
Originário do povo Potiguara, da Paraíba, o docente desenvolveu e implementou a disciplina de Psicologia Indígena na UFRJ. “Re-amazonizar o Brasil é lembrarmos do nosso compromisso ético-político como universidade. É o comprometimento dos nossos projetos de extensão e de pesquisa com o reflorestamento, no combate a biopirataria e a promoção da saúde mental dos povos da terra”, alertou Neto.
A professora Ivana Bentes, pró-reitora de Extensão, exaltou o diálogo dos debates propostos no Festival com os temas que serão discutidos por líderes de todo o mundo na COP 30 em novembro. “O prefixo ‘re’ tem a ver com o futuro. É a Amazônia que vai salvar o Brasil, recolocar a questão ambiental no projeto desenvolvimentista, recolocar o meio ambiente no centro de uma discussão de sociedade”, disse a docente. “A proposta é pensar a floresta como laboratório de bioinvenção do planeta”, completou.
Segundo o reitor Roberto Medronho, cuidar da Amazônia é cuidar do Brasil e do planeta. “Re-amazonizar é resgatar o valor da vida em todas as suas formas, reconstruir uma relação de respeito com a natureza e assumir que o desenvolvimento só é verdadeiro quando é justo, inclusivo e regenerativo”, explicou. “Falar em re-amazonizar o Brasil é falar da nossa identidade mais profunda”, realçou Medronho.
A defesa da Amazônia como uma questão de soberania nacional foi apontada pela professora Christine Ruta, coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura. “Esse é um tema central. Mais que uma questão ambiental, a defesa da floresta é um tema político, cultural e social”, afirmou Ruta.
As mesas do Festival do Conhecimento são transmitidas pelo canal do Youtube ExtensãoUFRJ.