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No entendimento do Tribunal, o índice de 1989 já foi absorvido pelos reajustes posteriores na carreira e não deveria mais ser pago. Reitoria está sendo pressionada a cumprir a determinação O Tribunal de Contas da União avisou ao reitor Roberto Leher que irá deteminar o corte dos 26,05% (Plano Verão) dos salários de professores e servidores da UFRJ. No entendimento do TCU, o índice de 1989 já foi absorvido pelos reajustes posteriores na carreira e não deveria mais ser pago. A reitoria está sendo pressionada a cumprir a determinação, sob pena de possível multa contra Roberto Leher. O reitor foi ao TCU, em Brasília na quinta-feira, 3 de agosto. A assessoria jurídica da Adufrj está elaborando a defesa em parceria com a reitoria e aguarda o parecer do ministro relator do processo, Vital do Rêgo Filho. “Havendo decisão desfavorável para os professores, vamos tomar todas as medidas legais cabíveis”, disse a advogada Ana Luísa Palmisciano. A princípio, os docentes que fazem parte da ação movida pela Adufrj em 1989 estão com o direito assegurado por conta de decisão do Tribunal Regional do Trabalho, em 1993, e reafirmada em 2015. Cerca de 13 mil pessoas na UFRJ correm o risco de perder parte de seus salários. Entre professores, são 968 ativos e 2.167 aposentados, segundo os cálculos da reitoria. Os técnicos somam 5.335 ativos e 4.361 aposentados ameaçados. Na última reunião do Conselho Universitário (Consuni), na quinta-feira, 10, o reitor afirmou que trabalha para a manutenção do índice para todos. “Os 26,05% resultam de atos legais e legítimos. Já apresentamos um primeira defesa dos pagamentos. Trabalhamos de maneira dialógica com os sindicatos de técnicos e de professores”, garantiu Leher. Agnaldo Fernandes, pró-reitor de Pessoal, informou que a UFRJ prepara um memorial com todo o histórico que garantiu o percentual aos servidores e professores. “Na reunião que tivemos com o ministro Vital do Rêgo Filho, deixamos claro que se trata dos salários das pessoas. Um direito conquistado há 30 anos e que está congelado desde 2006”, explicou. “Já apresentamos documentação mostrando que há decisão favorável do Tribunal Regional do Trabalho pela manutenção dos pagamentos", completou. Ameaça constante Há quase três décadas, os servidores da UFRJ amargam insegurança em relação aos 26%. Em 2006, o índice foi congelado e novos servidores não tiveram mais acesso ao ganho. Dois acórdãos do TCU, de 2005 e de 2012, previam a revisão do índice a fim de regularizar e extinguir gradativamente a rubrica. Até hoje essa revisão não foi realizada e os pagamentos continuam. A assessoria de imprensa do TCU afirmou que os ministros não concedem entrevistas sem que o processo esteja na pauta da Sessão Ordinária do Tribunal. Não há data confirmada para que o tema volte à pauta.

A campanha Conhecimento Sem Cortes inaugurou dia 9, em Brasília, mais um tesourômetro. O painel eletrônico foi instalado numa via que liga o aeroporto ao Congresso. Bem à vista dos parlamentares A campanha Conhecimento Sem Cortes inaugurou na quarta-feira (9), em Brasília, um estratégico tesourômetro. O painel eletrônico que mostra, minuto a minuto, os cortes na Educação e na Ciência desde 2015, foi instalado numa via que liga o aeroporto ao Congresso. Bem à vista, portanto, dos parlamentares que vão votar o orçamento de 2018. Carlos Frederico Leão, professor do Instituto de Economia e vice-presidente da Adufrj, explicou, em um debate realizado na Universidade de Brasília, os cálculos que movem o tesourômetro: instituições federais de ensino superior, Capes e Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações estão perdendo cerca de R$ 500 mil por hora ou R$ 8 mil por minuto em comparação com o orçamento de 2015. A cifra já ultrapassou R$ 11 bilhões. Ele destacou que o governo tem o dinheiro para aplicar nestas áreas: “É uma questão de prioridade. Este mês, para não ser impedido, Temer destinou R$ 8 bilhões para o agronegócio”. Vírgilio Arraes, presidente da Associação dos Docentes da UnB — outra entidade envolvida na criação da campanha Conhecimento sem Cortes e seus tesourômetros —, destacou a iniciativa: “A ideia é materializar como é o impacto cotidiano nas universidades, a fim de envolver a sociedade e a população em geral.”, explicou. O painel do Distrito Federal é o terceiro: já existem outros na UFRJ e na UFMG. Ildeu Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, pontuou a importância do desenvolvimento científico para a soberania nacional. “A gente não tem projeto de nação, se não tiver projeto para Ciência e Tecnologia”, disse. Tamara Naiz, presidente da Associação Nacional de Pós Graduandos ( ANPG), tratou das consequências dos cortes para estudantes bolsistas. “Bolsa é mais que um direito; é uma necessidade num país que ainda convive com tanta desigualdade”, disse. Novos apoios O debate de inauguração do tesourômetro de Brasília contou com a presença de novas apoiadoras da campanha: a Academia Brasileira de Ciências e as entidades sindicais Andes e Proifes. Márcia Barbosa, membro titular da ABC, usou uma história familiar para criticar os cortes orçamentários. “Minha avó era pobre e sustentava os filhos com o trabalho de costureira. Em tempos de dificuldade, ela economizava muita coisa na casa, mas nunca vendeu sua máquina de costura. O Brasil está vendendo suas máquinas de costura.” Flavio Silva, vice-presidente do Proifes e professor de Goiás, falou dos impactos de cortes também na esfera estadual. “A Fapeg diminuiu em 90% os editais. Projetos aprovados em 2015 ainda não tiveram recursos liberados”. Epitácio Macário, 3º tesoureiro do Andes, elogiou o tesourômetro. “A ideia é muito bem vinda”. Macário observou, no entanto, que a comunidade científica também precisa abraçar outras campanhas. “Precisamos lutar contra a PEC do fim do mundo e contra as reformas previdenciária e trabalhista.”, finalizou. Representando a reitoria da UnB, o chefe de gabinete Paulo César pontuou que a mobilização precisa ir além do meio acadêmico. “Precisamos que a sociedade compreenda o atraso que essa política (de contingenciamento) representa”.

Universidade custearia a hospedagem de aproximadamente 200 pessoas que ficaram sem moradia após o incêndio no alojamento Um hotel no Centro do Rio pode ser o novo endereço dos alunos prejudicados pelo incêndio que atingiu parte do alojamento da UFRJ, no dia 2. Desde a interdição do bloco B do prédio pela Defesa Civil, cerca de 200 pessoas estão instaladas provisoriamente na Educação Física ou no bloco A. A opção de mudança foi apresentada pela reitoria no fim da manhã de hoje. Mas só será respondida após uma assembleia dos estudantes à noite. O pró-reitor de Graduação, Eduardo Serra, afirmou que todos seriam acomodados no hotel Ibis Budget, próximo à praça Tiradentes. A diária de cada um custaria R$ 45 à universidade. O estabelecimento forneceria somente o café da manhã. As demais refeições ficariam por conta da UFRJ, inicialmente no bandejão do IFCS. Também seria garantido o transporte para as unidades de aula. Os estudantes questionaram a proposta. A duração da alternativa de moradia e de onde viria o dinheiro para custear as diárias foram alguns dos pontos levantados. De acordo com a reitoria, seria feita uma avaliação semanal até a universidade estabelecer soluções mais permanentes. “A longo prazo, vamos continuar as negociações com o estado e o município para utilização de prédios (vazios) já existentes”, informou Serra. Em relação ao orçamento, foi informado que as negociações com o MEC ainda estão em andamento. Doações continuam Doações continuam chegando para os estudantes, na portaria do alojamento. Os principais itens solicitados são de higiene pessoal, roupas e calçados, além de colchões e roupa de cama.

As eleições da entidade estão marcadas para 11 e 12 de setembro. O prazo de inscrição de chapas à diretoria é até 11 de agosto. Para o Conselho, até 1º de setembro. Em Assembleia da Adufrj realizada dia 24, na sala D220 do Centro de Tecnologia, foram escolhidos os nomes da comissão que vai conduzir as eleições para a Diretoria e para o Conselho de Representantes da entidade do biênio 2017-2019. O professor Flávio Martins, diretor da Faculdade Nacional de Direito, foi indicado pela diretoria para a presidência da comissão. Também serão representantes titulares: Bruno Souza (Física); Maria Tereza Leopardi (Instituto de Economia); José Henrique Sanglard (Politécnica); e Luciano Coutinho (Biblioteconomia). Christine Ruta (Programa de Ciências Ambientais e Conservação – Macaé); João Torres (Física); Elaine Moreira e Cleusa Santos (ambas da Escola de Serviço Social) serão os suplentes. As eleições da Adufrj estão marcadas para 11 e 12 de setembro. O prazo de inscrição de chapas à diretoria é até 11 de agosto. Para o Conselho, até 1º de setembro. Segue material da eleição: Ficha de inscrição de candidato ao Conselho de Representantes Solicitação de inscrição de lista de candidatos ao Conselho de Representantes Requerimento de inscrição de chapa Declaração de aceite chapa Declaração de cargos    

Ato de solidariedade à Universidade do Estado do Rio de Janeiro mobilizou professores, alunos e técnico-administrativos no Centro de Tecnologia da UFRJ A rotina do Centro de Tecnologia da UFRJ foi alterada por um ato de solidariedade à Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na tarde de hoje. Professores, alunos e técnicos reuniram-se no bloco A do prédio, ao meio-dia, para dizer não à destruição de uma das mais tradicionais instituições de ensino superior do país. O mote da iniciativa, reproduzido em faixa e cartazes, foi “UERJ #TAMOJUNTO”. “É fundamental a gente pensar a situação da UERJ porque ela está sendo um laboratório para uma política de desmonte que parece ir muito além daquela instituição e vai afetar toda Universidade Pública”, avaliou a presidente da Adufrj, Tatiana Roque. “É uma questão urgentíssima porque nossos colegas estão sem salário e a universidade não está podendo funcionar”, completou. O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Ildeu Moreira, reforçou a importância de fazer a defesa das universidades do estado: “Isso é uma situação trágica para a Ciência e Educação do Rio de Janeiro”, advertiu. “E está conectada com toda uma política mais ampla do país de reduzir drasticamente os recursos para Ciência e Tecnologia, como estamos vendo este ano”. Laços pessoais e acadêmicos com a universidade estadual também impulsionaram a manifestação no CT. Leandro Pimentel, professor do Instituto de Matemática, conhece de perto o impacto da crise na vida dos servidores. “Minha irmã é professora da UERJ”, contou. “E ela está grávida no momento. O que deixa a situação pessoal dela um pouco mais tranquila é que podemos dar um apoio familiar”, disse. "Tenho colegas professores da UERJ. Não tem sentido o estado quebrar a universidade. Sabemos que dinheiro há. São escolhas políticas", criticou Luciane Conte, também da Matemática. [caption id="attachment_8274" align="alignright" width="300"] "Não tem sentido o Estado quebrar a universidade. Sabemos que dinheiro há. São escolhas políticas", disse Luciane Conte, do Instituto de Matemática[/caption] “O mínimo que a gente pode fazer é prestar solidariedade”, avaliou Rebeca Steiman, da Geografia. “Nosso departamento trabalha em colaboração direta com o da UERJ. É uma questão que não termina na universidade, nem mesmo no Rio de Janeiro. O que afeta a UERJ atinge toda a educação pública do país”. O técnico-administrativo Moisés Mata contou ter feito graduação na UERJ. “Vim atraído pela divulgação dos cartazes. Fiz História lá; não tem como não se incorporar a este movimento de solidariedade”, disse o servidor. UERJ resiste Professores da UERJ compareceram à manifestação: “Soube da atividade pela rede da Marcha pela Ciência. Vim porque é muito importante receber apoio de outras universidades nesse momento”, declarou Luiz da Mota, da Física da UERJ. “Esta é a segunda vez que participamos de um ato dentro de UFRJ de apoio”, destacou Maria Luiza Tambellini, da Associação dos Docentes da UERJ (Asduerj), em referência ao abraço às universidades estaduais Uerj, Uenf e Uezo promovido por professores da UFRJ no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, em 18 de abril. “A unificação em torno da campanha UERJ Resiste e das lutas da educação pública em todos os níveis é muito importante para nos fortalecer. Estar nas ruas com muita gente travando o diálogo com a sociedade pela educação será fundamental”. Fundo de solidariedade Para ajudar os docentes das estaduais, que estão com os salários atrasados há meses, o Andes montou um fundo de solidariedade. Todos podem contribuir. As doações podem ser feitas no Banco do Brasil, conta corrente 403727-8, Agência Postalis (2883-5). A Adufrj repassou R$ 10 mil. Criado há dois meses, o fundo efetuou uma primeira distribuição para 64 professores. Cada um recebeu R$ 600. O balanço do segundo mês seria fechado no dia do fechamento desta edição. Até a véspera, a conta tinha aproximadamente R$ 60 mil.

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