facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

Setores pró-Ebserh tentam limitar acesso da comunidade ao colegiado

Participação democrática questionada no colegiado Aliados do reitor tentam impor normas restritivas de acesso da comunidade acadêmica ao Consuni, mas iniciativa é rechaçada por boa parte dos conselheiros e por todos que assistiam à sessão do último dia 12 Ebserh deve voltar à pauta do colegiado em 26 de setembro Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.   A expectativa era quanto à realização de mais um Conselho Universitário para tratar do modelo de gestão dos HUs da UFRJ. No entanto, a reitoria surpreendeu ao convocar a reunião do último dia 12, com o tema “Discussão sobre as condições de realização das sessões do Conselho Universitário”. O que se verificou no colegiado, porém, foi uma tentativa dos setores favoráveis à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para atacar os movimentos organizados da universidade. Diante da confusão que se estabeleceu ao final do Consuni anterior (dia 5), a administração e seus aliados buscaram caracterizar uma espécie de “vandalismo” no conselho. Talvez querendo “limpar o terreno” para uma futura votação a favor da contratação da empresa do governo. O conselheiro Afrânio Kritski (Titulares do CCS) chegou a ler uma proposta de resolução assinada pelo decano do CT, Walter Suemitsu, e pelo diretor da Faculdade de Medicina (e decano substituto do CCS), Roberto Medronho. Pelo documento, as sessões do Consuni só poderiam ser acompanhadas por no máximo 25 pessoas, o que corresponde à quantidade de cadeiras destinadas à assistência. A proposta também previa que todos os que desejassem acompanhar as sessões deveriam ser identificados previamente.  Os absurdos não paravam por aí. De acordo com o texto lido por Afrânio, não poderiam participar das reuniões as pessoas que não fizessem parte da universidade, ou seja, que não fossem alunos, professores ou técnicos da instituição. Além disso, a assistência deveria se manter em silêncio durante os debates e qualquer ação de ocupação ou atividades organizadas dos movimentos sociais da UFRJ suspenderia imediatamente o colegiado. Houve revolta entre os presentes, especialmente porque a reação dos movimentos na sessão do dia 5 só ocorreu após uma série de atos da presidência do colegiado. A começar pelo fato de o reitor abrir mão de sua condição de mediador para se colocar como proponente ativo da Ebserh. Como disse o estudante Julio Anselmo: “A violência maior que está sendo cometida neste Conselho é rasgar o Estatuto. O que tenho visto são as regras do jogo serem mudadas a todo o momento em favor de um lado”. Luta pela democracia Sobre a pauta apresentada naquela sessão, o estudante se disse surpreso, especialmente por se tratar de uma tentativa de limitar a participação dos segmentos da UFRJ na instância máxima de deliberação da universidade: “Qualquer medida que impeça a participação da comunidade acadêmica fará a nossa luta tomar outros ares. Deixará de ser somente contra a Ebserh e passará a ser pela democracia na UFRJ”. O professor Alcino Câmara Neto também defendeu a democracia na instituição, especificamente, nas participações no Conselho Universitário: “Existe um processo grave de criminalização das opiniões. Isso é diminuir, descaracterizar o diálogo, que é a seiva desta universidade”. O docente analisou o desconforto exposto por muitos conselheiros com as mobilizações de estudantes, docentes e técnicos nas sessões do colegiado: “Não existe paz onde não existe justiça. Prefiro estudantes subindo na bancada e correndo o risco de caírem sobre mim, do que ver dois policiais na porta, convocados sabe-se lá por quem, para impedirem a participação das pessoas”. Processo mal conduzido Para Diana Maul (Associados do CCS), a responsabilidade da crise institucional pela qual passa a universidade não é dos movimentos. “Esse é um processo que vem sendo conduzido há bastante tempo de uma forma errada. De uma forma que não constrói, mas divide. Essa condução chegou a um limite quando a proposta da Ebserh nos vem não mais como uma proposta vinda do MEC, mas sim entra em pauta como uma proposta do reitor”. Estatuinte Lúcia Rabello (Titulares do CFCH) questionou qual é, de fato, a representação do Conselho Universitário: “Hoje se falou muito sobre a legitimidade de nossa representação, mas a gente sabe que muitos de nós, conselheiros, contam com uma percentagem muito pequena do universo de nossos representados. Eu acho que isso coloca pra gente pensar qual é a legitimidade de nossa representação aqui. Nós evocamos essa representação quando ela não é plena”. Para a conselheira, as questões relacionadas ao funcionamento interno do Consuni deveriam ser pautadas a reboque da Estatuinte, que ainda não avançou. Leia mais sobre o Consuni do dia 12 na página 4 desta edição.  

Crise da representação

O presidente da Adufrj-SSind, Mauro Iasi, falou sobre a conjuntura no Brasil de hoje em que as pessoas demonstram não aceitar mais a formalidade de uma representação, sem que elas próprias participem dos processos decisórios. “Vão às ruas, se manifestam, exercem e exigem seu direito de acompanhar aqueles que os dizem representar. Na universidade não poderia ser diferente”.

O dirigente sindical desconstruiu o argumento daqueles que afirmavam terem sofrido agressões gratuitas: “Este também é um país que aprendeu a filmar. Eu convido a todos os conselheiros a assistirem aos vídeos dos acontecimentos no final da reunião. É bom que se assista antes de acusar pessoas para ver que conselheiros também tiveram postura de provocadores. É bom ver quem, inclusive, agrediu alunos”.

Neste sentido, Ângelo Cister (Adjuntos do CCJE), um dos representantes eleitos pelo Centro para o mandato-tampão que o reitor desejava vetar, denunciou o decano do CT, Walter Suemitsu, por ter agredido estudantes na sessão do Consuni do dia 5. Cister pediu que fosse aberto um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o decano. O reitor, porém, fez “ouvidos de mercador”.

Consuni muda de local para discutir Ebserh

A próxima reunião do Conselho Universitário – prevista para a quinta-feira, 26 setembro – será realizada excepcionalmente em um dos auditórios do campus do Fundão, provavelmente o localizado no bloco A do CT. A decisão, tomada na sessão do Consuni desta quinta-feira (12), foi resultado do debate sobre normas de funcionamento do colegiado. A sessão do dia 26 retomará o assunto da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

A escolha de um local mais amplo para sessões que envolvam temas polêmicos – como é o caso da discussão de propostas de gestões para hospitais universitários – foi proposta pelo conselheiro Roberto Leher (Titulares do CFCH). Ele neutralizou as ideias de um setor do Consuni que apontava para soluções restritivas à participação da comunidade acadêmica nas reuniões do conselho. 
 
Uma das propostas urdidas pelos conselheiros Roberto Medronho (decano substituto do CCS) e Walter Suemitsu (decano do CT) permitia o acesso de apenas 25 pessoas às sessões, previamente identificadas pela reitoria.
 
A sessão deste dia 12 foi cercada de muita expectativa. A reitoria havia retirado da pauta o debate sobre a gestão dos hospitais universitários. A mudança, segundo a reitoria, teve o propósito de discutir os incidentes da reunião do conselho do dia 5 de outubro. Naquela ocasião, houve reação às manobras conduzidas pelo reitor Carlos Levi com o objetivo de abrir caminho para aprovar a Ebserh. 
 
Como se sabe, na referida reunião, Levi rasgou o regimento do Consuni e tentou legitimar a dispensa do quórum qualificado como exigência para decidir-se sobre matéria que altera o estatuto da universidade. O assunto será retomado na próxima reunião do colegiado.

Técnico-administrativo do Instituto Tércio Pacitti (ex-NCE) minimiza ônus de contrato com empresa americana

Google Apps: prós e contras

Técnico-administrativo do Instituto Tércio Pacitti (ex-NCE) minimiza ônus de contrato com empresa americana. E defende que custo elevado não compensa a armazenagem de e-mails institucionais em servidor próprio da UFRJ

Experiência interna à universidade já fracassou nos anos 2000

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Carlos Mendes, técnico-administrativo que trabalha com redes e segurança da informação no Instituto Tércio Pacitti (ex-NCE/UFRJ) há mais de trinta anos, é cético em relação à proposta de centralização das mensagens eletrônicas com sufixo ‘ufrj.br’ em servidores da universidade. Ele responde a uma matéria publicada no Jornal da Adufrj nº 813, na qual Nilson Barbosa (da Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC) questiona a vulnerabilidade das mensagens institucionais à ação da Google, gigante norte-americana do setor de informática.

Mendes argumenta que a experiência de armazenagem interna à UFRJ a partir de softwares de domínio público já foi testada, sem sucesso, pelo antigo Núcleo, no início dos anos 2000. “Apesar dos esforços”, conta Carlos, “quem conhecia as outras opções disponíveis abandonava a da universidade”. 

A principal queixa dos usuários era a “falta de espaço”. Pesou ainda o apelo de ferramentas complementares como agenda, marcações de reuniões e afins.  “Era impossível competir”, afirma Carlos. A primeira Unidade a realizar a migração foi a Escola Politécnica. Hoje, segundo Carlos, 78 unidades fazem uso do Google Apps, pacote da empresa para contas institucionais. “Inicialmente, até a reitoria usava ‘gmail’ como endereço institucional”, destaca.

O preço do investimento próprio “não vale a pena”, avalia Carlos. E contabiliza: “Se oferecerem 25 GB para cada pessoa, na UFRJ isso significaria cerca de 20 mil usuários, o que dá 500 TB de informação. Fora o backup. Isso tudo tem um custo de recursos e de pessoal para implantar e para manutenção. Nossa experiência do passado não chegou perto disso”, completou. 

E-mail é só um pedaço do problema

De acordo Carlos, o correio eletrônico é apenas a ponta de um iceberg: “A questão da privacidade é realmente preocupante. As pessoas se expõem muito, principalmente, em redes sociais. Com certeza absoluta, muitos professores colocam suas pesquisas no ‘Dropbox’ (programa de compartilhamento de arquivos). O problema diz respeito a toda essa tecnologia de nuvem (armazenamento em rede). Os e-mails são mais um elemento. Daqui até o Japão, isso passa por uma série de roteadores (onde se tornam vulneráveis)”, exemplifica Carlos. “Vamos sair fazendo tudo: google apps, facebok?”, indaga.  

Carlos reconhece que, “tecnicamente”, o Google pode ler as mensagens. Contudo, sustenta que, “como um todo”, o contrato não dá margem para violação de privacidade, exceto “em situações previstas em lei, como está descrito”.  Nesse caso, avalia que prevaleceria a legislação brasileira. A presença de uma sede da empresa no país e alguns artigos no Código de Defesa do Consumir são citados para reforçar o argumento.

Aprender sobre as ferramentas é a tarefa imediata

Para o técnico de informática, a solução está em “saber utilizar a ferramenta”. Carlos observa que, nacional ou estrangeiro, o administrador do sistema sempre poderá acessar as informações: “Ainda que houvesse uma estatal, se a informação é crítica (sigilosa), o único jeito é a criptografia”. “É a única alternativa para o usuário, não importa o meio”, completa.

Armazenagem própria da UFRJ deve ser uma opção

Carlos diz não ver com bons olhos a proposta de centralização das contas de e-mail apresentada ao Consuni (pelo conselheiro Nilson Barbosa): “Se for para oferecer o serviço, tudo bem. Mas não avalio como correto algo obrigatório”. “Nem o DSIC (Departamento de Segurança da Informação e Comunicações, órgão subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) fala em proibir. Apenas recomendam práticas para uso”, acrescentou. Além disso, ressalta, a universidade possui fóruns “mais apropriados” para formular propostas para o setor como o Conselho Gestor de Tecnologia da Informação, criado em 2010. 

Carlos defende a política de treinamento interno da comunidade. “Não tenho estatística para isso, mas, pela minha experiência, diria que 90% das informações que circulam nesses e-mails não são sigilosas. As pessoas precisam é aprender a fazer a separação”, ponderou.

Em sua visão, a universidade pública tem uma cultura “muito aberta”. “A conscientização é um processo longo”. Para Carlos, a Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação poderia contribuir neste aspecto, oferecendo à comunidade certificados digitais ou softwares para criptografia de dados.

 

Tema de última hora inventado pela direção da universidade vai substituir Ebserh

A reitoria resolveu retirar o debate sobre a gestão dos hospitais universitários da UFRJ da pauta anunciada para a sessão ordinária do Consuni desta quinta-feira 12. Decidiu substituir o tema por uma agenda pouco clara: “Discussão sobre as condições de realização das sessões do Conselho Universitário”, segundo comunicado feito aos conselheiros pela Secretaria dos Órgãos Colegiados.


A reitoria mudou a pauta depois da tumultuada sessão do último dia 5 de setembro, quando o reitor desconheceu o regimento do Consuni e, por meio de uma confusa votação, tentou legitimar a dispensa do quórum qualificado como exigência para decidir-se sobre matéria que altera o estatuto da universidade. A manobra tem o objetivo de drenar o caminho para a entrega do controle de unidades de saúde da UFRJ à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.


 



Votação viciada

O episódio provocou indignação de professores, estudantes e técnicos que foram à sessão do Consuni defender o patrimônio da UFRJ e a autonomia universitária. A tentativa de se firmar contrato com a Ebserh tem sido o esforço de um setor da universidade nos últimos meses. Durante esse período, as entidades representativas do movimento docente, dos técnicos e do movimento estudantil têm procurado apresentar alternativas à proposta que o governo quer impor à universidade. A Ebserh trará, na prática, a lógica mercantil para instituições públicas com responsabilidade nas áreas do ensino e da pesquisa. Enquanto o movimento busca o diálogo, o que se viu na sessão do dia 5 foi a condução de votação viciada por uma série de irregularidades.

Censo maquiado


O Censo 2010 acabou com uma série histórica relacionada à quantidade de anos de escolaridade do brasileiro. O último questionário básico, aplicado a todos os domicílios do país, previa apenas a pergunta: “Sabe ler e escrever?” E trazia como alternativas de resposta: “sim” e “não”.

Apenas o questionário de amostra, que é aplicado em percentual que varia de 5% a 50% dependendo do tamanho da cidade, trazia alternativas mais detalhadas sobre a quantidade de anos de estudo. 

Censo II
Enquanto no relatório consolidado do Censo 2000 há uma abordagem descritiva sobre a situação educacional dos entrevistados, com explicações acerca de cada uma das alternativas listadas no questionário, o relatório do Censo 2010 apresenta apenas a seguinte descrição: “Considerou-se como alfabetizada a pessoa capaz de ler e escrever um bilhete simples no idioma que conhecesse”. E, analfabeta, quem “aprendeu a ler e escrever, mas que esqueceu devido a ter passado por um processo de alfabetização que não se consolidou e a que apenas assinava o próprio nome”.

Rádio para todos
Em encontro realizado em Belém (PA), no fim de agosto, líderes indígenas, quilombolas e sem-terra expuseram aos representantes do governo federal a necessidade de terem voz por meio de rádios comunitárias. Os movimentos sociais exigiram medidas do governo para que seja possível a liberdade de expressão nas comunidades rurais e tradicionais.

Luta por direitos
Aconteceu até o dia 5 de setembro o Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Os ativistas reclamam que a criação de uma política especial, que assegure direitos aos atingidos por barragens é histórica, mas nunca foi levada à frente por governos. 

O ministro Gilberto Carvalho afirmou que ainda este ano a presidência assinará uma política nacional para o setor.

Violência contra jornalistas
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro realizou no dia 4 uma plenária para debater a violência cometida pelo Estado contra profissionais da imprensa e movimentos sociais. 

Ficou decidido que o sindicato encaminhará denúncia a organismos internacionais de direitos humanos com relatos dos casos. Além disso, realizará um manifesto público contra a violência da polícia e atentado à liberdade de imprensa e expressão. Outra deliberação foi a realização de uma audiência pública para debater o tema.

Negociação coletiva
O Dieese e as centrais sindicais realizam neste 11 de setembro a II Jornada Nacional de Debates do Setor Público. O tema desta edição são os “Desafios da Negociação Coletiva no Setor Público: Finanças e Transferências Governamentais”. O debate ocorrerá das 15h às 18h, no auditório do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro, na Av. Rio Branco, 109, 19º andar - Centro-RJ. As presenças devem ser confirmadas pelo telefone: 2518-4381 ou pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Repressão
Mais de 200 mandados de prisão foram expedidos pela Justiça contra integrantes dos grupos Black Block e Anonymous. Desde o dia 4 eles estão sendo presos, inclusive em suas casas, e tendo computadores apreendidos pela polícia. Eles são acusados de formação de quadrilha armada e incitação à violência. 

A Ordem dos Advogados do Brasil lançou nota na qual afirma que a ação do Estado é inconstitucional, pois não há previsão legal para prender e fichar criminalmente pessoas por estarem mascaradas nas ruas.

 

Reforma Agrária
O governo de Dilma Roussef abandonou a Reforma Agrária e deixou de cumprir sua obrigação constitucional. A acusação é do dirigente da Coordenação Nacional do MST, Alexandre Conceição. Segundo o MST, a situação no campo é de extrema gravidade para os trabalhadores e o agronegócio é o favorecido.

 

Trabalho e formação
O Grupo de Estudos Trabalho e Formação Docente do Coletivo de Estudos Marxismo e Educação (ColeMarx) realizará um seminário nos dias 17 e 18 de setembro. O objetivo é discutir questões político-pedagógicas que influenciam no dia a dia dos profissionais de educação. 

O evento ocorre a partir das 8h, no Fórum de Ciência e Cultura, no campus da Praia Vermelha. Inscrições:

Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..


E-no-consuni

Topo