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O novo pleito está marcado para terça e quarta (26 e 27). Um erro na confecção das cédulas fez a comissão eleitoral invalidar esta parte da votação realizada nos dias 11 e 12 Os professores da Escola de Educação Física e Desportos precisam votar, mais uma vez, para eleger seus representantes no Conselho da Adufrj. O novo pleito está marcado para 26 e 27 de setembro, terça e quarta-feira, das 10h às 13h e das 17h às 20h. Um erro na confecção das cédulas fez a comissão eleitoral invalidar esta parte da votação realizada nos dias 11 e 12 de setembro. Não houve problema nos votos para a eleição de diretoria. Duas listas concorrem a duas vagas de representantes titulares da unidade: Marcelo Paula de Melo, Luís Aureliano Imbiriba Silva, Renato Mendonça Barreto da Silva e Alexandre Palma de Oliveira, pela lista A; Luciane Claudia Barcellos e Verônica Salerno Pinto, pela lista B. A eleição é proporcional.

“Abaixei a cabeça e fiquei quieto, pensando que a vida era boa e que não podia acabar ali”, afirmou o médico Fábio Cuiabano sobre os momentos de tensão que passou na manhã do último dia 19. Ele foi uma das duas vítimas do assalto no estacionamento ao lado do Hospital Universitário. Mais de dez bandidos armados de fuzis renderam um vigilante, além de Fábio e outro médico, que chegavam para o trabalho. Para o prefeito universitário, Paulo Ripper, as características do assalto perto do hospital não deixam dúvidas de que se trata da mesma quadrilha que já cometeu este tipo de crime na Letras e no Centro de Tecnologia. “É inconcebível. Eles já estão à vontade aqui”. No entanto, como a segurança da UFRJ é feita de forma integrada com as polícias Civil e Militar, a Cidade Universitária sofre com a falta de recursos do estado. “Eles têm problemas estruturais claros. E eu tenho apenas 108 servidores vigilantes para todos os campi”. Leia mais em: Protesto em frente ao hospital cobra mais segurança  

Com 39 anos de existência, o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho está no limite. Para compreender a crise da unidade, a terceira edição da Revista da Adufrj oferece um dossiê com 34 páginas Já circula na universidade a terceira edição da Revista da Adufrj. O tema principal é o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Um dossiê de 34 páginas destrincha, sem tabus, os problemas da unidade. Professores renomados da UFRJ contribuem para o debate com artigos de fôlego sobre temas como: pessoal, orçamento, formação e assistência. Alguns dados são alarmantes e demonstram que os problemas não são de fácil explicação. A reportagem descobriu, por exemplo, que o hospital tem mais de mil médicos para atender a apenas 260 leitos. O número reduzido de pacientes causa impactos na formação de profissionais. Não à toa, a Medicina, melhor curso do país até 2008, despencou para o sétimo lugar no ranking da Folha. Além do dossiê, há artigos sobre a Reforma do Ensino Médio e o projeto Escola sem Partido. Um ensaio fotográfico das esculturas dos campi traz beleza à revista, de 48 páginas. Outra matéria sinaliza para o futuro, com o Maglev. Todos os sindicalizados receberão em casa seus exemplares. Mas a publicação já pode ser conferida em http://bit.ly/2xXTROl.

O clima entre a reitoria e a diretoria do Hospital Clementino Fraga Filho azedou nos últimos meses. Os gestores se desentenderam sobre a responsabilidade quanto ao pagamento dos trabalhadores sem vínculo empregatício com a instituição, conhecidos como extraquadros. O controle das verbas com origem no Sistema Único de Saúde também virou ponto de divergência. O diretor Eduardo Côrtes solicitou formalmente arbitragem da Advocacia-Geral da União para resolver a pendência, no último dia 15.

O presidente da Academia Brasileira de Ciências conversou com a reportagem da Adufrj sobre os efeitos dos cortes do governo federal na educação, ciência e tecnologia O presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, conversou com a reportagem da Adufrj sobre os efeitos dos cortes do governo federal na educação, ciência e tecnologia. Ele considera um equívoco a Emenda Constitucional 95, que limita os gastos sociais por 20 anos. Para o dirigente, que também é professor do Instituto de Física da UFRJ, o futuro do país está comprometido. Qual deveria ser a postura do governo federal para lidar com a crise? Luiz Davidovich A postura do governo brasileiro deveria ser a mesma adotada por outros países que pretendem ter protagonismo internacional. Suécia e China já investem 3% do Produto Interno Bruto em pesquisa e desenvolvimento. Estados Unidos, Japão e outras potências também decidiram investir em ciência. Esta é a postura dos países em épocas de crise. Por que é importante aumentar os investimentos nessa área? É a forma de superar e enfrentar a crise de maneira inteligente. Para se ter uma ideia, vamos economizar este ano R$ 15 bilhões porque não vamos precisar importar fertilizantes nitrogenados. Isto é resultado de pesquisa. Uma pesquisa da Embrapa permitiu adaptar o clima da serra brasileira para uma série de culturas diferentes. Isso é fundamental para a nossa segurança alimentar. Mas não podemos viver de glórias do passado. O investimento precisa ser constante para haver desenvolvimento. Como o senhor vê essa limitação dos gastos públicos por 20 anos? Eu sou da Física, trabalho com sistemas dinâmicos não lineares e sei que a possibilidade de prever o que vai acontecer no futuro é limitada, mas isto não foi considerado quando fizeram uma PEC por 20 anos. Essa Emenda está corrigindo o orçamento pela inflação, sem considerar aumento do PIB. Num cenário de inflação zero e aumento real do PIB, para onde vai esse superávit? O Brasil não vai poder investir? Educação, pesquisa e desenvolvimento não são gastos. São investimentos. Os cortes no orçamento do MCTIC impactam a pesquisa como um todo. Na UFRJ, esses impactos já aparecem? No laboratório do nosso grupo de Ótica Quântica, temos um laser pulsado quebrado há três anos porque não temos recursos para manutenção e conserto. Nosso doutorando precisou mudar seu tema de pesquisa por conta disso. Temos que usar equipamentos obsoletos e muita massa cinzenta para contornar os problemas. Isso nos tira da primeira linha de pesquisa e desenvolvimento mundiais. O senhor tem notícia de laboratórios que estão reduzindo as pesquisas? Muitos laboratórios estão sofrendo até com falta de material de limpeza. Além do meu laboratório, sei de laboratórios do Centro de Ciências da Saúde, que têm pesquisas relacionadas ao Zika e ao Alzheimer com muitos problemas. Dependem de insumos importados. São pesquisas na área de saúde com impacto direto na vida da população. E a perda de talentos? Conheço jovens que estão procurando sair do Brasil e isso é consequência direta desse clima no país. O governo desestimula a atuação de jovens pesquisadores. Até na Embrapa isso está acontecendo. Pós-doutores estão indo trabalhar fora porque aqui não há incentivo ao desenvolvimento e ao pensamento. Como a ABC está atuando nesse quadro de crise? Estamos atuando de várias formas. Primeiro, através da imprensa. Grandes veículos estão nos contatando por conta dessa política de cortes e das graves ameaças à pesquisa brasileira. Este é um dos meios de sensibilizar a nossa sociedade. Além disso, temos atuado no Congresso Nacional, conversando e pressionando parlamentares, porque o orçamento será votado em outubro. Esta é uma importante frente. Também temos conversado com o Executivo, mas o diálogo é muito difícil, sobretudo fora do Ministério de Ciência e Tecnologia.

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