facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

WhatsApp Image 2021 04 30 at 18.05.42Caros professores,

A AdUFRJ chega aos 42 anos com experiência e esperança. Experiência forjada nas ruas, salas de aula, praças e laboratórios da maior universidade federal do Brasil. Para dentro e para fora dos campi, o sindicato que nasceu com o nome de associação jamais se privou das grandes lutas. Ajudou a combater a ditadura, a reconstruir a democracia no país e, de forma intransigente, a defender a universidade pública, gratuita e de qualidade.
Fundada por valentes professores no outono do arbítrio militar, em 26 de abril de 1979, a AdUFRJ enfrenta hoje, de novo, o recrudescimento de pesadelos ditatoriais protagonizados por um presidente da República perverso, incompetente e que odeia a matéria mais cara a todo docente – o conhecimento.
Mas a história das coincidências também tem suas boas travessuras. Este ano, as bodas do sindicato caíram exatamente na mesma semana do 1º de maio, efeméride que homenageia o sonho e o suor de bilhões de trabalhadoras e trabalhadores em todo o mundo. Parabéns acumulados, portanto.
Em mais de quatro décadas, o jeito de fazer movimento sindical mudou junto com o Brasil.
A AdUFRJ também se transformou, como ensinam os 17 professores que assinam textos nesta edição especial. Foram convidados todos os ex-presidentes da Associação dos Docentes da UFRJ, de todas as épocas e matizes políticos. Quase todos toparam e escreveram sobre os desafios de cada gestão. Essa entusiasmada adesão é uma honra para a equipe de Comunicação porque mostra que a imprensa sindical não é um instrumento panfletário de propaganda, e sim um respeitado espaço jornalístico de circulação de informação de qualidade.
Em comum a todos os textos, há as digitais de professores entranhadamente comprometidos com a universidade, com a produção livre e libertária do saber científico, cultural, artístico e político.
Vida Longa à AdUFRJ!

CONFIRA AQUI A EDIÇÃO EM PDF


Boa Leitura!
Ana Beatriz Magno, André Hippertt, Alexandre Medeiros, Kelvin Melo, Silvana Sá, Kim Queiroz e Liz Mota Almeida

 

observatórioPara marcar o segundo aniversário do Observatório do Conhecimento, a articulação de entidades sindicais e de movimentos em defesa do Ensino Superior reuniu cinco deputados federais da bancada da Educação para discutir o impacto do cenário político do país sobre a produção do conhecimento. O debate "As universidades estão em risco?" foi transmitido na segunda-feira (26). Além dos cortes, preocupam as intervenções nas reitorias e o cerceamento às pesquisas.

“Na Educação, a redução de orçamento foi de 27% em relação ao ano passado. Será a pasta com maior corte orçamentário para esse ano, junto com a Ciência e Tecnologia. O presidente vetou R$ 200 milhões para pesquisa de uma vacina da USP que estava em pleno desenvolvimento”, lamentou o presidente do Adufg-Sindicato, professor Flávio Alves da Silva, mediador do encontro.

Parlamentares de diferentes filiações e tendências partidárias apontaram para o risco de um apagão do conhecimento. “É um ensino superior que não aumenta vagas nem projetos, que não tem nenhum crescimento”, destacou a deputada Rosa Neide (PT). Segundo ela, o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, revelou durante uma reunião, na semana passada, que a pasta opera com menos 60% de pesquisadores. “Das mais de três mil propostas de bolsas de pós-doutorado, avaliadas com mérito pelo próprio CNPq, menos de 400 foram aprovadas por conta de limites orçamentários”, citou ainda o deputado Alessandro Molon, do PSB.

            “O que há é um conjunto de ações de quem tenta levar para dentro das universidades uma guerra ideológica. Essas ações partem do corte de recursos até uma restrição cada vez maior da autonomia político-administrativa”, afirmou o deputado do Partido Liberal, Marcelo Ramos. As intervenções nos processos eleitorais das universidades e institutos federais também foram criticadas por João Carlos Bacelar Batista (PODEMOS): “Vinte e cinco reitores foram nomeados pelo presidente da República sem que tivessem sido os mais votados ou até que estivessem na lista tríplice”.

            Outra visão compartilhada pelos parlamentares é de que, apesar da redução dos recursos, a demanda social pelas universidades tende a aumentar. “O desafio que temos é dobrar a aposta na pesquisa, Ciência e Tecnologia, não apenas para combater o obscurantismo negacionista responsável pelo genocídio operado pelo Bolsonaro, mas também para criar melhores condições para o Brasil viver o pós-covid”, opinou Orlando Silva (PC do B). “A minha sensação é que o que virá depois é uma nova ordem econômica global”, justificou.

DEPOIMENTOS

Alessandro Molon (PSB): “As obsessões folclóricas do presidente, como o nióbio, já prenunciavam a sua desastrosa aposta em soluções milagrosas que, na prática, sempre se mostram erradas. A cloroquina é só a continuação trágica desse padrão de Bolsonaro”.

Rosa Neide (PT): “Nesse projeto de governo, a educação inclusiva e a pesquisa que pode chegar até a ponta com mais força para ajudar as pessoas não está no planejamento”

Marcelo Ramos (PL): “As universidades públicas brasileiras atravessaram uma ditadura militar e saíram, desse processo, fortalecidas. Tornaram-se pólos de resistência. E mais uma vez estão sendo testadas. É óbvio que o corte de recursos fere de morte a possibilidade de autonomia político-administrativa das universidades”.

Orlando Silva (PC do B): “A covid-19 desnudou a necessidade de ampliar o investimento em Ciência, Tecnologia e pesquisa. Só assim a gente vai poder enfrentar uma pandemia como essa. E também os novos desafios que a economia vai nos trazer.”

João Carlos Bacelar Batista (PODEMOS): “Eles transformaram a Educação em serviço essencial para a máquina pública, apenas e unicamente, para impedir que o professor brasileiro tenha direito à greve. Há perseguições não só administrativas, mas até processos criminais, contra professores”

WhatsApp Image 2021 04 22 at 22.39.39Neste 22 de abril, Dia Internacional da Terra, o Jornal da AdUFRJ abre mais uma vez suas páginas à Ciência e ao conhecimento, reafirmando o repúdio ao negacionismo que se instalou no Palácio do Planalto desde a posse de Jair Bolsonaro. No dia em que 40 líderes globais se reuniram na Cúpula do Clima, convocada pelo presidente norte-americano Joe Biden, mostramos que um sistema desenvolvido por pesquisadores da Coppe pode ajudar muito a combater as mudanças climáticas, principal tema do encontro internacional. Batizado de Ariel, o sistema usa embarcação autônoma e veículo aéreo não tripulado (drone) para identificar e monitorar vazamentos de óleo nos oceanos. Já testado com sucesso na Baía de Guanabara, esse sistema pode contribuir para rápidas respostas a emergências no mar.
Enquanto a Ciência nacional dá mostras de excelência e pujança, mesmo com os cortes de orçamento em pesquisa e sob ataques do governo federal à autonomia universitária, o presidente Jair Bolsonaro segue com sua rotina de mentiras e promessas vazias. Na Cúpula do Clima, já sem a presença de Joe Biden, o presidente fez um discurso bem distante das ações, muitas vezes criminosas, de seu governo. Prometeu zerar as emissões de gases do efeito estufa até 2050 e acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030. As promessas soariam alvissareiras, não fossem o contrário do que o governo fez em quase dois anos e meio de negligência e omissão em relação ao meio ambiente. O ministro da área, Ricardo Salles, aquele da boiada, está sendo investigado por acobertar desmatamento ilegal.

SOBRE O MAR

Kim Queiroz

WhatsApp Image 2021 04 22 at 22.52.38Foto: Divulgação/CoppeO meio ambiente pede socorro, a Ciência busca soluções. Para alertar e evitar uma ameaça constante do homem à natureza, pesquisadores da Coppe/UFRJ estão desenvolvendo um sistema que monitora o vazamento de óleo nos oceanos. Batizado de Ariel (da sigla em inglês Autonomous Robot for Identification of Emulsified Liquids, que em português significa “robô autônomo para identificação de líquidos emulsificados”), o sistema integra uma embarcação autônoma e um veículo aéreo não tripulado (drone). Desenvolvido no Laboratório de Controle e Automação, Engenharia de Aplicação e Desenvolvimento (Lead) da Coppe, o projeto foi testado no mar com sucesso em dezembro, no Rio de Janeiro.
“A ideia foi evoluir uma tecnologia que já existia, para chegarmos mais perto das manchas de óleo, por meio de um sistema autônomo que juntasse barco com drone”, conta Alessandro Jacoud, coordenador do projeto. Professor do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe, Alessandro diz que as imagens captadas por câmeras fixas na costa muitas vezes geram informações equivocadas. A combinação desses dois veículos busca um monitoramento com maior precisão, sem que as imagens sejam desestabilizadas pelo balanço do mar. O drone, equipado com câmeras térmicas, decola do barco para detectar a existência e a posição das manchas de óleo. “O barco então recebe essa localização e se desloca até ela. Através de um outro sensor, ele confirma, ou não, esse vazamento, e envia essa informação para as equipes de resposta e emergências”, explica o docente.
Contratado pela Repsol Sinopec Brasil e financiado com recursos da cláusula de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o projeto é fruto de uma parceria da Coppe com as empresas TideWise e Farol. “A Farol cuida da parte logística e legal da operação, como, por exemplo, a que altura o drone pode voar. A TideWise, criada por ex-alunos da Coppe, forneceu o barco para fazermos o pouso do drone e levar o sensor para detectar óleo”, comenta Alessandro. Os engenheiros da Coppe no Lead são os responsáveis pela interface do software, para que o computador “converse” com o drone e possa realizar as tarefas desejadas.
Segundo os pesquisadores, a intenção é que haja a menor quantidade de operadores possível. “Queremos que o barco seja capaz de sair de onde está ancorado, com o drone já em cima, vá até o local da avaliação, que o drone então decole, faça sua missão e consiga voltar até o barco”, descreve Wenderson Serrantola, engenheiro pesquisador contratado pela Coppetec. No teste realizado em dezembro, na Marina da Glória, a equipe foi bem-sucedida no seu objetivo. “O drone foi capaz de decolar, buscar óleo na região pré-determinada, voltar ao barco e fazer o pouso, de forma 100% autônoma. Sem a necessidade de nenhum operador para fazer essa atividade, o que é um grande diferencial do projeto”, completa.
Assim como toda tecnologia, o sistema lida com limitações, a exemplo da bateria do drone. “O tempo necessário para que o drone consiga fazer toda sua rotina de tarefas dura em torno de dez a 15 minutos de voo, e após essa execução ele pousa no barco. Mas a duração da bateria ainda impede que ele faça voos com mais de 30 minutos”, diz Levi Resende, que também atua como engenheiro pesquisador contratado pela Coppetec. Ele aponta que as modificações na concepção inicial do drone também afetam a vida de sua bateria. “Quando a gente aumenta a carga do drone, reduzimos também a autonomia da bateria”, lembra.
Outro fator crucial para a bateria é a velocidade de voo do drone, que pode chegar a até 70 quilômetros por hora. “Se a gente voar o drone na sua velocidade máxima durante o monitoramento,  vai exigir um esforço muito grande dos motores, porque em alto mar o vento é bem forte. E isso diminui bastante a bateria”, afirma Levi. Por questões de segurança, a equipe inicialmente delimitou o alcance dos voos de monitoramento para raios menores, de 200 a 300 metros, para validar a sua utilização. “Mas sabemos que poderíamos fazer voos com raios de um a dois quilômetros com certa tranquilidade e segurança, mantendo a visibilidade do drone a olho nu, e a certeza de que ele iria fazer a atividade com segurança sem que a bateria acabasse”, completa o engenheiro.
Alessandro Jacoud ressalta o interesse de conectar esse sistema à varredura feita por satélites, que pode chegar a 200 quilômetros quadrados. “A fase 2 desse projeto é juntar essas informações locais, detectadas com o drone e a embarcação, com as informações captadas por satélite, que são menos precisas mas abrangem áreas muito maiores”, comenta. Segundo ele, o destino dessas informações ainda não está definido. “No futuro, a ideia é que a empresa que for comercializar o sistema ofereça essas informações para empresas de resposta a emergências, que irão até os locais indicados para conter os vazamentos de óleo”, finaliza.

Com mais mentiras e de pires na mão

Em seus quase dois anos e meio de governo, o presidente Jair Bolsonaro não moveu uma palha a favor do meio ambiente. Ao contrário: o desmatamento acelerado da Amazônia e os incêndios no Pantanal, apenas para citar duas catástrofes, moveram o Brasil para o posto de pária internacional na seara ambiental. Mas quem ouviu hoje o discurso de Bolsonaro na Cúpula dos Líderes Sobre o Clima, convocada pelo presidente norte-americano Joe Biden, deve ter achado que o governo brasileiro virou sócio do Greenpeace. Eivado de mentiras e distorções, o discurso de Bolsonaro enalteceu feitos não realizados e ainda cobrou “justa remuneração” pelos “serviços ambientais prestados” pelo Brasil ao planeta. O anfitrião Biden saiu do encontro antes do discurso de Bolsonaro, que foi o último a falar entre os integrantes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).  
Na contramão de sua inação e, em alguns casos, estímulo ao desmatamento desenfreado na Amazônia, o presidente brasileiro fez algumas promessas que exigirão, se sinceras, uma guinada radical na forma como seu governo lida com o combate às mudanças climáticas. Uma delas é ousada. Ele anunciou a antecipação para 2050 do prazo para que o Brasil zere as emissões de gases do efeito estufa, antes previsto para 2060. Para alcançar a meta, Bolsonaro assumiu o compromisso, diante de outros 39 líderes globais reunidos na cúpula, de “eliminar o desmatamento ilegal até 2030”. Vai ter que combinar o que é “ilegal” com seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, um contumaz apoiador de madeireiros e alvo de uma notícia-crime junto ao Supremo Tribunal Federal (veja abaixo).
As promessas de Bolsonaro passam bem distante da realidade. Só em 2020, o Brasil viveu um aumento de 13% no desmatamento do Cerrado, uma destruição de mais de 25% do Pantanal, e o maior desmatamento da Amazônia em dez anos. Além disso, sob a batuta de Salles, desidratou as equipes de fiscalização de órgãos como o Ibama e o ICM-Bio. Mesmo diante de tantas evidências, Bolsonaro ainda reivindicou dinheiro para atingir as metas propostas — em carta ao governo norte-americano, ele pediu US$ 10 bilhões anuais.
Entrevistado pela Globonews pouco após o discurso de Bolsonaro, Ricardo Galvão, ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), demitido em 2019 por defender a Ciência contra o negacionismo, apontou as contradições na fala presidencial. “Todas as ações do governo federal são contrárias ao que ele pregou em seu discurso. Desde o início de seu governo, Bolsonaro viu o Inpe como um empecilho, uma pedra no sapato, por levantar e divulgar dados confiáveis que contradiziam seu discurso. O governo Bolsonaro virou as costas para a Amazônia, enfraqueceu os órgãos de fiscalização. Entre falar e fazer tem um mar no meio”, disse Galvão. (Alexandre Medeiros)

Salles, o da boiada, é investigado

O superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, enviou ao Supremo Tribunal Federal uma notícia-crime contra o ministro Ricardo Salles e o senador Telmário Mota (Pros-RR). Saraiva alega que Salles cometeu os crimes de obstrução de fiscalização ambiental, advocacia administrativa e embaraço de investigação contra organização criminosa, favorecendo madeireiros flagrados praticando desmatamento ilegal na Amazônia. No dia seguinte à entrada do processo de Saraiva na Corte (15), o diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, demitiu Saraiva e colocou o delegado Leandro Almada no seu lugar.
No dia 19, o subprocurador do Ministério Público no Tribunal de Contas da União, Lucas Rocha Furtado, pediu ao STF o afastamento do ministro do Meio Ambiente, sob alegação de risco às investigações contra desmatadores. O pedido foi feito no âmbito da notícia-crime movida por Alexandre Saraiva. Segundo Lucas, a manutenção de Salles no cargo de ministro pode retardar ou dificultar a realização da apuração dos fatos, causar novos danos ao meio ambiente, interferir indevidamente nas operações e inviabilizar a cobrança das multas decorrentes de infração ambiental. “Ao contrário do que se esperava da atuação do ministro, ele vem atuando, segundo narrado na notícia crime, em defesa dos interesses dos madeireiros que realizaram as extrações ilegais e criminosas”, diz trecho da manifestação assinada por Furtado. (Kim Queiroz)

WhatsApp Image 2021 04 22 at 22.43.36Foto: Fernando Souza/Arquivo AdUFRJProfissionais que atuam na UFRJ, com idade entre 45 e 59 anos, começam a ser vacinados contra a covid-19 a partir da próxima segunda-feira, dia 26. Esta fase do calendário está prevista para acontecer até 29 de maio. Todas as categorias  – professores, técnico-administrativos, terceirizados e contratados – estão incluídas no cronograma. A Secretaria Municipal de Saúde, no entanto, alerta que o calendário pode atrasar por falta de doses. Só há estoque suficiente até sábado, 24. Para não paralisar a imunização, um novo lote de doses precisa ser entregue à cidade ainda nesta semana.
A vacinação dos profissionais da UFRJ pode ser realizada em qualquer posto de saúde da prefeitura do Rio. Todos os servidores devem apresentar os três últimos contracheques. Aqueles que trabalham para empresas prestadoras de serviço deverão apresentar uma declaração da universidade como forma de comprovação de vínculo com a UFRJ. É o caso dos profissionais de limpeza, segurança, manutenção dos campi e contratados de outros setores. A declaração funcional estará disponível nas unidades em que os terceirizados e contratados trabalham.
Na faixa etária, de 45 a 59 anos, a universidade tem 1.743 professores do ensino superior, 33 professores do Colégio de Aplicação e 3.257 técnicos. A reitoria ainda faz o levantamento de quantos terceirizados e contratados poderão ser beneficiados nesta etapa da imunização.
Desde o começo da semana, as empresas terceirizadas, unidades acadêmicas e decanias estão repassando à administração central as listagens com os nomes completos, documentação e data de nascimento dos seus profissionais. O procedimento permite à reitoria fazer a triagem de quais trabalhadores terceirizados estão na faixa etária indicada para a imunização. As declarações são feitas pelo gabinete da reitora e enviadas aos locais de trabalho.

SEM AGLOMERAR
WhatsApp Image 2021 04 22 at 22.44.33A universidade não vai montar postos extras de vacinação. A imunização continua sendo coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde. Para evitar grandes deslocamentos e aglomeração em transportes coletivos, todos os profissionais – efetivos e terceirizados – deverão buscar as unidades de saúde mais próximas de suas casas. Apenas os postos drive-thru da UFRJ seguirão em funcionamento, sempre aos sábados, a partir das 8h.

MACAÉ
Professores, técnicos e contratados que atuam no campus Macaé e no Nupem e moram na região, devem seguir o calendário de vacinação da prefeitura local. Lá, por enquanto, a vacinação alcança a segunda dose em idosos de 68 e 69 anos e a primeira dose em idosos de 62 anos. É preciso realizar um cadastro no site da prefeitura e aguardar o cronograma. Na data estipulada, a pessoa precisa apresentar o QR code gerado e um comprovante de residência.

EDUCAÇÃO BÁSICA
Os professores do Colégio de Aplicação tiveram a vacinação adiantada pela Secretaria Municipal de Saúde. No sábado passado (17), aqueles com 55 anos ou mais puderam comparecer a um posto de saúde para tomar a primeira dose da vacina. No dia 24, será a vez dos de 50 anos ou mais. “Muita ansiedade e muita vontade de tomar a vacina”. Este é o sentimento do professor Fábio Garcez Carvalho, do CAp. Ele dá aulas de história e revela que além do desejo de fazer parte de uma comunidade escolar imunizada, ele também anseia pela vacina porque adoeceu no ano passado.
“Passei cerca de um mês internado, em maio do ano passado. Passei 15 dias no CTI e outras duas semanas para me recuperar de uma segunda infecção. Em casa, demorei mais um mês para me recuperar”, relata. “Precisei fazer fisioterapia, tinha dificuldade de locomoção e um cansaço muito anormal”, lembra o professor. “Foi um período muito difícil. Vi e vivi um cenário de guerra no CTI, porque fiquei o tempo todo consciente”. Ele lembra. “Eu me vacino exatamente 11 meses depois da minha internação. Tenho muito o que comemorar”.
O calendário engloba todos os profissionais da educação básica, mas apenas os da rede pública. A diferenciação gerou revolta dos trabalhadores da iniciativa privada. O Sinpro-Rio, sindicato dos professores da rede privada carioca, declarou que os profissionais estão “chocados, estarrecidos e indignados”. “Esses são os sentimentos dos professores e professoras do setor privado do Rio de Janeiro, diante da recusa da prefeitura em dar início à vacinação dos profissionais da iniciativa privada”. Em nota, o sindicato ainda lembra que os professores da rede privada estão em atividade presencial desde outubro passado e que muitos faleceram em decorrência da covid-19.

 

 

 

VEJA O CALENDÁRIO COMPLETO

 

DIA

PÚBLICO

26 de abril

Mulheres com 59 anos

27 de abril

Homens com 59 anos

28 de abril

Mulheres com 58 anos

29 de abril

Homens com 58 anos

30 de abril

Mulheres com 57 anos

01 de maio

Homens com 57 anos

03 de maio

Mulheres com 56 anos

04 de maio

Homens com 56 anos

05 de maio

Mulheres com 55 anos

06 de maio

Homens com 55 anos

07 de maio

Mulheres com 54 anos

08 de maio

Homens com 54 anos

10 de maio

Mulheres com 53 anos

11 de maio

Homens com 53 anos

12 de maio

Mulheres com 52 anos

13 de maio

Homens com 52 anos

14 de maio

Mulheres com 51 anos

15 de maio

Homens com 51 anos

17 de maio

Mulheres com 50 anos

18 de maio

Homens com 50 anos

19 de maio

Mulheres com 49 anos

20 de maio

Homens com 49 anos

21 de maio

Mulheres com 48 anos

22 de maio

Homens com 48 anos

24 de maio

Mulheres com 47 anos

25 de maio

Homens com 47 anos

26 de maio

Mulheres com 46 anos

27 de maio

Homens com 46 anos

28 de maio

Mulheres com 45 anos

29 de maio

Homens com 45 anos

WhatsApp Image 2021 04 20 at 11.29.23O Conselho Universitário da UFRJ revogou nesta terça-feira (20) o título de doutor honoris causa, concedido em 1973, ao tenente-coronel Jarbas Passarinho, ex-ministro da Educação do governo Costa Silva, na ditadura militar. Passarinho cunhou uma frase célebre dos anos de chumbo, ao defender as medidas de perseguição política impostas pelo mais duro ato institucional do regime inaugurado pelo golpe de 1964, na reunião do Conselho de Segurança Nacional de 13 de dezembro de 1968 que decretou o AI-5: "Às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência''. Por 34 votos a 2, com 8 abstenções, os conselheiros consideraram que o militar não estava à altura do título que já foi concedido a personalidades nacionais e internacionais como Oscar Niemeyer, Albert Sabin, Paulo Freire, Gabriel García Márquez, Dom Hélder Câmara e Desmont Tutu.
    Para a conselheira Júlia Vilhena, relatora da proposição de revogação do título e diretora do DCE Mário Prata, a homenagem a Jarbas Passarinho, um dos próceres do regime militar que matou e torturou opositores da ditadura, era descabida: "Ele não merece um título honorífico da UFRJ. Revogar esse título é estar ao lado da democracia e reafirmar o papel da UFRJ na história". Após a proclamação do resultado, a reitora Denise Pires de Carvalho elogiou a postura dos estudantes "com suas falas inspiradoras" e concluiu: "O negacionismo deve ser combatido em toda e qualquer área o conhecimento".

Topo