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WEBCOTAVReunião CEG/CEPG aprovou proposta da Cotav - Foto: Elisa MonteiroOs colegiados acadêmicos CEG e CEPG aprovaram, dia 29, a proposta da Comissão Temporária de Alocação de Vagas (Cotav) do próximo concurso docente. A decisão agora é do Conselho Universitário, marcado para quinta-feira, 12.
Os números finais demonstram que não haverá margem para a expansão de qualquer unidade. E uma parte delas sequer vai recuperar as vacâncias sofridas desde 2017, quando houve a última distribuição – única na gestão do ex-reitor Roberto Leher.
Quarenta e seis unidades solicitaram 661 novos professores e registraram 264 vacâncias nos últimos dois anos. Mas a reitoria confirmou que só poderão ser feitos 120 concursos de forma imediata. Outros 106 seriam realizados “à medida que surjam novas aposentadorias” (confira na tabela abaixo). Foi o que informou a presidente da Comissão, professora Mônica Moreira, durante a sessão CEG/CEPG. “Na última edição da Cotav, distribuímos 277 vagas”, frisou.
Uma das principais polêmicas diz respeito à Medicina e à Coppe, unidades que vão receber menos de 50% das vacâncias sofridas.
“Tivemos 31 vacâncias, mas recebemos duas vagas. Não chegamos a 10% da demanda”, interveio a professora Nathalie Canedo, da Medicina e representante do Centro de Ciências da Saúde no CEG, durante a sessão conjunta. Já a Coppe teve 16 vacâncias e só ganhou uma vaga.
Mônica Moreira lamentou o prejuízo para os cursos. Sobre a Medicina, destacou a “visibilidade social” da graduação para a universidade. Já em relação ao Centro de Tecnologia, frisou ser o centro que “mais está envelhecendo, seguido pelo CCS e CCMN”. Para exemplificar, citou o maior peso do abono permanência: 27,7% do atual quadro docente do CT, contra 18,5% no caso do CCS e 18,1%, no CCMN.
Cursos menores também se julgaram preteridos. A diretora do Instituto de Macromoléculas (IMA), professora Maria Inês Tavares, relatou ter cedido um docente ao Instituto de Química em 2016. Mas a reposição foi negada na Cotav de 2017. O IMA esperava reverter a perda na nova rodada de concursos de 2019. A pressão é reforçada pela iminência de uma aposentadoria compulsória (de 75 anos) em 2020. “Não ficamos com nenhuma vaga, nem na primeira nem na segunda lista”, lamentou a docente. “Temos cinco aprovados em edital vigente. Não haveria sequer custo para a universidade de um novo concurso”.
Em entrevista à Adufrj, a professora Mônica explicou alguns princípios que nortearam a partilha deste ano. “Infelizmente, mesmo tendo muito trabalho, unidades sem vacância não foram cobertas. Temos unidades com 16 aposentadorias. Não seria justo tirar uma vaga delas para dar a outra sem nenhum aposentado". Foi o caso do Instituto de Macromoléculas "Ficamos sensibilizados, é uma pós-graduação nível sete, mas só tínhamos 226 vagas para distribuir.” Outro ponto que guiou os trabalhos da Cotav foi não avaliar as solicitações das unidades que não enviaram relatórios.
Conselheiros expressaram preocupação com o “cobertor curto”. “Não existe solução possível para a Cotav, porque temos um problema impossível. E que só vai piorar: a universidade está envelhecendo, com uma substituição de um concurso para cada duas aposentadorias. Se os docentes mais jovens passarem toda a vida na instituição, teremos que sobreviver com metade do corpo docente em trinta anos”, resumiu Gregorio Munoz, representante do CCMN no CEPG.

RESERVA TÉCNICA
A reitoria ainda conta com uma reserva técnica para ajustes. Em edição anterior do Jornal da Adufrj, a administração central informou que destinaria suas 13 vagas para a reposição do campus Macaé.

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