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Durante atividades realizadas em defesa da Ciência e Tecnologia na Câmara dos Deputados nos dias 11 e 12, a presidente da Adufrj, Tatiana Roque, apresentou iniciativa que busca preservar os recursos do setor
Foto: A presidente da Adufrj, Tatiana Roque, fala sobre as perdas da Educação e da C&T - Antônio Augusto/Câmara dos Deputados
A campanha Conhecimento Sem Cortes ocupou a tribuna da Câmara dos Deputados, em Brasília, durante sessão especial para avaliar a redução do orçamento das universidades e da Ciência e Tecnologia. Na última quarta-feira, 12, a professora Tatiana Roque, presidente da Adufrj, detalhou os efeitos das restrições impostas pelo governo Temer. “Pasmem, estamos perdendo meio milhão de reais por hora”, explicou a docente, em discurso no plenário. Os números impactaram a plateia, formada por parlamentares e cientistas. Por minuto, são R$ 8 mil perdidos, como mostra o tesourômetro — um contador eletrônico instalado na Praia Vermelha. “Além da pesquisa, é fundamental pensar nas políticas de permanência dos estudantes nas universidades, que incluem bolsas e alojamento”, destacou a professora, que começou seu discurso citando Carlos Chagas Filho. “Ele dizia: ‘na universidade se ensina porque se pesquisa’”. “Queremos que o Congresso, durante o debate do orçamento de 2018, amplie as verbas para ciência e inclua um dispositivo que proíba o governo de contingenciar o setor”, disse o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), lembrando que a pasta da Ciência na gestão Temer perdeu aproximadamente R$ 2,54 bilhões. O corte é o maior em 12 anos. Na véspera, seminário A discussão na Câmara começou na terça-feira, 11, com um seminário. Carlos Frederico Rocha, vice-presidente da Adufrj, mostrou os cálculos que sustentam os números do tesourômetro. "Pegamos todas verbas de custeio e investimento desde 2015 das universidades, da CAPES e MCTI e retiramos o que foi contigenciado", esclareceu. Helena Nader, presidente da SBPC, reforçou o papel da Educação: “Em qualquer lugar do mundo, Educação, Ciência e Tecnologia se chamam investimento. Só aqui se chama gasto”, ensinou. “Sem Educação e sem Ciência não tem economia que resista. Não tem Brasil”.

Foto: Manifestação na Maré, em 2013 – Crédito: Samuel Tosta/Arquivo Adufrj
Além de invadir o colégio municipal Osmar Paiva Camelo, ação policial provocou o fechamento de mais 13 escolas Policiais arrombaram, nesta quinta-feira, o portão da escola municipal Osmar Paiva Camelo, na Maré, bairro vizinho ao campus Cidade Universitária. O prédio foi utilizado como base de operações. O colégio estava vazio. A direção soube da ação policial de manhã cedo e suspendeu as aulas. As informações são da ONG Redes da Maré. Em decorrência da ação policial, que começou às 6h, 4 pessoas ficaram feridas por arma de fogo, mais de 4 mil estudantes ficaram sem aula e 4 postos de saúde foram fechados. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 14 escolas, 2 creches e 7 Espaços de Desenvolvimento Infantil da Maré não abriram hoje em decorrência dos riscos gerados pela operação da PM. De janeiro a maio de 2017, as moradoras e moradores do conjunto de favelas da Maré já foram impactados por 13 dias de confrontos entre grupos armados, 16 dias de operações policiais, 14 dias sem aulas, 19 dias sem postos de saúde, com 18 pessoas feridas e 15 pessoas mortas, ainda de acordo com a ONG Redes da Maré. No fim de junho, a juíza da 6ª Vara da Fazenda Pública do estado do Rio expediu uma decisão que determinou à Secretaria de Segurança apresentar, em até 180 dias, um plano de redução de riscos e danos a ser cumprido pelas forças policiais sempre que realizarem uma operação na Maré. O prazo não está correndo, pois a Secretaria ainda não foi intimada. A decisão estabelece que, ao ordenar a realização de operações policiais naquele território, o estado do Rio deixe ambulâncias de plantão. De forma gradual, também deve ser implantado sistema de vídeo e áudio em todas as viaturas, além de monitoramento por GPS. A sentença observa que os mandados judiciais de prisão e de busca e apreensão por parte de policiais militares e civis devem ser cumpridos durante o dia, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, conforme a Constituição Federal.

Beatriz Resende, da Faculdade de Letras, é uma das convidadas da 15ª edição da Feira Literária de Paraty. O evento ocorre entre 26 e 30 de julho Beatriz Resende, da Faculdade de Letras da UFRJ, é uma das convidadas da 15ª edição da Feira Literária de Paraty. Não por acaso. Há quase 40 anos, a professora estuda Lima Barreto (1881-1922), nome homenageado na Flip 2017. Poeta negro e suburbano, o célebre autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma quebrou barreiras na literatura com uma obra de forte cunho social. “Por um lado, vem atrasada (a deferência), mas por outro vem num momento muito bom. É necessária, não só pela homenagem a ele, mas pela questão das minorias, especialmente negra”, diz Beatriz. [caption id="attachment_7843" align="alignright" width="300"] Para a professora Beatriz Resende, homenagem a Lima Barreto vem num momento oportuno - Foto: Isabella de Oliveira[/caption] A professora participará de duas mesas da Flip, que será realizada entre 26 e 30 de julho. Na primeira, intitulada “Arqueologia de um autor”, Beatriz estará com os também docentes Edimilson de Almeida Pereira (da Universidade Federal de Juiz de Fora) e Felipe Botelho Corrêa (King’s College, de Londres): “Vamos discutir o porquê de Lima Barreto ter demorado a fazer parte do cânone da literatura brasileira” — o escritor se desentendeu com figuras célebres da época e fazia críticas ao movimento modernista, despontando na época. Na segunda, chamada “Subúrbio”, com a participação do historiador Luiz Antonio Simas, a professora pretende falar do olhar de Lima Barreto sobre o Rio de Janeiro. Beatriz adianta que lançará na Flip algumas novas publicações sobre o autor, como o e-book “Sobre Lima Barreto”, além do livro “Impressões de leitura e outros textos críticos”. Mais diversidade Depois de criticada em 2016 pela falta de diversidade entre os palestrantes, a organização da Flip garante na agenda uma participação de 30% de autoras e autores negros. Para Beatriz Resende, a feira cumpre um papel fundamental: “A Flip é um evento decisivo no mundo editorial. Tem muita visibilidade e pauta jornais. Este ano, com questões como o racismo”, explica.

I Congresso da Jeduca, em São Paulo, no fim de junho, atraiu mais de 400 participantes entre profissionais e estudantes de Comunicação Ampliar e qualificar a cobertura da imprensa na área educacional. Estes são os objetivos da Jeduca, associação criada por jornalistas há um ano. “Em um país que necessita tanto falar de Educação, também é necessário ter jornalistas preparados para cuidar do tema”, afirma Antônio Gois, colunista de O Globo e presidente da jovem entidade Gois cita um estudo da USP realizado entre jornalistas que são especializados em Educação: 99% não haviam recebido formação própria para trabalhar na área. Para diminuir este índice, a associação tem promovido seminários virtuais e videoconferências. E, nos últimos dias 28 e 29 de junho, a Jeduca realizou seu primeiro Congresso, em São Paulo. Para investir na qualificação profissional de sua equipe de Comunicação, a Adufrj custeou a participação do repórter no evento. O congresso, que atraiu mais de 400 pessoas entre jornalistas e estudantes de comunicação, ofereceu palestras, cursos e oficinas com representantes de instituições que atuam na Educação. Como prova de prestígio do encontro, basta dizer que a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Maria Inês Fini, deu uma das palestras e concedeu entrevista coletiva aos participantes. Foi no congresso da Jeduca que a diretora do INEP anunciou a criação de um sistema nacional de avaliação da educação infantil para 2019. Mas, para os organizadores, isso é só o começo. “Estamos na infância. Na luta por uma creche de qualidade”, brinca Antônio Gois. Hoje, a Jeduca conta com quase 600 associados, de mais de 80 cidades.  

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