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A jornada de trabalho dos professores da UFRJ e dos servidores do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho está sendo investigada pelo Tribunal de Contas da União. Em ofício encaminhado à reitoria da universidade, o diretor do órgão de fiscalização, Fabiano Nijelschi, afirma que o objetivo da auditoria é a “melhoria da eficiência dos serviços”. No documento, o TCU solicita documentos da universidade quanto ao controle da jornada e apuração da acumulação ilegal de cargos públicos. O tribunal chega a cobrar a quantidade de créditos-aula na graduação de cada professor dos últimos dez períodos letivos, do segundo semestre de 2012 até o primeiro semestre de 2017. O pró-reitor de Pessoal da UFRJ, Agnaldo Fernandes, informou que a administração coleta os dados: “Estamos levantando estas informações. Já pedimos uma prorrogação do prazo de entrega”, disse. O TCU queria as informações até o fim de junho. Agnaldo informou ainda que, no caso de o Tribunal detectar alguma eventual irregularidade, a fiscalização comparecerá à universidade presencialmente: “Quem faz isso para o TCU são os técnicos da Controladoria-Geral da União”, explicou o pró-reitor. TCU ainda não recebeu informações O auditor federal Fausto França, coordenador da fiscalização, disse que nenhuma denúncia precipitou o trabalho: “É um trabalho do tribunal para verificação do controle de jornada. Estamos fazendo isso na UFRJ e na UnB. A UnB foi escolhida pela proximidade; a UFRJ, pelo tamanho”. O auditor acrescentou que já obteve algumas informações do hospital e negocia com a administração central da universidade para o retorno das informações solicitadas.

Foto: Roberto Gambine disse que a universidade recebeu apenas a verba para mais um mês de funcionamento - Arquivo Adufrj
Anunciada com pompa e circunstância pelo ministro da Educação no início do mês, a liberação de R$ 347,2 milhões para universidades e institutos federais representa apenas um “alívio” para a UFRJ. “São mais R$ 30 milhões de custeio e aproximadamente R$ 3 milhões de investimento”, afirma o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, Roberto Gambine. Na prática, é dinheiro para fazer a instituição funcionar em julho. Até agora, a UFRJ recebeu autorização para gastar 70% de custeio e 40% de investimento do orçamento. O problema é que o montante previsto, mesmo se for totalmente liberado, já é deficitário para a manutenção das atividades acadêmicas e administrativas. Várias universidades já anunciaram que só têm dinheiro até setembro. Em nota divulgada na página eletrônica da universidade, a reitoria informa que a verba de 2017 é 13,5% inferior à do ano passado: “Estamos trabalhando com o equivalente ao orçamento de 2013. A universidade cresceu, assim como as despesas“, diz Gambine. “Bolsas estão sendo pagas em dia. Nos contratos, chegamos até abril”, completa o pró-reitor. No mesmo texto do site, a administração central chama atenção para o maior gasto da UFRJ: energia elétrica. Em 2014, a conta de luz da instituição foi de R$ 25,6 milhões. O “tarifaço” fez a conta subir para R$ 46 milhões em 2015 sem que houvesse aumento de consumo. Em 2016, para R$ 51,6 milhões. A previsão para 2017 é de R$ 52 milhões. “Isso sem contar com o ICMS, superior a 30%”, diz um trecho da nota. A reitoria quer reduzir 25% do consumo, com uma campanha de conscientização chamada “Essa conta é de todos”: “Não é simplesmente para cortar e se adaptar à lógica do governo. Mas para que esta lógica não tenha mais efeitos maléficos. É para defender a universidade”, argumenta Gambine.

De 16 a 21 de julho, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência vai realizar sua 69ª reunião anual, no campus da Universidade Federal de Minas Gerais De 16 a 21 de julho, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência realizará sua 69ª reunião anual, no campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais. No dia 18, a presidente da Adufrj, Tatiana Roque, será a palestrante no encontro “As universidades e os professores diante da crise brasileira”. Já no dia 20, durante a assembleia geral dos sócios da SBPC, às 18h, Ildeu Moreira, professor do Instituto de Física da UFRJ, tomará posse como presidente da sociedade. A extensa programação inclui mesas-redondas, conferências, encontros e minicursos. A reunião anual é gratuita e aberta ao público sem necessidade de inscrição prévia, exceto para os minicursos.

Cinco anos após sua morte, o ex-reitor recebeu emocionante homenagem na Faculdade Nacional de Direito, em 10 de julho. Foram especialmente destacadas as realizações do período em que o professor esteve à frente da UFRJ

Fotos: Fernando Souza

Cinco anos após sua morte, o ex-reitor Aloísio Teixeira recebeu emocionante homenagem no Salão Nobre da Faculdade Nacional de Direito, na noite de 10 de julho. Familiares e amigos celebraram o legado do professor, especialmente quando esteve à frente da UFRJ entre 2003 e 2011. Muito se lamentou a falta que ele faz nos dias atuais, como incansável defensor da universidade. Mas todos concordaram que suas realizações devem inspirar a continuidade da resistência pela Educação e Ciência públicas. Diretora do Instituto de Bioquímica Médica à época da gestão Aloísio, a professora Débora Foguel destacou o crescimento da UFRJ, quando o ex-reitor bancou a aprovação do programa de reestruturação e expansão das universidades (Reuni), em 2007. E ainda o esforço de Aloísio para incluir a instituição no Exame Nacional do Ensino Médio/Sistema de Seleção Unificada, em 2010, com ações afirmativas para os alunos de escolas públicas. As duas iniciativas sofreram muita resistência interna: “O resultado, hoje, é termos uma UFRJ diversa, mais colorida, de jovens com diferentes sotaques e origens. Um verdadeiro retrato do que é o Brasil”, elogiou. Anfitrião do encontro, o diretor do Direito, Flávio Martins, saudou o papel do homenageado na transformação da unidade: “Particularmente, nós da Nacional devemos muito àquela gestão”, disse. Foi no primeiro mandato de Aloísio na reitoria que a faculdade, então em crise acadêmica e administrativa, sofreu uma intervenção. A medida, em 2004, com apoio dos alunos, iniciou a recuperação do curso. O professor Adalberto Ramon Vieyra, diretor do Centro Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem da UFRJ, falou sobre a capacidade de articulação política do homenageado. Segundo ele, Aloísio restaurou, em seus mandatos, os princípios da gestão colegiada na instituição. E não parou por aí: “A plenária de decanos e diretores consagrou o princípio de uma gestão mais participativa e plural”, disse. Adalberto observou, ainda, a interiorização da universidade estimulada pelo ex-reitor em direção a Xerém e Macaé. Não por acaso este último campus, no Norte Fluminense, ganhou o nome de Aloísio. Representante da Fundação Maurício Grabois — uma instituição do PCdoB —, Aldo Arantes destacou a luta do ex-reitor em defesa da democracia e do socialismo: “Hoje, ele certamente estaria ao nosso lado na luta contra o golpe”, falou, em referência ao governo de Michel Temer. [caption id="attachment_7920" align="alignleft" width="318"] No saguão ao lado, exposição de charges lembrou período da gestão Aloísio[/caption] No saguão ao lado do salão onde ocorreu a homenagem, havia uma exposição de charges e tiras com Aloísio Teixeira como tema principal. Autor dos desenhos, o ex-estudante da Escola de Belas Artes e cartunista Diego Novaes contou foi a experiência de retratar o professor, de quem acabou se tornando amigo. Diego disse que irá doar todo o acervo, com mais de mil ilustrações do período, para a UFRJ: “Quando o Aloísio morreu, demorei seis horas para fazer uma charge, porque não parava de chorar”, contou. A professora Maria Malta, pró-reitora de Extensão, representou o reitor Roberto Leher — fora do país — na reunião. Ela lembrou que, em momentos de crise, como hoje, Aloísio não tinha dúvidas sobre a necessidade de a universidade se unir. A pró-reitora anunciou que várias homenagens ainda deverão ser feitas ao professor ao longo do ano.   [caption id="attachment_7921" align="alignleft" width="366"] Os irmãos Raul Teixeira e Maria Lúcia Werneck Teixeira (à esq.) recebem uma placa da universidade[/caption] Também articiparam da atividade o aluno Rafael Acioli, diretor do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira, da FND;  decano do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas, Vitor Iorio; e Saturnino Braga, ex-senador e ex-prefeito do Rio (Aloísio foi secretário municipal de Planejamento do mandato). Confira fotogaleria do evento em: https://goo.gl/hsDxin

De 13 a 16 de julho, professores universitários de todo o país participam do 62º Conad do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) na cidade de Niterói (RJ). O encontro terá como tema central “Avançar na unidade e reorganização da classe trabalhadora: em defesa da educação pública e nenhum direito a menos!". As plenárias serão realizadas no Teatro Popular Oscar Niemeyer. Os grupos de trabalho se reunirão no campus Gragoatá da UFF. Os docentes irão debater e atualizar os planos de lutas gerais e específicos do Sindicato Nacional, deliberados durante no 36º Congresso da entidade no início do ano, e também aprovarão as contas da entidade.

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