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Sindicatos, professores, estudantes e movimentos sociais participaram na sexta-feira do ato “Educação, emprego e aposentadoria” em Brasília, onde ocorrem os encontros anuais do Andes – o Conad –, e da UNE.  A manifestação terminou com uma grande concentração em frente ao Congresso Nacional. “As pautas não estão isoladas. O que vemos nos países em que a extrema direita venceu é um projeto regressivo. Enquanto não conseguem dar respostas aos problemas da crise e do desemprego, avançam em decretos autoritários como o ataque à autonomia universitária”, disse o presidente do Andes, Antonio Gonçalves. “Nesse momento, o governo discute a portas fechadas com pró-reitores um projeto de reforma universitária que nada mais é que um ‘vire-se, porque daqui não sai mais dinheiro para educação’”, completou. “Foi um ato grande e importante. Os estudantes, à semelhança do que fizeram no 15M, dão o toque especial à defesa da educação, unindo bandeiras fundamentais como universidade, emprego e aposentadoria”, disse o professor da Faculdade de Farmácia da UFRJ, Hélio de Mattos, um dos representantes da Adufrj no Conad. “Estamos aqui para dizer que nossos pensadores Paulo Freire e Anísio Teixeira ajudaram a construir o Brasil”, disse a presidente da UNE, Marianna Dias. “Queremos universidade para estudar, emprego para viver e acesso à aposentadoria, porque ninguém merece trabalhar até morrer”, afirmou. REFORMA A aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara na noite de quarta-feira gerou impacto sobre o 64º Conad (Conselho Nacional das Seções Sindicais do Andes). Na abertura do encontro, as perdas para os trabalhadores dominaram as falas. “O Conad está começando um dia depois da votação da reforma da Previdência, que não esperávamos nessa intensidade e velocidade. É positivo que ele esteja refletindo isso”, avaliou a vice-presidente e delegada da Adufrj, Lígia Bahia. “À medida que o debate avança, a divisão fica clara: os que consideram o governo forte falam em coesionar e ampliar a base e os que consideram o governo fraco avaliam que as forças de esquerda são culpadas pela pouca mobilização”, acrescentou. O presidente do Andes destacou a organização e a mobilização como principais tarefas frente ao cenário político. Para Antonio Gonçalves, em seis meses de governo, foram muitos os ataques à classe, mas as mobilizações de 15 e 30 de maio pela educação foram “momentos importantes que merecem reflexão como balanço positivo”. O presidente da Adunb (seção sindical dos professores da UNB), Luis Antonio Pasquetti,  anfitrião do encontro, defendeu a manutenção do que foi feito no primeiro semestre, com “firmeza na luta contra o retrocesso no direito dos trabalhadores, especialmente na educação”. Sobre a reforma da Previdência, o docente enfatizou o efeito sobre as camadas mais vulneráveis da população. “Vimos a burguesia brasileira nos impondo uma grande derrota para a aposentadoria dos trabalhadores, especialmente para os de ofícios mais simples”, disse. O encontro do Andes na capital federal reúne até domingo (14) 50 delegados, 120 observadores de 58 seções sindicais, 38 diretores do Andes e 210 docentes.

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