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Fotos: Alessandro CostaA UFRJ e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) celebraram, na sexta-feira (11), acordo para o financiamento de oito projetos de preservação e recuperação de acervos científicos, históricos e culturais da universidade, no valor total de R$ 15,6 milhões. O acordo foi assinado na sala de entrada do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, onde está o meteorito Bendegó, um dos símbolos da restauração do museu, consumido por um incêndio em setembro de 2018. Três dos oito projetos financiados são ligados ao Museu Nacional, com recursos da ordem de R$ 5 milhões.
“Quero agradecer profundamente à Finep por apoiar a preservação desses acervos, pois isso vai nos ajudar a cumprir duas missões: formar cidadãos e produzir e difundir conhecimento. O Museu Nacional faz isso com muita excelência”, disse o reitor da UFRJ, professor Roberto Medronho, que representou a universidade na cerimônia, ao lado do pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, João Torres, da coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura (FCC), Christine Ruta, e do diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner.
O presidente da Finep, Celso Pansera, disse que o apoio da agência abre um novo capítulo no incentivo à Ciência e à Cultura no país. “De 2016 a 2022, a Finep ficou quase à míngua. Já em 2023, com o governo Lula, tivemos um orçamento de R$ 9,8 bilhões, que foi a R$ 12,7 bilhões em 2024. Para este ano, teremos R$ 14,7 bilhões, o que nos permite fazer editais como este. Reservamos R$ 500 milhões para investimentos nessa linha de resgate de acervos, que contemplam também instituições como o Museu Histórico Nacional, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a Biblioteca Nacional”, anunciou Pansera.
A professora Christine Ruta destacou que o aporte da Finep beneficiará a recuperação de acervos importantes. “Há algumas raridades, de valor inestimável, como algumas espécies de nossa fauna, descritas por pesquisadores de nossa universidade. Uma delas é o ratinho-goytacá, que é endêmico na região de Macaé, no Norte Fluminense”, lembrou Christine. “Com apenas dez centímetros de corpo e endêmico das restingas fluminenses, ele revela a fragilidade e a riqueza da nossa fauna”.
A coordenadora do FCC citou obras valiosas do acervo documental da UFRJ beneficiadas pelos recursos da Finep: “Temos também uma das obras fundadoras da Ciência tropical, Indiae Utriusque Re Naturali et Medica, de Willem Piso. Escrita no século XVII, a partir da experiência do autor no Brasil, essa obra reúne conhecimentos de Botânica, Zoologia, Medicina e Etnografia, articulando saberes indígenas, africanos e europeus em um momento em que a ciência moderna ainda nascia”.
O professor Ismar de Souza Carvalho, titular do Instituto de Geologia e diretor da Casa da Ciência da UFRJ, é um dos finalistas na categoria Ciência e Saúde do Prêmio Faz Diferença 2024. Os vencedores serão definidos pelos votos de um júri de jornalistas, ganhadores de 2023 e leitores. A votação já está aberta no site do jornal O Globo e vai até o dia 27 de abril.
Ismar Carvalho foi autor de um estudo revolucionário que indica o Brasil como último refúgio dos grandes mamíferos da Era do Gelo. A pesquisa mostra que eles estiveram muito mais perto dos nossos antepassados do que a Ciência acreditava. Havia um consenso de que os grandes mamíferos foram extintos em massa entre 11 e 12 mil anos atrás. Mas os estudos liderados pelo professor Ismar apontam que eles viveram no Brasil até 3.500 anos atrás. A descoberta transforma o modo de olhar para o passado e para as mudanças de era do nosso planeta. A próxima edição do Jornal da AdUFRJ apresentará o perfil do professor e mais detalhes de seus estudos.
O voto é aberto a não assinantes. Para participar, basta fazer o login com sua conta de assinante ou realizar um breve cadastro no site do Jornal O Globo – que pode ser com uma conta Google ou
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Quem são os finalistas na categoria Ciência e Saúde?
O professor titular da UFRJ Ismar Carvalho; o professor associado de Medicina em Harvard e diretor de Transplante Renal no Massachusetts General Hospital, Leonardo Riella; e professora titular da Faculdade de Medicina na USP, Ludhmila Hajjar.
O Centro de Letras e Artes da UFRJ será a nova casa da exposição fotográfica Servidores da Sociedade. Organizada pela AdUFRJ, em parceria com unidades e centros da universidade, a mostra reúne mais de 200 imagens sobre o dia a dia da comunidade acadêmica. A nova temporada será instalada no hall dos elevadores do edifício Jorge Machado Moreira, no Fundão. O coquetel de inauguração é na terça-feira (15), às 11h30. Participe!
A UFRJ e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) celebraram, na manhã desta sexta-feira (11), acordo para o financiamento de oito projetos de preservação e recuperação de acervos científicos, históricos e culturais da universidade, no valor total de R$ 15,6 milhões. O acordo foi assinado na sala de entrada do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, onde está o meteorito Bendegó, um dos símbolos da restauração do museu, consumido por um incêndio em setembro de 2018. Três dois oito projetos financiados são ligados ao Museu Nacional, com recursos da ordem de R$ 5 milhões.
"Quero agradecer profundamente à Finep por apoiar a preservação desses acervos, que vai nos ajudar a cumprir duas missões: formar cidadãos e produzir e difundir conhecimento. O Museu Nacional faz isso com muita excelência", disse o reitor da UFRJ, professor Roberto Medronho, que representou a universidade na cerimônia, ao lado do pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, João Torres, e da coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura, Christine Ruta.
O presidente da Finep, Celso Pansera, disse que o apoio da agência abre um novo capítulo no incentido à Ciência e à Cultura no país. "De 2016 a 2022, a Finep ficou quase à míngua. Já em 2023, com o governo Lula, tivemos um orçamento de R$ 9,8 bilhões, que foi a R$ 12,7 bilhões em 2024. Para este ano, teremos R$ 14,7 bilhões, o que nos permite fazer editais como este, de resgate de acervos. Reservamos R$ 500 milhões para investimentos nessa linha de editais, que contemplam também instituições como o Museu Histórico Nacional, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na Biblioteca Nacional", anunciou Pansera.
A professora Christine Ruta destacou que o aporte da Finep beneficiará a recuperação de acervos importantes. "Há algumas raridades, de valor inestimável, como algumas espécies de nossa fauna, descritas por pesquisadores de nossa universidade. Uma delas é o ratinho-goytacá, que é endêmico na região de Macaé, no Norte Fluminense", lembrou Christine.
Os quatro acervos científicos contemplados no edital são: Preservação, Divulgação e Restauração do Acervo Geopaleontológico resgatado e novo do Museu Nacional; Curadoria, Digitalização e Difusão dos Acervos Científicos Biológicos do Museu Nacional; Futuro em Páginas: Preservação, Divulgação e Acesso às Coleções Científicas Bibliográficas da UFRJ (Sibi); e Acervos em Biodiversidade do CCS com foco na Mata Atlântica e em Ecossistemas Costeiros do Rio de Janeiro.
Já os quatro acervos históricos e culturais são: Herança histórico-cultural em Ciências da Saúde: Preservação e Divulgação de Acervos do CCS; Acervo histórico-cultural da UFRJ: preservação e publicização de suas coleções raras e especiais (Sibi); Cooperação de Preservação dos acervos EBA-FAU; e Coleções Acessíveis: Digitalização e Difusão das coleções histórico-culturais do Museu Nacional.
No próximo dia 30, a Fundação Universitária José Bonifácio vai encerrar o recebimento de solicitações por e-mail dos coordenadores de projetos por ela gerenciados. A partir de 1º de maio, as solicitações só poderão ser feitas pelo portal FUJB Online, que entrou em operação há pouco mais de um mês. O aviso pode soar rotineiro. Mas, em se tratando da FUJB, é o anúncio de uma revolução de métodos e práticas que pretende transformar a mais antiga fundação de apoio universitário do país em um modelo de gestão.
“Temos hoje uma atitude proativa de captação de recursos, com profissionais de mercado, para financiar projetos de ensino, pesquisa e extensão. Implantamos o Portal FUJB Online para que todas as solicitações de coordenadores de projetos sejam feitas diretamente pelo site, e passamos a atender aos coordenadores presencialmente também no Fundão. Estamos promovendo uma reformulação profunda nos procedimentos internos visando a dar mais agilidade aos processos”, enumera o secretário-geral da FUJB, o professor emérito Ricardo Medronho.
Na sessão desta quinta-feira (10), o Conselho Universitário aprovou a prestação de contas de 2023 e o recredenciamento da FUJB como fundação de apoio da UFRJ. O que também pode soar como um ato meramente formal significa uma espécie de recomeço na história da FUJB, criada em 1975. “Assumimos a fundação em 29 de janeiro do ano passado, aprendemos muito e agora vamos começar a colher os frutos desse aprendizado e das mudanças que introduzimos”, confia Medronho.
CAPTAÇÃO PROFISSIONAL
Mais do que o aprimoramento de procedimentos internos e a criação de um posto avançado no campus do Fundão — até então os atendimentos eram feitos só na sede da Praia Vermelha —, a reformulação no modelo de captação é a mudança mais concreta e alvissareira da “nova FUJB”. Foi criada uma equipe com profissionais de mercado, com forte atuação no Rio, em São Paulo e Brasília, que busca financiamento de projetos junto a órgãos de governo, parlamentares, ONGs e empresas privadas. No dia 31 de março, a fundação disparou um e-mail para todos os dirigentes de unidades da UFRJ, em busca de projetos para captação.“A resposta tem sido excelente. Eu tinha um sentimento de que haveria uma enorme demanda reprimida na universidade por financiamento, principalmente para projetos de ensino e de extensão. Também há demanda por projetos de pesquisa, mas estes já encontram possibilidades de suporte, seja por órgãos financiadores como CNPq, Capes, Finep e BNDES, seja por empresas privadas. Mas o retorno me surpreendeu. Por exemplo, no primeiro domingo de abril recebemos oito formulários com pedidos de captação”, comemora Ricardo Medronho.
O secretário-geral da FUJB diz que o novo modelo de captação já está ampliando a carteira de projetos da fundação: “Estamos no momento com 1.250 projetos. Mas vamos avançar, sobretudo com projetos de ensino e extensão. Quando eu era do Conselho de Ensino de Graduação, o professor Godofredo de Oliveira Neto era o pró-reitor de Graduação, no início dos anos 1990. Ele criou em sua gestão um edital para projetos de ensino. Foi uma chuva de projetos, cada um mais bonito que o outro. Decidimos então repetir essa iniciativa na FUJB. Já temos previsão de entrada de R$ 60 milhões de recursos este ano para diversos projetos. Vou ficar muito feliz se conseguirmos atender a maioria dos projetos que estão nos mandando”.
No Consuni da última quinta-feira, em seu parecer favorável ao recredenciamento e à aprovação das contas de 2023 da FUJB, o professor Josefino Cabral Melo Lima destacou dados financeiros preocupantes na comparação com 2022. Em 31 de dezembro de 2023, a fundação apresentou capital circulante líquido positivo de R$ 14,1 milhões, contra os R$ 23,3 milhões de 2022. O patrimônio líquido negativo, com passivo a descoberto, cresceu de R$ 46,9 milhões, em 2022, para R$ 57,9 milhões, em 2023. Foi esse cenário adverso que os atuais gestores herdaram ao assumir a FUJB em janeiro de 2024. “Mas estamos esperançosos de que as medidas que estamos tomando possam reverter esse quadro, pois o papel da FUJB é crucial para a UFRJ”, acredita o professor Ricardo Medronho.
O parecer do professor Josefino Cabral vai na mesma direção: “Os auditores ressaltam que a continuidade normal das operações da FUJB depende do êxito das medidas implementadas para a recuperação de seu resultado financeiro. É urgente e talante que a gestão central de nossa universidade, assim como este egrégio Conselho e a própria FUJB, implementem, com celeridade e determinação, ações incisivas em prol da Fundação Universitária José Bonifácio”, citou ele. “Uma universidade da magnitude da UFRJ não pode contar apenas com uma fundação: a existência da FUJB, além de ser indeclinável, é imprescindível”, completou.