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Escola de Química inicia seu primeiro curso pré-vestibular destinado a estudantes de escola pública     Texto e fotos: Silvana Sá Começou no dia 12 de maio a primeira turma do pré-vestibular social “Nós no CT”. A iniciativa é de professores da Escola de Química e tem a participação de estudantes de graduação e pós-graduação da universidade. “A Pró-reitoria de Extensão acolheu nosso projeto”, explica a professora Raquel Massad, uma das coordenadoras da iniciativa. “A partir deste ano, todos os alunos precisam destinar pelo menos 10% de sua carga horária de aulas para projetos de extensão. Achamos que o curso seria uma ótima oportunidade de envolver a Escola de Química mais ativamente na Extensão, um dos tripés fundamentais da universidade pública”, considera a docente. A turma é composta por 60 estudantes de ensino médio da rede pública situada no entorno do Fundão, especialmente Ilha do Governador, Penha, Maré e Ramos. As aulas acontecem todos os dias, das 18h30 às 21h30, na sala I-119, no Centro de Tecnologia. Os professores e os tutores das disciplinas necessárias ao Enem são os estudantes da universidade. “Achamos que a procura seria só daqui dos estudantes do Centro de Tecnologia, mas eles vieram de muitos outros cursos. O que, para nós, é muito gratificante”, afirma Raquel. O projeto prioriza alunos de baixa renda. Professor da Escola de Química e um dos idealizadores do pré-vestibular, Fábio Pereira justifica a preferência. “Há pouquíssima diversidade na área de exatas entre os estudantes e menos ainda entre professores”. Sua experiência em outros pré-vestibulares sociais, como o do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré e o Pré-Vestibular Para Negros e Carentes, na Baixada Fluminense, ajudou a formatar o projeto da Química. Raquel Massad e Fábio Pereira, da Escola de Química, coordenadores do CPVFábio foi professor de Matemática no CPV da Maré em 2016, mas precisou abandonar o projeto por conta da violência. “É uma realidade muito hostil. A truculência policial naquele ano foi muito forte, por isso resolvi não continuar lá”. Ele revela que isto colaborou para que surgisse a ideia do pré-vestibular na própria UFRJ. “ Para mim, a violência na Maré foi determinante para trazer o pré-vestibular para a universidade, mas não se restringe a isso. A nossa ideia é fazer as pessoas se sentirem pertencentes a este espaço. Sentirem que podem ser UFRJ”. Ajuda para continuar [caption id="attachment_7648" align="alignleft" width="389"]Raquel Massad e Fábio Pereira, da Escola de Química, coordenadores do CPV Raquel Massad e Fábio Pereira, da Escola de Química, coordenadores do CPV[/caption]   A principal dificuldade enfrentada pelo projeto é conseguir financiamento para imprimir materiais. “Precisamos disso para os simulados, para montar apostilas, enfim, para dar aos alunos um material de suporte aos estudos. O custo é muito alto. Pedimos o engajamento de outros professores e de organizações na própria universidade para que nosso projeto siga e dê bons frutos”, revela Raquel Massad. A coordenação do projeto é dividida também com os professores Luiz Fernando Lopes, Ana Maria Rocco e Susanne Hoffmann. E com os técnico-administrativos Marcos Bonfim e João Paulo Pontes. Satisfação em fazer parte Estudante de Engenharia Mecânica, Gabriel de Freitas é monitor de Física e Redação. Ele não esconde o entusiasmo em pertencer ao projeto. “É bastante gratificante. Sempre tive o propósito de ajudar as pessoas que não têm tanto acesso à educação e ficam em grande defasagem de concorrência com quem estuda em escolas particulares. Aqui tenho a oportunidade de realizar isso”. Apesar do desafio de preparar jovens como ele para o vestibular, Gabriel, que tem apenas 19 anos, destaca a vivência rica em sala de aula. “É difícil tentar recuperar toda essa defasagem, mas há muita troca de experiência. A gente ensina o conteúdo, conversa sobre toda essa fase do vestibular, mas também aprende muito sobre a realidade deles”. Iniciativas semelhantes Na UFRJ, há três outras iniciativas de pré-vestibulares sociais. A mais antiga delas é o Samora Machel, realizado em parceria entre o Sintufrj e o Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza. Além do público externo, atende também a servidores da universidade e seus dependentes. Tem o apoio da PR-5. Na Faculdade de Letras funciona o Ação, criado por ex-alunos do Samora Machel como forma de ampliar o número de pessoas atendidas. No CCS, o Pré-Universitário Comunitário Rubem Alves iniciou suas atividades em 2003 e também é um projeto de Extensão universitária. Por meio de uma taxa de matrícula (única contribuição paga no ano), o projeto consegue imprimir materiais e simulados para os estudantes. As aulas são realizadas aos sábados e domingos.

No dia 6 de junho, às 14h, será promovida na Coppe a segunda edição do “Ciclo Brasil e suas perspectivas”, com o professor emérito da Fundação Getúlio Vargas e ex-ministro da Fazenda e da Administração Federal e Reforma do Estado, Luiz Carlos Bresser-Pereira.

Adufrj lança programa “UFRJ é 100” às vésperas do centenário da universidade (Epitácio Pessoa assinou o decreto nº 14.343 criando a Universidade do Rio de Janeiro em 7 de setembro de 1920) Inscreva-se no canal do Youtube (https://goo.gl/4tIFp3) para acompanhar o conteúdo do programa no curso das próximas semanas. [embed]https://www.youtube.com/watch?v=0rfQgXnmKwo[/embed]

Diretor do DCE lamenta demora para encerrar a construção, que é feita em módulos Em 2016, a reitoria prometeu entregar um novo alojamento estudantil no primeiro semestre deste ano. Feita a partir de módulos, a construção entre o Cenpes e o CCMN deveria ter sido concluída rapidamente. Segundo o pró-reitor de Gestão e Governança, Ivan Carmo, o trabalho “avançou bem até abril”. Depois, empacou. O motivo é o de sempre: falta de pagamento. Estudante da Psicologia e diretor do DCE Mário Prata, Caíque Azael lamenta a demora da obra: “A promessa era ganhar tempo, aproveitando a proximidade da estrutura básica (de luz, água e rede de dados) do CCMN”, além do terreno plano e cimentado, que já foi utilizado como estacionamento dos ônibus da Petrobrás. O aluno ressalta que a expansão e a diversificação regional da universidade, via Reuni e o Enem, aumentaram a pressão por moradia oferecida pela universidade. “Para nós, o mais adequado seria uma estrutura fixa de alvenaria e não módulos temporários. Mas aceitamos como medida emergencial”, afirma. Contrato de R$ 7,6 milhões O contrato, no valor de R$ 7,6 milhões, com a Innova Rio Engenharia e Construções LTDA, tinha cronograma de 270 dias, entre 26 de agosto e 22 de maio. Até aqui, segundo a reitoria, só acabou a primeira etapa da obra, correspondente a fundações e estrutura. Ao todo, foram executados pela firma 50% do valor do contrato. O passo seguinte corresponde aos “fechamentos”, com a instalação de portas e esquadrias. O pró-reitor Ivan explica que o financiamento da obra tem um complicador extra: a previsão orçamentária “meio a meio” entre recursos próprios da universidade e os obtidos por emendas parlamentares, que foram contingenciados em grande parte pelo governo federal. A universidade negocia para tentar salvar o contrato. De acordo com o pró-reitor de Gestão e Governança, “a empresa já manifestou interesse em seguir desde que haja algum repasse”. A Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento (PR-3) informou ter realizado, dia 11, o pagamento de R$ 470 mil. Demanda reprimida De acordo com a Superintendência Geral de Políticas Estudantis (Superest), como medida emergencial, a UFRJ oferece hoje “cerca de 440 bolsas de auxilio moradia”. O valor do benefício é de R$ 1.200,00. A Superest informou, por email, que “a demanda por auxílio moradia é bem maior do que a que a universidade consegue atender num cenário de asfixia orçamentária”. Como exemplo desta limitação, no primeiro semestre de 2016, apenas 100 dos 461 estudantes que solicitaram, e tinham perfil socioeconômico pare fazer jus à bolsa, chegaram a receber o benefício. “Portanto, 21,69% da demanda”, confirmou a superintendência. No semestre seguinte, foram contemplados 40 dos 113 requerentes na mesma situação, “35% da demanda”. Em relação às vagas do alojamento em módulo, quando forem abertas, a superintendência respondeu que “resolução do Consuni estabelece prioridade para os estudantes que recebem a bolsa emergencial há mais tempo”.  As obras de reforma da segunda ala do alojamento mais antigo ainda não começaram. O projeto Segundo o arquiteto do Escritório Técnico da Universidade (ETU), Alexandre Martins, o conjunto do alojamento é constituído por três blocos em módulos habitacionais metálicos, fechados por painéis termoacústicos e tela metálica. O maior deles, o Bloco I é onde está o alojamento propriamente dito. Mas ainda há a previsão de estruturas coletivas como sala de estar e de jogos, lavanderia, uma minicozinha e ambiente de refeições. Além da administração, depósito e outras salas (da lixeira, por exemplo). “O alojamento é dividido em cinco alas interligadas, tem dois pavimentos e possui 80 quartos convencionais para dois estudantes em cada um”, informa o arquiteto. Cada quarto tem 17,71 m2. Outros dois quartos são adaptados para portadores de necessidades especiais (PNE). No terceiro bloco, está planejado um bicicletário. “Todos os quartos têm banheiro. Portanto, são 82 quartos e 82 banheiros para 164 estudantes”, resumiu. O projeto prevê um elevador para cadeirantes ou pessoas com dificuldade de locomoção e captação de águas pluviais dos telhados para reuso nas áreas externas.

A paisagem do campus da Praia Vermelha vai ganhar novos “contêineres”. Um “prédio” de três pavimentos composto por módulos habitacionais será erguido no estacionamento central. As obras começaram em 15 de maio. A previsão de entrega é em 18 de agosto, início do segundo semestre letivo. Serão, ao todo, 135 módulos: 50 foram herdados de um convênio com o Ministério da Justiça. De acordo com a Prefeitura Universitária, no local serão remontados outros 85 contêineres da UFRJ, atualmente concentrados na área dos campos de futebol.  O prefeito Paulo Mário Ripper disse que a obra busca “uma maior proximidade com as unidades acadêmicas”. Ripper destaca que o cumprimento do cronograma independe dos problemas com o orçamento da universidade. “O financiamento da compra e da desmontagem e remontagem (dos módulos) é 100% do Ministério da Justiça”, afirma. O empreendimento estava previsto no acordo decessão do espaço do “campinho” para base de operações de segurança nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do ano passado. O custo do projeto é de R$ 2,6 milhões. Dança das cadeiras no campus dá em protesto A construção causou a perda de 80 vagas e bagunçou a rotina do campus. Como solução emergencial, a Prefeitura demarcou outros pontos de estacionamento, dentre eles, a entrada da Escola de Comunicação (ECO). E reabriu o portão para a Avenida Venceslau Brás desde o dia 17. A iniciativa foi mal recebida pela comunidade. Estudantes da ECO fizeram pinturas alternativas sobre as marcações com dizeres como “não há vagas”, em protesto. “A gente pintou para mostrar que o lugar já tinha utilidade”, justificou a estudante de Jornalismo, Fernanda Freitas. “É o único espaço de convivência que sobrou com essas obras no Palácio”, completou a colega de jornalismo Laís Rodrigues, em referência à reforma em andamento. O Centro Acadêmico do curso reclama da falta de diálogo. “Ninguém avisou nada. Foi de repente”, critica Lucas Rocha. Outro integrante do CA, Leonardo Rocha, argumenta que, com o início da segunda etapa da obra, “mais interna”, os estudantes perderam acesso aos jardins, corredores e áreas afins. Dentro do Palácio, as poucas salas de aula ainda em funcionamento convivem com barulho, mofo e muita poeira. Medo de violência O problema de segurança também é apontado pelos alunos e pela direção da Unidade. De acordo com o chefe de gabinete da ECO, Luiz Fernando, o acesso pela Venceslau Brás próximo à Escola foi fechado em 2015, na crise de pagamentos aos terceirizados. Mas, depois, o isolamento foi mantido. “Sempre no verão havia arrastões nos pontos do ônibus”, explica Luiz Fernando. “Todo mundo corria para cá e havia furtos aqui dentro”. Já o estudante Marco Marinho (CA) cita recente roubos de equipamentos da Central de Produção Multimídia (CPM), bem próxima à entrada. Acordo provisório O prefeito Paulo Mário se defende, afirmando que o início da parte executiva da obra por parte do Ministério da Justiça pegou de surpresa a própria administração. “Como não está na nossa mão, não tínhamos como saber quando terminariam o projeto e quando começariam propriamente a quebrar”. Sobre o portão, informou que há negociação com a diretoria da ECO para antecipar o fechamento de 22h para 19h. Com os estudantes, o acordo foi de devolução da área com o fim da obra, em agosto. E um espaço de socialização alternativo será feito na lateral do prédio, onde já funcionou um estacionamento. A promessa é de instalação de bancos e reforço na iluminação.

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