. Ela destacou motivos que explicam esse triste dado. “Desde a pandemia, o número de alunos interessados em mestrado e doutorado foi muito reduzido. Além disso, houve uma grande descontinuidade de bolsas”.
Suzana Kahn considera atrair alunos uma prioridade da sua gestão, seja para pesquisar ou empreender. Mais bolsas são necessárias, e o financiamento público é pequeno. “Há investimento para o que fazemos aqui, de empresas, do terceiro setor, bancos de fomento, petrolíferas. Temos diversos laboratórios feitos em parceria com empresas como a Petrobras”, esclareceu.
O vice-diretor confirmou as expectativas da sua colega de chapa sobre o papel do Brasil e do instituto na inovação. “Daqui saem soluções de baixo carbono, construções sustentáveis, biotecnologia, vacinas, mudanças que impulsionam as necessidades que a sociedade espera. Temos todas as condições necessárias para mais quatro anos gloriosos”.
Marcello Campos agradeceu a presença dos parceiros da Coppe, como a secretária de Ciência e Tecnologia da Prefeitura do Rio, Tatiana Roque; o secretário-executivo do MCTI, Luis Fernandes; a diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Symone Araújo; que estavam juntos na mesa com o reitor Roberto Medronho e a vice-reitora Cássia Turci.
O ex-diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, também discursou. “Foram anos de pandemia e governo Bolsonaro. Por ano, tínhamos metade das verbas de 10 anos atrás”, lamentou o ex-diretor, que teve a própria Suzana Kahn como vice nessa era sombria da universidade federal e da federação. “Me alegro ao encerrarmos 2022 com uma receita 10% superior à de 2019, e em 2024, será 30% maior”, comemorou. Romildo agora dirige o Parque Tecnológico.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, também estava na mesa. “A Coppe é um parceiro de longa data da Petrobras. Nossas histórias são indissociáveis”. Segundo ele, os contratos entre empresa e instituto totalizam meio bilhão de reais. “Os números não captam a importância da Coppe para a Petrobras e para a Engenharia brasileira”
O reitor Roberto Medronho parabenizou a nova diretora e elogiou a unidade, reforçando sua importância também na pandemia. “Vários funcionários da Coppe integraram o GT Coronavírus, em 2020. Aqui, produzimos ventiladores mecânicos quando não havia nenhum no mundo no ápice da pandemia”, relembrou Medronho.

MULHERES NO COMANDO
Dos nove integrantes da mesa da cerimônia, apenas três eram mulheres, notou Symone Araújo, da ANP. “Da população brasileira, as mulheres representam 48%. Na mesa, somos apenas um terço. Torço para que a Universidade, a Agência e a Coppe representem a composição da sociedade”, desejou Symone.
A diretora da ANP contou que ela, a segunda mulher no cargo, galgou seu caminho na vida graças à educação. “Fiz mestrado e doutorado na universidade pública, já fui professora substituta, e espero poder um dia devolver tudo que aprendi aqui”.
A esperança de Symone se alinha com a expectativa de Suzana, sua amiga pessoal. “Na diretoria da Coppe, até há uma equidade. Todas são competentes; temos que liderar pelo exemplo, para que mulheres e meninas se sintam estimuladas”, declarou a nova diretora.

PRESENÇA
DA ADUFRJ
WhatsApp Image 2023 07 28 at 10.18.59 3Os docentes presentes à cerimônia foram bem recebidos pelo funcionário da AdUFRJ Belini Souza, que distribuiu pastas e informes da AdUFRJ, além de muita simpatia. Na foto, a vice-reitora Cássia Turci, que esteve na mesa da posse, recebe uma pasta com brindes.

25 MGI bol2O Andes criticou a postura do governo durante a Mesa Nacional de Negociação Permanente — que reúne representantes de entidades nacionais dos servidores, centrais sindicais e nove ministérios — no último dia 25. A bancada sindical cobrou a revogação de nove medidas da gestão Bolsonaro que prejudicam o funcionalismo público, mas só houve avanço em duas delas.
“Nessa reunião, tivemos avanços em apenas dois pontos, como a licença para mandatos classistas, sem ônus para as entidades e com ônus para a União, e a consignação sindical, que é uma medida que ataca a autonomia sindical”, disse a profesora Raquel Dias, 1ª vice-presidente do Andes. Sobre consignação, a intenção é desburocratizar a forma com que servidores e servidoras se filiam hoje, via aplicativo Sou.Gov. As entidades afirmam que o formato atual dificulta a adesão aos sindicatos.
Sobre os demais tópicos, como a instrução normativa que proíbe o direito de greve dos servidores, não houve sinalização positiva. “Não dá para aceitar a manutenção da Instrução normativa nº 54. Aquela que proíbe que a gente faça greve, aquela que ameaça cortar nossos salários”, reforçou o coordenador geral do Sinasefe (sindicato de servidores da educação básica e tecnológica), David Lobão.
Para mudar este cenário, a aposta é na mobilização. Os fóruns de servidores convocaram para 1º de agosto uma Plenária Nacional, que ocorrerá em meio remoto, para tratar da Campanha Salarial de 2024. No dia 4, quando ocorrerá a próxima reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente, as entidades sindicais orientam para a realização de um Dia Nacional de Lutas nos estados e na capital federal.
Para avaliar a reunião do dia 4, a previsão é que seja realizada uma rodada de assembleias nas seções sindicais, entre 7 e 11 de agosto. Em seguida, haverá uma reunião do Setor das Federais, nos dias 12 e 13 de agosto, na sede do Andes, em Brasília (DF). Vice-presidente da AdUFRJ, a professora Mayra Goulart ressalta que a Diretoria está acompanhando este processo com atenção. “Estarei em Brasília na próxima reunião do setor das federais para representar as demandas dos professores da UFRJ”, disse.
Mayra também indicou preocupação com relação ao posicionamento oposicionista da atual diretoria do Andes. “Há um risco de criar oportunidade para que atores de extrema direita se fortaleçam a partir da crítica ao governo do Partido dos Trabalhadores”.
(com informações do Andes e do Sinasefe)

sougovTodos os servidores públicos federais, ativos ou aposentados, devem atualizar (ou validar) seus dados cadastrais no aplicativo SouGov.BR até 31 de julho. Quem não realizar o procedimento até a data não conseguirá depois acessar os serviços disponíveis pelo app, como contracheque, requerimentos ou consignações, entre outros.Será possível entrar no aplicativo, mas somente após a atualização eles voltarão a ficar liberados.
Os dados dos servidores serão utilizados para a construção de políticas públicas voltadas à gestão de pessoas na Administração Pública Federal, explica a assessoria do Ministério da Gestão. “Além disso, a conformidade das informações inseridas no sistema de gestão de pessoas mitiga riscos de pagamentos indevidos, causados por informações inconsistentes”, diz um trecho da resposta à reportagem.
Questionado sobre a razão de os aposentados — que realizam prova de vida todos os anos — também precisarem fazer a atualização, o ministério respondeu que a validação dos dados cadastrais é um procedimento diferente do processo de Prova de Vida. “Está previsto para setembro de 2023 que a prova de vida – que é condição para continuidade do pagamento do benefício – passe a ser pela plataforma SouGov.Br e a atualização cadastral facilitará esse processo”.
A validação dos dados cadastrais exclusivamente pelo SouGov.BR também evita que os aposentados precisem se deslocar até uma unidade de gestão de pessoas, com gastos próprios e dispêndio de tempo, apenas para validar ou atualizar dados de contato. “Dados esses que já estão cadastrados no sistema, mas que precisam de manutenção constante”.
Até o dia 14 de julho, já foram realizadas 15.553 (71,68%) validações cadastrais de agentes públicos na UFRJ, entre ativos e aposentados. O ministério não conseguiu fazer o levantamento detalhado entre professores até o fechamento desta edição.

WhatsApp Image 2023 07 20 at 20.16.44 2Foto: Fernando Souza/Arquivo AdUFRJO professor Carlos Frederico Leão Rocha será candidato único na eleição para a direção do Instituto de Economia. Leão Rocha, vice-reitor na última reitoria e reitor em exercício de janeiro a julho de 2023, quando a professora Denise Pires assumiu o cargo de Secretária de EducaçãoSuperior no MEC, Fred terá um mandato de quatro anos no IE. “Estou voltando para minha casa na UFRJ e fiquei muito feliz com o convite dos meus colegas para dirigir o Instituto”, conta o docente, também ex-vice-presidente da AdUFRJ, entre 2015 e 2017. “Uma das minhas grandes satisfações é que será uma eleição de chapa única, o que sinaliza a unidade do Instituto no compromisso com a UFRJ. A edição retrasada do Jornal da AdUFRJ traz entrevista com o ex-reitor. Leia aqui file:http://bit.ly/3D9ywRo

RICARDO MARCELOPresidente da Andifes - Imagem: reprodução do InstagramAcabar com a lista tríplice da eleição de reitores é o objetivo de uma proposta da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) entregue, esta semana, ao ministro da Educação, Camilo Santana. Em entrevista concedida à comunicação da ADUFRJ, o professor e presidente da Andifes, Ricardo Marcelo Fonseca, informou que as intervenções nas universidades realizadas durante o governo Bolsonaro estimularam a iniciativa. O Observatório do Conhecimento,  rede de associações e sindicatos docentes hoje coordenada pela AdUFRJ,  participou da articulação do projeto de lei.  Confira a seguir:

As intervenções nas universidades realizadas pelo governo anterior contribuíram para a apresentação desta proposta?
Sim. A comunidade universitária tem por tradição a gestão democrática. No último governo, houve casos de nomeação de dirigentes com pouquíssima legitimidade frente à sua comunidade universitária. E isso acabou unindo praticamente todas as entidades de docentes, estudantes e técnicos ligados à esfera da educação pública superior para a mudança da legislação da lista tríplice.

A proposta diz que o processo de votação será decidido em cada instituição. Isso quer dizer que poderemos ter eleição com voto paritário ou voto universal?
O parágrafo primeiro do artigo primeiro da minuta proposta busca valorizar a autonomia universitária, prevista na Constituição Federal, dando às instituições essa faculdade de decidir como fazer a eleição — agora não será mais consulta ou pesquisa — pelas suas comunidades internas. O sistema das universidades federais é bastante heterogêneo neste aspecto. Deixar isso ao arbítrio de cada uma parece ser a melhor medida.

O texto também prevê que caberá ao colégio eleitoral "homologar" os nomes escolhidos na votação da comunidade. Nesta instância, com maioria docente, não haverá nenhuma possibilidade de mudança?
Não, ele não pode recusar; deve só olhar a regularidade formal da eleição. E, estando regular, deve homologar. Fizemos a proposta de modo a não confrontar com a LDB. A ideia é mudar a lei 9.192/95 que disciplinou especificamente a escolha de reitores. A disposição que fala que 70% dos colegiados tem que ser composta por docentes está na LDB. O conjunto dos reitores entendeu que era melhor mexer apenas na questão da lista tríplice, garantir a autonomia da universidade e manter a integridade da LDB.

Qual a expectativa de transformação da proposta em lei nesta legislatura?
Tudo isso depende de injunções políticas que não controlamos, mas dada a força dos nossos argumentos e dada a importância do tema, estamos confiantes. No Parlamento atual, cuja configuração não é exatamente progressista, optamos pela simplicidade. É uma mudança pontual que garante a autonomia universitária, acaba com a fragilidade jurídica de muitos processos de escolha de reitor hoje existentes e, a exemplo do que acontece nos institutos federais, elimina a lista tríplice.

REITORES ELEGEM
NOVA DIRETORIA
DA ANDIFES
Nesta sexta-feira (27), às 11h, duas chapas disputam a Diretoria Executiva da Andifes para a gestão 2023-2024. São candidatas a presidente as professoras Márcia Abrahão Moura, reitora da UnB, pela chapa A; e Joana Angélica Guimarães da Luz, da Universidade Federal do Sul da Bahia, pela chapa B. A eleição será presencial, em Curitiba (PR), que recebe a Reunião Anual da SBPC. Votam todos os reitores das federais ou seus vice-reitores.

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