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Faculdade de Educação divulga homenagem a aluno assassinado

Samantha Su. Estagiária e Redação

Os professores, funcionários técnico-administrativos e alunos da Faculdade de Educação da UFRJ divulgaram, na página eletrônica da Unidade, uma homenagem ao estudante Alex Schomaker Bastos, morto durante uma tentativa de assalto nas proximidades do campus da Praia Vermelha, em 8 de janeiro. “Em comunhão com a humanidade e o cosmos, Alex partiu em busca da sabedoria que não encontrou no mundo dos vivos, mas que certamente o espera ‘acima dos rubis’.  Que seu exemplo de integridade e determinação, além de seu amor ao conhecimento, seja inspiração para o fortalecimento de laços acadêmicos e humanitários na UFRJ e fora dela. Na contramão da desumanização que produz e naturaliza tragédias como a de sua perda violenta e prematura, nós, professores, pesquisadores e funcionários da Faculdade de Educação, reafirmamos nosso compromisso de formar professores e pesquisadores comprometidos com a produção de conhecimentos que fundamentem uma sociedade mais justa e uma escola pública democrática e de qualidade. Repudiamos, veementemente, a violência que nos rouba diariamente dezenas de jovens e não daremos trégua às autoridades até que garantam segurança no interior e no entorno de nosso campus. Chega de descaso!”, diz um trecho.

Para tentar dar conta de reivindicações como esta, a Prefeitura Universitária informou que o 2º Batalhão de Polícia Militar, de Botafogo, irá aumentar o patrulhamento da região com motocicletas. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, aproximadamente 20 policiais circularão pela área. Além disso, uma viatura deverá ficar parada na entrada do campus da PV.

Segurança também afetada pela crise orçamentária

Em outubro de 2014, como noticiado pelo Jornal da Adufrj, após a repercussão de casos de assédio no mesmo local, a Prefeitura Universitária disse que instalaria câmeras de segurança na entrada do campus. Segundo o prefeito Ivan Carmo, as câmeras já foram compradas, mas ainda faltam os cabos e o sistema de transmissão de dados. Ele destacou: “É de notório conhecimento que estamos em um período de contingenciamento de recursos imposto pelo governo federal, mas a meta é de instalação de câmeras até o fim de março”. 

DCE cobra outra política

O DCE Mário Prata manifestou preocupação com o tempo de implantação do sistema de vigilância. O Diretório divulgou em sua página outras sugestões, como a criação de concursos públicos para uma guarda desmilitarizada com o objetivo de: “atender às demandas de cada campus, combatendo a precarização da DISEG (Divisão de Segurança da UFRJ) e dando melhores condições de trabalho à divisão, por meio de renovação de quadro, troca e regularização de equipamentos”, diz o texto. Os estudantes também reivindicam melhor iluminação nas imediações e um sistema de transporte (municipais, intermunicipais e intercampi) que permita uma regular circulação de pessoas.

No último dia 29, a diretoria da Adufrj-SSind divulgou uma moção de apoio à Asduerj e à comunidade da Uerj (professores, estudantes e técnicos). Aquela universidade enfrenta grave crise: terceirizados, bolsistas e professores substitutos estão sem receber pagamentos. Além disso, a infraestrutura está bastante precária (o episódio de alunos sem camisa em uma das salas sem refrigeração, que ganhou grande repercussão na mídia, é apenas um elemento) e o reitor Ricardo Vieiralves não dialoga com a comunidade acadêmica. Para piorar, no fim do ano passado, o governador Pezão vetou Emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias que destinava 6% da receita corrente líquida do Rio para as universidades públicas estaduais.



Confira abaixo a nota da Adufrj-SSind:

“A Diretoria da Adufrj-SSind apoia a luta dos professores, funcionários e alunos da Uerj por melhores condições de trabalho, salários dignos e orçamento público condizente com a função social que deve desempenhar a universidade pública. 

Somamo-nos à luta necessária para superar a grave crise produzida na educação pública pelo governo do estado que assola as três universidades do Rio de Janeiro. Somente com luta democrática, participativa e solidária, conseguiremos pôr fim ao descaso acumulado por diversas gestões governamentais comprometidas com o capital. 

Diversos meios de criminalização das lutas sociais têm sido utilizados para barrar esta luta, desde a intervenção policial nos campi até a realização de sessão fechada de reunião de conselho universitário. Esta prática aprofunda a crise institucional e demonstra a indisposição de ampliar o debate democrático referente à educação pública, gratuita e socialmente referenciada.

 Todo apoio aos trabalhadores e estudantes da Uerj,

 Diretoria da Adufrj-SSind”

 tira Adufrj 29 - 01 - 2015 finalB

Cid Gomes no MEC

À frente do governo do Ceará, Cid Gomes acumulou impressionante trajetória de turbulências na área da educação. Essa trajetória do ministro da Educação escolhido por Dilma Rousseff é analisada pelo texto afiado do professor Roberto Leher, no artigo “Cid Gomes no MEC: uma escolha coerente para aprofundar a contrarreforma da educação brasileira”, que circula na rede.

O professor da Faculdade de Educação da UFRJ observa que o fato de o MEC ter saído das mãos do PT (Cid é um dos dirigentes do Pros) não significará descontinuidade da política para educação adotada pelos governos de Lula e Dilma. “Mas haverá mudanças”, alerta Leher. “O novo ministro aponta para um aprofundamento da contrarreforma” da educação brasileira. “(...) pelo retrospecto de seus mandatos como governador, (haverá) um recrudescimento do confronto do governo com os trabalhadores da educação básica e superior”, vaticina.

Roberto Leher diz que o histórico de Cid revela o novo ministro como um quadro afinado ao projeto em curso de expandir a oferta privada, com recursos estatais, e de refuncionalizar as universidades como organizações de serviços e ensino. 

Leher escreve: “A sua relação com as universidades estaduais do Ceará foi hostil e rude, manifestando disposição de federalizá-las e mesmo de fechar o prestigioso curso de medicina da UECE, provavelmente por ser muito custoso.”

O professor acrescenta que mesmo diante da enorme falta de docentes, mais de 800 nas três universidades estaduais, o então governador “procrastinou a realização de novos concursos (optando por deletérios contratos temporários e terceirizações) até o final de seu segundo mandato”.

Ao justificar a sua recusa em autorizar novos concursos, escreve o professor, Cid Gomes argumentou, então, que os docentes ministravam poucas aulas. E propôs “que a carga-horária em sala de aula deveria corresponder a 52% da jornada de trabalho, aproximadamente 21 horas-aula, sem considerar nem mesmo o tempo para planejamento das aulas, o que inviabiliza as orientações, a pesquisa e a extensão”.


PT mudou

Os primeiros parágrafos do artigo de Roberto Leher contextualizam a educação nos governos petistas. “Os governos Lula da Silva e Dilma Rousseff romperam com o projeto de educação do PT dos anos 1980 e 1990”. O professor explica que o projeto citado “foi elaborado no contexto das lutas do Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, em especial na Constituinte e na LDB, nas quais sobressaiu a liderança de Florestan Fernandes”.  E também “no período de elaboração do Plano Nacional de Educação dos Congressos Nacionais de Educação (1996-1997): por isso, jamais admitiram (os governos petistas) considerar o Plano Nacional de Educação: Proposta da Sociedade Brasileira, elaborado pelos trabalhadores da educação, entidades acadêmicas, estudantes, reunidos no referido Fórum.”

 

A crise da água

A Coppe reúne nesta segunda-feira alguns especialistas para discutir a crise no abastecimento de água que ameaça os principais estados do país. Entre os que estarão presentes no evento estão o presidente da Empresa de Pesquisa Energética e professor da Coppe, Maurício Tolmasquim;  o coordenador do Laboratório de Hidrologia da Coppe, Paulo Canedo; o diretor do Instituto de Desenvolvimento do Setor Energético (Ilumina), Roberto D’Araujo, e o presidente da empresa de consultoria em eletricidade e gás natural PSR, Mário Veiga. O seminário será coordenado pelo diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa.O encontro acontecerá às 14h30 na sala do Conselho da Coppe, Centro de Tecnologia (CT2), Cidade Universitária.

 
Dívida com a Light
A dívida da UFRJ com a Light já alcança alguns milhões. Desde junho as contas não são pagas. Em 2002 a Light chegou a cortar a luz da universidade por falta de pagamento. Foi necessária a intervenção do MEC para que o fornecimento de energia fosse restabelecido. 

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